terça-feira, 31 de janeiro de 2012

REVOLTA DO PORTO DE 31 DE JANEIRO DE 1891


"… O movimento do Porto [Revolta do 31 de Janeiro] teve a cumplicidade de todo o partido republicano, que nele cooperou, e da maioria dos seus chefes, que lhe deram o seu apoio, o seu aplauso e a sua sanção. Não foi uma aventura, e se o foi, foi uma aventura de muitos …

O dia seguinte das revoluções não pertence aos revolucionários. Mal concluída a sua obra, trémulos de emoção, tintos de sangue, cobertos de fumo, eles olham em torno, e surpreendidos, encontram-se já em outras mãos. O soldado volta à caserna e à disciplina que o subjugava na véspera, o operário regressa à sua antiga miséria, o funcionário à sua mediania, o estudante à sua classe, e aqueles mesmo que se supuseram predestinados para orgulhosas missões, são por seu turno forçados a ceder o seu lugar, tão penosamente conquistado, a outros que, se não partilharão d sua glória, se apropriarão da sua obra …
"

João Chagas, in História da Revolta do Porto de 31 de Janeiro de 1891: depoimento de dois cumplices (João Chagas & Ex-Tenente Coelho), Lisboa, Empreza Democrática de Portugal, 1901.

FOTO via Ephemera [url ?]

J.M.M.

121º ANIVERSÁRIO DO 31 DE JANEIRO DE 1891



Na revista Ilustração Portuguesa, de 1916, pode confirmar-se a grandiosa manifestação realizada no Porto por ocasião do 25º aniversário do 31 de Janeiro.

Participaram nessas comemorações o Presidente da República Bernardino Machado e Afonso Costa, que contaram com uma multidão a acompanhar o seu percurso pela cidade.

Nessa ocasião, procedeu-se à inauguração de uma nova avenida na cidade onde se deram os acontecimentos.

A.A.B.M.

121º ANIVERSÁRIO DO 31 DE JANEIRO DE 1891



Na segunda página do jornal Vanguarda, de 31 de Janeiro de 1892, é possível encontrar uma enumeração detalhada de todos os que foram condenados devido ao envolvimento nos acontecimentos ocorridos na madrugada de 31 de Janeiro de 1891 na cidade do Porto.

No artigo com o título "Os Perseguidos", é possível encontrar a listagem de todos os intervenientes nos acontecimentos e respetivas condenações.

Fica a curiosidade para memória de alguns "mais esquecidos", que até querem fazer esquecer a importância da data de 5 de Outubro. Para todos, mas, em particular, para eles, fica a nota sobre o sacrifício de alguns, para conseguir concretizar aquilo que em 31 de Janeiro de 1891, ainda parecia um sonho quase impossível de realizar.

Viva o 31 de Janeiro!!!

VIVA A REPÚBLICA, A DEMOCRACIA E A LIBERDADE

A.A.B.M.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

121º ANIVERSÁRIO DO 31 DE JANEIRO DE 1891


Os acontecimentos do 31 de Janeiro, recordados aqui um ano depois, em 1892, num dos jornais que surgiu após a eclosão do movimento.

Uma efeméride que a propaganda republicana aproveitou até à implantação da República e que depois continuou a ser recorrente no discurso republicano ao longo do tempo.

Para os interessados recorda-se que o jornal diário Vanguarda, pode ser consultado integralmente na página da Biblioteca Nacional Digital AQUI.

A ler com atenção.

[NOTA: Clicar na imagem para conseguir ler o jornal apresentado.]

A.A.B.M.

31 DE JANEIRO DE 1891



Reconstituição Histórica do 31 de Janeiro de 1891

"Teatro de rua evocando a Reconstituição Histórica do 31 de Janeiro de 1891, organizado pelo Ateneu Comercial do Porto no âmbito das Comemorações do Centenário da República" [23/03/2010]

J.M.M.

