quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A COMEDIA PORTUGUEZA NA HEMEROTECA


A Hemeroteca Digital de Lisboa continua a prestar um óptimo serviço. Entre as publicações que recentemente disponibilizou, salientam-se a Alma Nova, dirigida por Mateus Moreno, com três séries diferentes (1915-1918; 1922-1925; e 1927-1929) e a que já nos tinhamos referido AQUI.

No entanto, o nosso destaque vai para A Comedia Portugueza. Revista semanal de costumes, casos, política, artes e letras, com resposáveis como Marcelino Mesquita, Julião Machado, Henrique Dias, acompanhada de uma extensa e sempre muito interessante ficha histórica, da autoria de Rita Correia.

Mais uma iniciativa de saudar que divulgamos junto dos nossos ledores.

A.A.B.M.

sábado, 27 de agosto de 2011

ANSELMO XAVIER (Parte II)


António Pinto Leão de Oliveira, Sebastião de Magalhães Lima, João de Almeida Pinto, Joaquim Trigueiros de Martel e Anselmo Xavier, foram os fundadores do jornal O Século.

Este jornal, tornou-se no mais popular jornal em Portugal, nas duas últimas décadas do século XIX. O primeiro número é de 4-1-1881, embora tenha sido publicado um número-programa em 15 de Dezembro de 1880, que conseguiu despertar grande interesse junto da população. Nos primeiros tempos, este jornal teve como redactor principal Magalhães Lima e como gerente Anselmo Xavier. Este último manteve-se ligado ao jornal até 1896, quando José Joaquim da Silva Graça comprou a maior parte das quotas nas mãos dos sócios iniciais, em particular Magalhães Lima, mas também Anselmo Xavier e Leão de Oliveira.

Em 1882, encontramos Anselmo Xavier no Centro Republicano de Lisboa, presidido por Oliveira Marreca e onde participavam também Latino Coelho entre outras personalidades.
No ano seguinte é uma das personalidades eleitas no Congresso do Partido Republicano realizado entre 18 e 21 de Junho de 1883, em Lisboa, onde integrava o denominado corpo consultivo do partido. Encontramo-lo a participar de forma activa nas actividades de propaganda entretanto desencadeadas.

As visitas de propaganda política foram um mecanismo utilizado de forma recorrente pelos republicanos, em especial Sebastião de Magalhães Lima e outros líderes do partido desdobraram-se em viagens pelo País propagando o ideal republicano em muitas terras. Um dos seus acompanhantes habituais era Anselmo Xavier. Por exemplo encontramo-los em Maio de 1883, em Évora, acompanhados por José Jacinto Nunes, onde realizaram um comício juntamente com o operário eborense António Maria de Miranda e Brito, que foi o fundador do primeiro centro republicano em Évora, com a denominação de Biblioteca Democrática Eborense. Em Novembro de 1884, acompanhado pelas mesmas personalidades percorreu o Algarve, realizando comícios e conferências e organizando o Partido Republicano na região.

Em 3 de Fevereiro de 1907, realiza-se na Praça de Touros, da então vila de Abrantes, um grande comício, a que terão assistido alguns milhares de pessoas e onde discursaram algumas das figuras mais destacadas do republicanismo português: Bernardino Machado, António José de Almeida, Brito Camacho, José Maria Pereira e Anselmo Xavier. Tudo indica que nesse comício Bernardino Machado terá feito a promessa que uma vez implantada a República, Abrantes seria elevada à categoria de cidade. Assinale-se também que nesse mesmo dia, António José de Almeida e Anselmo Xavier estiveram também na freguesia das Mouriscas, onde a sua presença desencadeou enorme entusiasmo junto da população.

Durante alguns anos viveu na sua terra, exercendo as funções de presidente da Câmara Municipal, cargo para que foi eleito em sucessivas ocasiões, continuando a defender as suas ideias republicanas, mas sem grande envolvimento na vida pública nacional. Ocupou estas funções durante mais de vinte anos.

Em 1907, Anselmo Xavier era o presidente da comissão municipal republicana de Benavente.

No dia 8 de Março de 1908, foi eleita a Comissão Distrital Republicana de Santarém que integrava os nomes de José Relvas, Dr. Anselmo Xavier, Dr. Guilherme Nunes Godinho, Dr. Ramiro Guedes e Dr. José Montez.

