LIVRO:
A Maçonaria Portuguesa e a Grande Guerra 1914-1918;
AUTOR: António Ventura;
EDIÇÃO: Edições Vega, 2019
AUTOR: António Ventura;
EDIÇÃO: Edições Vega, 2019
Trata-se da última obra do professor António Ventura, onde se
estuda “a posição oficial face ao conflito e à participação portuguesa das duas
Obediências maçónicas portuguesas então existentes [o Grande Oriente Lusitano,
por um lado, e o Supremo Conselho do Grau 33.º, dissidente da anterior e que tomou
o nome profano de Grémio Luso-Escocês, tendo como representante o seu Soberano
Grande Comendador, o general Luís A. Ferreira de Castro]. Inclui diversa
documentação inédita.
O livro contém ainda uma relação de militares portugueses maçons
mortos durante a guerra nas três frentes - França, Angola e Moçambique - com as
respectivas biografias e outra documentação iconográfica e documentos inéditos.
Alguns desses nomes são bem conhecidos e foram consagrados na toponímia [AQUI]
► “ …. Quando
procuramos compreender o envolvimento de Portugal na Grande Guerra, resultam de
grande utilidade os estudos sectoriais, incidindo sobre instituições,
organizações e entidades particulares. O recurso a esses estudos monográficos
ajudam a elaborar um quadro mais completo da forma como a sociedade portuguesa
reagiu perante o conflito nas suas diferentes fases, desde as primeiras
manifestações, em Julho de 1914, a discussão sobre o apoio a dar aos Aliados, a
participação ou não na guerra no teatro europeu, o evoluir dos acontecimentos
dentro e fora do país e, finalmente, as negociações de paz e suas
consequências. Já foram produzidos alguns trabalhos significativos, mas muito
há a fazer. Refiro-me a estudos sobre os partidos republicanos, o movimento
monárquico, as associações sindicais e patronais, a Igreja Católica e as
igrejas protestantes, as associações de carácter cívico, cultural e de
instrução, etc.
De facto, a ela pertenceram dirigentes do Partido Republicano
Português como Afonso Costa e António Maria da Silva, do Partido Republicano
Evolucionista como António José de Almeida e Simões Raposo, da União
Republicana como Brito Camacho e o almirante Tasso de Figueiredo, do Partido
Centrista Republicano como o general Simas Machado e Alberto Osório de Castro,
do Partido Nacional Republicano (sidonista) como João Tamagnini Barbosa e José
Alfredo de Magalhães, do Partido Republicano Conservador como os capitães José
Marcelino Carrilho e João Sarmento Pimentel, do Partido Republicano Liberal
como António Granjo e Tomé de Barros Queirós, da Federação Nacional Republicana
como Machado Santos e o capitão-de-fragata José de Freitas Ribeiro, do Partido
Republicano de Reconstituição Nacional como o general Sá Cardoso e José
Barbosa, do Partido Republicano Nacionalista como o comandante José Mendes
Cabeçadas e Alberto de Moura Pinto, da União Liberal Republicana como
Constâncio de Oliveira, da Esquerda Democrática como José Domingues dos Santos
e Manuel Gregório Pestana Júnior, do Partido Socialista como Ramada Curto e
José António da Costa Júnior, e até o primeiro secretário do Partido Comunista
Português, Carlos Rates, foi maçon… Os exemplos são infindáveis, mas atestam
bem que, tendo como denominador comum os ideais de Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, cada um assumia individualmente posições distintas sob o ponto de
vista partidário ….”
[António Ventura, in A Maçonaria Portuguesa e a Grande Guerra, Actas do Colóquio Internacional “A
Grande Guerra – Um Século Depois”, Academia Militar, 2015, pp. 33-34 - sublinhados nossos]
J.M.M.
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