JANTAR COMEMORATIVO DOS 121 ANOS DO 31 DE JANEIRO 1891 - MIRANDA DO CORVO


JANTAR COMEMORATIVO DOS 121 ANOS DA REVOLTA REPUBLICANA DE 31 DE JANEIRO de 1891 - MIRANDA DO CORVO

DIA: 31 de Janeiro (19,30 horas);
LOCAL: Quinta da Paiva (Miranda do Corvo);

ORGANIZAÇÃO: C.M. de Miranda do Corvo, Centro de Estudos Republicanos Amadeu Carvalho Homem, Movimento Republicano 5 de Outubro.

Contacto - telem: 919 726 959

J.M.M.

sábado, 28 de janeiro de 2012

COMEMORAÇÕES DO 121º ANIVERSÁRIO DO 31 DE JANEIRO DE 1891


Aproveitando as comemorações de mais um aniversário da revolução republicana de 31 de Janeiro de 1891, desencadeada na cidade do Porto, vão realizar-se em alguns locais comemorações do evento.

Em Torres Novas, na Biblioteca Municipal Gustavo Pinto Lopes vai realizar-se a sessão de apresentação do livro A Popularização da Cultura Republicana (1881-1910), edição da Imprensa da Universidade de Coimbra, publicado no ano passado, que conta com a presença da autora Lia Ribeiro, no próximo dia 31 de Janeiro, terça-feira, pelas 18h00.

Pode ler-se na sinopse da obra:

A propaganda republicana, a par das actividades de evidente publicidade e maior “mediatização”, percorreu caminhos de menor visibilidade que tinham como objectivo derramar o ideário democrático junto das camadas consideradas populares, ou seja, de baixo estrato económico e cultural. Este trabalho enquadra-se nesta vertente aparentemente críptica e, por isso, pouco conhecida da catequização democrática, no sentido de popularizar a sua ideologia. Os estudos até hoje dedicados a esta temática integram as actividades de doutrinação popular no vasto horizonte da propaganda de massas. Porém, a abordagem que ora fazemos atribui inteiro protagonismo ao esforço manifestamente popularizador desenvolvido pelos prosélitos da democracia rentabilizando elaborações culturais tipicamente populares. Quem foram os seus agentes? Que cultura verteram? A que meios recorreram? Que rituais encenavam? São algumas das questões que aqui encontram resposta, num trabalho premiado com uma menção honrosa do Prémio de História Contemporânea 2005 da Fundação Mário Soares.

A autora:

Lia Armandina Sá Paulo Ribeiro (Mogadouro, 1970) é licenciada em História – Ramo de Formação Educacional pela Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra (1992). Obteve uma pós-graduação em História Contemporânea de Portugal, na mesma Faculdade (1995). É mestre em História das Ideologias e das Utopias Contemporâneas pela mesma instituição (2003).

Lia Ribeiro passou as suas infância e adolescência em Torres Novas, regressando à cidade, por razões profissionais, em 2004, onde vive até hoje.

Atualmente, exerce a função de professora do 3.º Ciclo e Secundário na EB2.3/S D. Maria II – Vila Nova da Barquinha. É formadora de professores. A sua dissertação de mestrado obteve uma Menção Honrosa do Prémio de História Contemporânea 2005 da Fundação Mário Soares.


Uma iniciativa que se saúda e que merece toda a divulgação.
A.A.B.M.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

REVISTA PORTUGUESA DE HISTÓRIA Nº 42


Foi ontem apresentada na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, pelas 17 horas, na Sala Gama Barros, o 42º volume da Revista Portuguesa de História.

O presente número foi dedicado aos seguintes temas:
- comemorações dos 100 anos da Faculdade de Letras;
- comemorações dos 70 anos da fundação da mesma revista;
- e do falecimento do Doutor António Vasconcelos.

São dezassete artigos e cerca de quatro centenas de páginas de uma das revistas científicas de História com mais prestígio e durabilidade. Entre os autores contam-se também alguns dos prestigiados historiadores portugueses, e por vezes pouco reconhecidos, como:
- António de Oliveira;
- Maria Helena da Cruz Coelho;
- Armando Luís Carvalho Homem;
- Luís de Oliveira Ramos;
- Manuel Augusto Rodrigues;
- Manuela Mendonça;
- José Marques;
- João Gouveia Monteiro;
- João Marinho dos Santos;
- Maria Alegria Marques;
- Teresa Nobre Veloso.

