LIVRO: Memória da Liberdade e do Constitucionalismo. Madrid-Lisboa 1822
COLETÂNEA de Textos publicados no Jornal da Sociedade
Literária Patriótica de Lisboa, Typographia Rollandiana, Lisboa 1822 - Pref. de José Manuel Martins, Os Estados Peninsulares e as Sociedades Patrióticas.
Discurso
de José Liberato Freire de Carvalho | Epicédio de João Baptista da Silva Leitão
de Almeida Garrett | Correspondência com a Sociedade Constitucional de Madrid e
com o Encarregado de Negócios de Espanha em Lisboa | Estatutos da Sociedade
Literária Patriótica de Lisboa
EDIÇÃO: União de Freguesias de S. Martinho do Bispo
e de Ribeira de Frades, através da Comissão Liberato, em Julho de 2016 | Patrocínio:
Pró-Associação 8 de Maio.
LANÇAMENTO:
DIA: 7 de Junho (18 horas);
LOCAL: Café Santa Cruz (Coimbra);
ORADORES: profª Isabel Nobre Vargues | Profº Apolinário Lourenço
“… no
glorioso dia 7 de Julho [1822] perderam as suas vidas em Madrid e suas vizinhanças
depois de briosamente haverem combatido e ganho uma vitória assinalada sobre o
despotismo que, temerário, ousara ainda uma vez armar-se contra a liberdade
peninsular. Falo, porém, diante de portugueses e portugueses escolhidos que
estimam em mais a liberdade do que as vidas e que estão mui bem persuadidos de
que uma vitória alcançada a favor da liberdade nas margens do Manzanares é realmente
uma vitória ganha sobre as margens do Tejo em Portugal (…)
Com
a vitória ganha em Madrid a favor da liberdade no dia 7 do corrente, ganhámos
nós em Lisboa, nesse mesmo fausto dia, outra vitória decisiva sobre nossos
inimigos que talvez nos tenebrosos antros do silêncio já estivessem aguçando
seus pérfidos punhais e deles houvéssemos de ser vítimas sem esta vitória
assinalada. Será, pois, Senhores, o assunto principal do meu discurso
mostrar-vos que os heróicos mártires espanhóis da liberdade, derramando o seu
sangue e dando as suas vidas generosas para conservarem constitucionalmente livre
a ilustre terra em que nasceram, igualmente derramaram seu sangue e perderam as
suas vidas em favor da Constitucional causa portuguesa. E a final vos mostrarei
que o mais nobre e mais precioso tributo, que podemos ofertar à sua memória, é
seguir-lhes tão magnífico exemplo; e é desde este instante preparar-nos também
para briosamente resistirmos aos nossos inimigos, determinando-nos já e até jurando
de bom grado e coração - ou que viveremos livres, ou morreremos todos
defendendo a nossa liberdade …
[Discurso
de José Liberato Freire de Carvalho, na Sessão Extraordinária da Sociedade
Literária Patriótica de Lisboa, na noite de 24 de Julho de 1822 – Do livro]
Sem comentários:
Enviar um comentário