quarta-feira, 1 de junho de 2016

AS ENGRENAGENS DO TEMPO: EXPOSIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE CATÁLOGO EM SÃO BRÁS DE ALPORTEL

Hoje, em que se assinala o 102º aniversário da fundação do concelho de São Brás de Alportel, em que decorrerão várias iniciativas pela localidade, mas na sexta-feira, dia 3 de Junho de 2016, pelas 18 horas vai ser inaugurada a Exposição As Engrenagens do Tempo e, em simultâneo, a apresentação do catálogo da exposição que procura traçar uma visão histórica e social da localidade entre 1900 e 1930, com alguns dos seus protagonistas, episódios e transformações. O evento decorre no Museu do Trajo, de S. Brás de Alportel.

Pode ler na nota de divulgação do evento na página do municipio de São Brás de Alportel:
Uma visão social de 30 anos da história de São Brás de Alportel

1900-1930

A abertura de uma nova exposição e a apresentação do seu catálogo constitui sempre um momento especial na vida de um Museu. Desta vez demos-lhe o nome de “As Engrenagens do Tempo”, constituindo esta, uma abordagem social das décadas que ladearam o nascimento do concelho de São Brás de Alportel, em 1914, e as suas repercussões nos nossos dias.

A sucessão de lapsos de tempo (1900-1930) apresentados sob a forma de encenações que ocorrem ao longo da exposição, transmitem deliberadamente sensações contraditórias: a harmonia inquieta dos últimos anos da monarquia, os Tempos Revoltos da República e os momentos de euforia pela criação do novo concelho. Ao tempo das trincheiras da Grande Guerra, onde pereceram alguns são-brasenses, sucedem os Tempos de Esperança e Incerteza que, acompanhando a degradação política e económica do país, culminaram na Ditadura e no Estado Novo. Apesar de tudo, uma “engrenagem” relativamente consensual, cronológica, pacífica...

Em determinado momento do longo processo que durou a conceção e montagem da exposição (pouco mais de 1 ano), cerca de uma dezena de jovens artistas plásticos associaram-se ao projeto. Fácil será de perceber que desde então viu-se esfumada a harmonia museológica e instalada a dúvida, a polémica e o confronto. Foi assim, por esta deriva (mais ou menos) cega, que a exposição ganhou novos significados e interpretações, geradores de perplexidades e interrogações que, a nosso ver, constitui um exercício de Museologia Social que há muito exercitamos.

O projeto, a produção e os trabalhos subsequentes devem-se à pequena equipa e aos meios técnicos do próprio Museu a que se juntou um grupo muito vasto de voluntários com competências variadas e uma generosidade sem limites.

O catálogo - o que irá para além do tempo passageiro que durará a exposição é dedicado ao fundador do Museu, o Padre José da Cunha Duarte - que continua a ser, ainda hoje, um dos seus principais sustentáculos.

Quanto ao Museu, os seus últimos anos foram marcados por uma deriva sem destino certo. Este, deixou-se levar pelas suas pessoas que, ignorando definições, foram-lhe descobrindo novas funções, utilidades, conceitos e significados.

À Santa Casa da Misericórdia de São Brás de Alportel, entidade tutelar, somos devedores da liberdade de ação que sempre nos foi concedida – condição maior para que um museu seja um verdadeiro instrumento de mudança. Da Câmara Municipal de São Brás de Alportel, sempre o Museu contou com a maior disponibilidade e colaboração.

Texto: Emanuel Sancho

A informação foi retirada DAQUI.

Para conhecer melhor catálogo fica a ficha técnica e o índice do mesmo (Clicar na imagem para aumentar).
Uma iniciativa para a acompanhar  e que se recomenda.

A.A.B.M.

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