Um importante conjunto de artigos sobre a própria faculdade, as suas personalidades, os seus recursos, os métodos de ensino e as cadeiras que se lecionaram aos historiadores ao longo do tempo.

A ler com toda a atenção.

(NOTA: Clicar na imagem para aumentar)

A.A.B.M.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

GENERAL NORTON DE MATOS



General Norton de Matos. Candidato à Presidência da República [desenho de Júlio Pomar, Novembro de 1948]

via EPHEMERA, com a devida vénia.

J.M.M.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

O REGISTO CIVIL: DA MONARQUIA À REPÚBLICA


No âmbito das comemoração dos 25 anos da APG - Associação Portuguesa de Genealogia, com o apoio do CNC - Centro Nacional de Cultural, e a colaboração do IRN - Instituto dos Registos e do Notariado, vai realizar-se no próximo dia 26 de Janeiro de 2012, pelas 18 horas, na sede do CNC - Largo do Picadeiro, 10-1º, em Lisboa, (ao Chiado, tel: 213 466 722), uma Conferência subordinada ao título:

O REGISTO CIVIL - Da Monarquia à República", em que serão abordados os temas:

" A História do Registo Civil - Verdades e Mitos", e

" O Registo Civil: Instrumento fundamental do genealogista",

expostos, respectivamente, pelas Conservadoras Drªs D.ª Laura Ramires e D.ª Sandra Monteiro.

A sessão será aberta pelo Dr. Guilherme de Oliveira Martins, Presidente do CNC, sendo o debate moderado pelo Dr. Rui do Amaral Leitão, Vice-Presidente da APG.

A entrada é livre.

Uma atividade a acompanhar com toda a atenção, provavelmente, para se perceber que a polémica que envolveu esta situação, vista aos olhos de hoje parece quase vazia de sentido, mas na época fez correr rios de tinta.

A.A.B.M.

MÁRIO SACRAMENTO


MÁRIO SACRAMENTO, "Carta-Testamento", Editorial Inova [direc. gráfica Armando Alves], 1973 ["Inclui ainda intervenções de Óscar Lopes ('Palavras de Óscar Lopes no Enterro de Mário Sacramento'), Álvaro Salema, Fernando Namora, Ilídio Sardoeira, Mário Castrim, Urbano Tavares Rodrigues e Vergílio Ferreira"

"[...] Não que eu faça grande questão do meu bom nome: estou-me nas tintas para ele, depois de morto. Mas, além dele pertencer, também, aos filhos dos Filhos e a estes, pertence aos meus companheiros de jornada. E, que diabo, se passei tantos maus bocados por eles, em vida, é porque considerei que era esse o meu destino. E um homem tem o direito de o defender, mesmo depois de morto!
Fica portanto entendido que sou ateu e como ateu devo ser enterrado. Em vez dum pano preto, ponham um paninho vermelho no caixote, se puderem. E usem luto vermelho, se algum quiserem usar... [...]

Nasci e vivi num mundo de inferno. Há dezenas de anos que sofro, na minha carne e no meu espírito o fascismo. Recebi dele perseguições de toda a ordem – físicas, económicas, profissionais, intelectuais, morais. Mas, que não tivesse sofrido, o meu dever era combatê-lo. O fascismo é o fim da pré-história do homem. E procede, por isso, como um gangster encurralado. [...]
"

via FRENESI.

J.M.M.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

MAÇONARIA HOJE - TERTÚLIAS DO CAFÉ ASTÓRIA


Tertúlias do Café Astória: "Maçonaria Hoje"

ORADORES: Fernando Lima (G.M. do GOL) e José Adelino Maltez; Moderação de Alfredo Barbosa;
DIA: 24 de Janeiro (18,00 horas);
LOCAL: Palácio das Cardosas, Pr. da Liberdade, Porto.

APRESENTAÇÃO do livro de José Adelino Maltez, "Abcedário Simbiótico - Um digesto político contemporâneo com exemplos sagrados e profanos".

J.M.M.

BIBLIOTHECA "REPUBLICA" - HISTÓRIA DAS RELIGIÕES



HISTÓRIA DAS RELIGIÕES [Reinach, Beuchat e d'Olbach] - compilação e tradução de Ribeiro de Carvalho, Edições do Jornal "Republica" [Rua do Mundo, 116,1º, Lisboa], Bibliotheca "Republica", Tip. Minerva, de Gaspar Pinto de Sousa & Irmão, Famalicão, 1932 [8 escudos].

J.M.M.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

CICLO DE CONFERÊNCIAS MODERNIDADE E TRADIÇÃO: ECONOMIA, SOCIEDADE E INOVAÇÃO NO MUNDO CONTEMPORÂNEO


No âmbito do ciclo de conferências «Modernidade e Tradição. Economia, Sociedade e Inovação no Mundo Contemporâneo», organizado pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, vão realizar-se amanhã, 19 de Janeiro de 2012, duas conferências:

*Às 14h *
"Legislar para as Colónias. As Colónias do Oriente no final do século
XIX/início do século XX
."
Por, Célia Reis, IHC-FCSH-UNL

Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Edifício ID, Sala Multiusos 2, Piso 4.

*Às 17h*
"A Administração Colonial Republicana: inovação ou continuidade ?"
Por, Maria Cândida Proença, IHC-FCSH-UNL

Local: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Edifício ID, Sala Multiusos 2, Piso 4.

Duas atividades a acompanhar com atenção e que merecem a melhor divulgação.

A.A.B.M.

SÉCULO CÓMICO


Continuando no seu excelente trabalho de digitalização e disponibilização online de algumas das coleções de periódicos que a Hemeroteca Municipal de Lisboa dispõe, foi hoje colocado uma parte da publicação Século Cómico (1918-1919).

Nesta publicação, agora disponibilizada, colaboravam entre outros: Acácio de Paiva, Amarelhe, Hipólito Collomb, Rocha Vieira, Jorge Barradas e João Valério.

A coleção pode ser consultada AQUI.

Uma chamada de atenção para alguns dos primeiros personagens de Banda Desenhada portugueses, criados por Stuart de Carvalhaes, Quim e Manecas, que podem ser vistos nesta publicação.

Um retrato picaresco sobre o período do sidonismo e os momentos que se seguiram.

A consultar com atenção.
A.A.B.M.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

MÁRIO DE ALMEIDA



Tal como nos comprometemos, quando assinalamos o nosso aniversário, o Almanaque Republicano vai começar gradualmente a publicar algumas notas sobre alguns livros de memórias publicados sobre a 1ª Guerra Mundial. Mais, sempre que possível, tentaremos também dar a conhecer um pouco mais sobre os autores que as escreveram, sobretudo os menos conhecidos e pouco mencionados.

Damos então início a este percurso com um autor pouco conhecido chamado Mário de Almeida que deixou um livro de impressões sobre a guerra, cuja capa apresentamos em epígrafe.

Mário de Almeida nasceu em Lisboa a 24 de Outubro de 1889.

Oficial do Exército, formado em letras e jornalista, filho da atriz Maria Pia, escreveu duas peças em um ato. A peça Dó Sustenido foi representada no Teatro Nacional em 1910 e publicada com prefácio de Fialho de Almeida. Publicou ainda este livro de impressões sobre a guerra, O Clarão da Epopeia, publicado em 1919 e dedicado a Manuel Guimarães, que lhe solicitou a ida ao palco de guerra.

Traduziu também a peça de teatro de Pierre Wolf intitulada Coração de Todos.

Após a morte de Sidónio Pais, e por motivos de ordem política, foi para o Brasil, de onde regressa em 1920.

Desenvolve a partir dessa fase atividade como professor na Escola Veiga Beirão, em Lisboa.

Colabora em diversos órgãos da imprensa escrita, em particular na Capital, dirigida por Manuel Guimarães. Colaborou também na revista Vida Artística, que se publicou em Lisboa em 1911, dirigida por Pedroso Amado e Ernesto Zenoglio.

Publicou:
Dó Sustenido [Teatro], Peça em 1 ato, 1910;
A Arte Grega e o Mar (dissertação de concurso para Escola de Arte de Representar), 1912;
Lisboa do Romantismo, Lisboa, 1917;
A Cidade-Formiga, 1918;
O Clarão da Epopeia, 1919.

Faleceu em Coimbra a 3 de Outubro de 1922.

domingo, 15 de janeiro de 2012

QUANDO AS LOJAS ERAM O 'CHAPÉU-DE-CHUVA' DAS OPOSIÇÕES


Quando as lojas eram o ’chapéu-de-chuva’ das oposições, por Nuno Ribeiro - jornal Público, 15 de Janeiro 2012, p.p. 18-19 [via jornal Público, com a devida vénia] - clicar em "View Fullscreen" para ler melhor.

J.M.M.

sábado, 14 de janeiro de 2012

JOSE LEITE DE VASCONCELOS



"Como quer V. Exª ser enterrado?. - perguntaram-lhe na hora do trespasse.
- Como quero? Religioso. À maneira dos meus pais. Com um padre de sobrepeliz, lanternas e cruz alçada. É mais etnográfico."

AGENDA 2012 da INCM - Homenagem a José Leite de Vasconcelos [organização de Luís Raposo]

J.M.M.

GOVERNO DE PIMENTA DE CASTRO


LIVRO: Governo de Pimenta de Castro. Um General no labirinto político da I República;
AUTOR: Bruno J.[osé] Navarro;
EDIÇÃO: Assembleia da República (Colecção Parlamento).

APRESENTAÇÃO:

DIA: 19 de Janeiro 2012 (18,30 horas);
LOCAL: Biblioteca da Assembleia da República (Lisboa).
ORADOR: Ernesto Castro Leal.

"O trabalho que agora apresentamos, propõe uma nova leitura historiográfica de um dos períodos mais controversos e porventura menos estudados da I República portuguesa: o Governo do General Pimenta de Castro (25 de Janeiro a 14 de Maio de 1915), primeira tentativa conservadora de inverter a orientação radical que o regime tivera até esse momento, sob a direcção do Partido Republicano Português (Partido Democrático), que foi bruscamente interrompida pela revolução mais sangrenta da I República, saldada num número superior a duzentos mortos e mais de mil feridos. Pretendemos analisar a orientação política nacional e internacional desta governação, apontando as suas principais linhas de força, contextualizadas no quadro de grande instabilidade social, conflitualidade político-partidária e crise internacional, que caracterizaram a vigência do regime republicano português, com especial incidência no período da Grande Guerra, questionando as visões históricas mais tradicionalistas que identificaram, desde sempre, esta governação como a primeira experiência ditatorial da I República, “um elo mais na cadeia de sucessivas aproximações autoritárias ao sistema político português”, iniciada por João Franco nos anos finais da Monarquia Constitucional e que cristalizou com o Estado Novo, de Oliveira Salazar" [ler - AQUI]

J.M.M.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CONFERÊNCIA: SENSO MORAL E POLÍTICA: UMA HISTÓRIA DA IDEIA POLÍTICA DE FRATERNIDADE NOS SOCIALISMOS DO SÉCULO XIX


Vai realizar-se no próximo dia 12 de Janeiro de 2012, a conferência em epígrafe, pelas 14.30h, numa organização do CEHC-IUL.

Afirma-se na divulgação da conferência:

O objectivo do trabalho que está na origem desta conferência é apresentar uma história da ideia política de fraternidade nos socialismos do século XIX. Para compreender a trajectória dessa ideia, tão incisiva durante a Revolução Francesa e que se esvaiu durante a modernidade, ao contrário de liberdade e igualdade, seleccionamos algumas obras de autores clássicos da filosofia política e cujos pensamentos ajudaram a formar o conjunto de ideias do que hoje é chamado de socialismo: Pierre-Joseph Proudhon, Karl Marx/Friedrich Engels e Eduard Bernstein. Em seguida, voltamos os nossos olhos para Portugal e dedicamos a nossa atenção à obra política de Antero de Quental, poeta e militante político socialista português do século XIX.

Uma actividade a acompanhar com interesse.

A.A.B.M.

LER HISTÓRIA Nº 61



Foi recentemente publicado o novo número desta revista de História. A Ler História, foi fundada em 1983 e tem sido publicada de forma ininterrupta desde então.

É uma revista semestral de História e Ciências Sociais, com circulação internacional e com arbitragem científica. Está classificada no ERIH da European Science Foundation e no CAPES (Brasil), indexada no Latindex e na EBSCO.

O presente número é dedicado ao dossier temático «Novas Perspetivas na História dos Transportes» que inclui artigos de Luís Espinha da Silveira (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), Daniel Alves (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), Nuno Miguel Lima (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), Ana Alcântara (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa) e Josep Puig-Farré (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), « Caminhos de ferro, população e desigualdades territoriais em Portugal, 1801-1930)» e de Magda Pinheiro (CEHC- Instituto Universitário de Lisboa), Nuno Miguel Lima (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa) e Joana Paulino (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), « Espaço, tempo e preço dos transportes: a utilização da rede ferroviária em finais do século XIX»

O númeo 61 da «Ler História» Integra ainda Estudos de David Martín Marcos (CHAM – Universidade Nova de Lisboa), «Visiones Españolas de algunos anhelos prohibidos en el Portugal de los Braganza (1668-1700): en torno a una nueva unión ibérica; Ismael Cerqueira Vieira (CITCEM-FL- Universidade do Porto), « O pioneirismo da Madeira no tratamento da tuberculose em meados do século XIX»; Maria Fernanda Rollo (IHC – FCSH – Univiersidade Nova de Lisboa), Maria Inês Queiroz (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa) e Tiago Brandão (IHC – FCSH – Universidade Nova de Lisboa), «Pensar e mandar fazer ciência. Princípios e pressupostos da criação da Junta de Educação Nacional na génese da política de organização científica do Estado Novo» e José D’Assunção Barros (Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRRJ) – Brasil), « A Historiografia pós-moderna».

A Ler História n.º 61 está à venda nas livrarias ou pode ser pedida para ler.historia@iscte.pt

A consultar com toda a atenção.
A.A.B.M.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

O SUFFRAGIO UNIVERSAL. SEMANARIO REPUBLICANO



O SUFFRAGIO UNIVERSAL. SEMANARIO REPUBLICANO – Ano I, nº 1 (18 Agosto 1881) ao nº 4 (4 de Setembro de 1881); [continuado pela “A Época”, 1882; depois pela “A Republica Portugueza”]; Adm: Rua do Salitre, 291; Redactores: Paulo da Fonseca, J. Fernando Alves; Colaboradores: A. J. Vieira, Cesar da Silva, E. Maia, Jorge Dario, Julia Trindade, L. A. G., M. d’A,M. Bruno, Pinhão e Costa; 1881, 4 numrs [via Biblioteca Nacional, com falta do nº2 e 3]

O SUFFRAGIO UNIVERSAL. SEMANARIO REPUBLICANO, AQUI digitaliazado.

J.M.M.

MAGALHÃES LIMA: UM IDEALISTA IMPENITENTE


Vai realizar-se no próximo dia 11 de Janeiro de 2012, pelas 18.30h, a apresentação do livro Magalhães Lima: Um Idealista Impenitente, da autoria do Professor Doutor António Ventura.

O evento vai realizar-se na Biblioteca da Assembleia da República.

A personalidade de Magalhães Lima já tem sido por diversas vezes tratado neste espaço e as entradas sobre ele podem ser consultadas AQUI.

Podem encontrar-se algumas notas biográficas mais ou menos completas AQUI, AQUI ou AQUI.

Mais um evento e um livro a não perder.

A.A.B.M.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

A QUESTÃO ECONOMICA PORTUGUEZA



José Relvas: A QUESTÃO ECONOMICA PORTUGUEZA. Aspectos do Problema Agrícola - Conferencia realisada no Centro Commercial do Porto em 3 de Março de 1910, Typographia Bayard, Lisboa, 1910

"[José] Relvas, histórico republicano, igualmente conhecido pela sua dedicação à artes em geral e à fotografia em particular, surge aqui a discursar na qualidade de ministro das Finanças do Governo Provisório que sucedeu à implantação da República" [ler AQUI]

via FRENESI

J.M.M.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ANTÓNIO JOSÉ DE ALMEIDA: O TRIBUNO DA REPÚBLICA


Vai ser apresentado no próximo dia 11 de Janeiro de 2012, o livro António José de Almeida, O Tribuno da República, da autoria da Doutora Ana Paula Pires.

O evento vai ter lugar pelas 18.30h, na Biblioteca da Assembleia da República.

Para apresentar a obra está convidada a Professora Doutora Maria Fernanda Rollo.

Pode ler-se no currículo da Doutora Ana Paula Pires, de onde destacamos alguns elementos de maior importância:

2000 - Conclusão da Licenciatura em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a média de 15 valores.
Dezembro de 2004 – Mestre em História dos Séculos XIX e XX (Secção do Século XX) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, com a classificação de “Muito Bom”.

19 de Abril de 2010 – Doutoramento em História, especialidade História Económica e Social Contemporânea na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa tendo obtido o grau apresentando uma dissertação intitulada Portugal e a I Guerra Mundial. A República e a Economia de Guerra, com a classificação de Muito Bom, com distinção e louvor, por unanimidade do Júri.


Prémios e Distinções:
Prémio de História Alberto Sampaio 2006.

Publicações:

"Persistência, tenacidade, ideia e arte: a metalurgia portuguesa durante a 1ª metade do século XX” in Engenho e Obra – uma abordagem à história da engenharia em Portugal do século XX, (coord.) José Maria Brandão de Brito, Manuel Heitor e Maria Fernanda Rollo, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2002, pp.150-155.

“Das oficinas metalúrgicas (séc. XIX) ao fabrico de precisão em série (1948)” in Engenho e Obra – Memória de uma Exposição, (coord.) Manuel Heitor, José Maria Brandão de Brito, Maria Fernanda Rollo, Henrique Cayatte, José Pessoa e Rui Trindade, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003, pp.61-63.

“Da emergência à reconversão da metalomecânica pesada” in Engenho e Obra – Memória de uma Exposição, (coord.) Manuel Heitor, José Maria Brandão de Brito, Maria Fernanda Rollo, Henrique Cayatte, José Pessoa e Rui Trindade, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2003, pp.113-116.

“Presistência, tenacidade, ideia e arte: a metalurgia portuguesa durante a 1.ª metade do século XX” in Momentos de Inovação e Engenharia em Portugal no século XX – Grandes temas, Vol. II (coord) Manuel Heitor, José Maria Brandão de Brito et Maria Fernanda Rollo, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2004, pp.195-217.

“Contributos para a história da metalomecânica pesada em Portugal” in Momentos de Inovação e Engenharia em Portugal no século XX – Grandes temas, Vol. II (coord) Manuel Heitor, José Maria Brandão de Brito et Maria Fernanda Rollo, Lisboa, Publicações Dom Quixote, 2004, pp.861-879.

A Indústria de Moagem de Cereais. Sua organização e reflexos políticos do seu desenvolvimento durante a I República (1899-1929), Dissertação de Mestrado em História dos Séculos XIX e XX, Secção do Século XX, Universidade Nova de Lisboa, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Lisboa, Setembro de 2004(Policopiado).

“Os “tentáculos do polvo” atravessam o Oceano: a aventura africana da Companhia Industrial de Portugal e Colónias durante a I República” in Ler História, n.º 47, 2004, pp.5-27.

“António de Sommer Champalimaud, um Marechal da Indústria e da Finança” in Memórias da Siderurgia. Contribuições para a História da Indústria Siderúrgica em Portugal, (Cord.) Maria Fernanda Rollo, Lisboa, História Publicações, Junho de 2005, pp.119-137.

Portugal e a I Guerra Mundial, Caleidoscópio, Lisboa, 2011.


Uma obra imprescindível para se compreender melhor a figura de António José de Almeida e como ele se tornou um "ídolo" para as populações da época.

Um evento e uma obra a não perder.

A.A.B.M.