Em 25 de Março de 1910, realizou-se um comício em Vila Nova de Ourém, onde discursaram José Relvas, João Chagas e Anselmo Xavier. Presidiu a este comício Manuel António das Neves, natural em Alburitel, que foi um activo republicano em Ourém e mais tarde em Santarém. Os republicanos deste concelho, não sendo numerosos, desenvolveram algumas iniciativas como a criação uma escola mista gratuita e uma Liga Republicana.

Com a implantação da República, Anselmo Xavier foi nomeado Governador Civil de Santarém, cargo que ocupou por curto espaço de tempo. Foi depois deputado à Assembleia Nacional Constituinte de 1911, pelo círculo de Santarém, passando depois para o Senado.

Na Assembleia Constituinte de 1911, Anselmo Xavier propôs na sessão de 4 de Julho de 1911, alguns aditamentos a um dos artigos da Constituição sobre o funcionamento das comissões parlamentares, para que os prazos fossem cumpridos na República, ao contrário do que acontecia na Monarquia.

Enquanto senador teve uma intervenção muito centrada nos temas da educação e do poder municipal, dedicando algumas intervenções aos problemas da sua terra, Benavente, como na sessão de 8 de Dezembro de 1911, em que pede esclarecimentos sobre a situação em que se encontrava a câmara municipal que tão bem conhecia. Foi também ele que fez o elogio fúnebre de Eduardo de Abreu no Senado da República, na sessão de cinco de Fevereiro de 1912. Foram dezenas de intervenções sobre os mais variados temas que seria importante fazer um levantamento das mesmas para se compreender melhor o seu pensamento.

Com a cisão do Partido Republicano, acompanhou Brito Camacho, em 1912, na criação da União Republicana.

Foi depois nomeado comissário do Governo junto da Companhia do Niassa. Foi também o responsável pela instalação do registo civil em Santarém, tendo ainda sido colocado nessa função, mas rapidamente pediu a exoneração. Após a implantação da República existia um centro com o seu nome em Alcanena.

Anselmo Xavier foi também um forte combatente do regime monárquico através da escrita. Não só no jornal O Século de que já se falou mas também através de outros jornais como a Vanguarda e mais tarde a Luta. Mas colaborou ainda no Diário da Tarde, Porto, onde fez a sua estreia literária e no Diário da Manhã, na Galeria Republicana e em outros periódicos da época. Manifestou sempre gosto e interesse pelas letras publicando ainda poesia e deixou também uma peça de teatro O Reino de Pantana, tendo também desempenhado actividade como empresário teatral.

Surge também arrolado como uma das testemunhas de defesa de António de Albuquerque, o autor do famoso Marquês da Bacalhoa que foi julgado no tribunal de Santa Clara, em Lisboa, tendo sido defendido por Gomes Mota, qe indicou ainda como outrs testemnhas Machado Santos, João Gonçalves, Leão Azedo e Alfredo Leal, depois de ter sido acusado de participar nos acontecimentos de 27 de Abril de 1913, mas acabou por ser absolvido das acusações.

Deixou várias publicações escritas, revistas, canções ligeiras, peças de teatro. Era conhecido o seu sentido de humor, escrevia habitualmente a gazetilha política do jornal A Luta, com as suas situações humorísticas, tarefa que cumpriu quase até ao fim dos seus dias.

Pertenceu à Maçonaria, embora tenho sido iniciado em data e loja desconhecida. Pertenceu à loja Companheiros do Segredo, nº 273, de Benavente, de que foi venerável, que contava com 7 maçons em actividade em 1912.

Apreciadíssimo pela sua bondade, referem-se-lhe os mais extraordinários elogios, em especial durante os acontecimentos que sucederam ao terramoto de 1908 e que provocou avultados prejuízos na sua região, mas onde Anselmo Augusto da Costa Xavier demonstrou, através das suas acções, que constituem por certo a melhor parcela da sua existência e da sua razão de ser republicano.

Faleceu em 23 de Maio de 1915.

A.A.B.M.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

ANSELMO XAVIER



Assinala-se hoje a data em que nasceu um dos mais importantes republicanos da fase da propaganda e uma figura fundamental da História da República e do republicanismo em Portugal entre os finais do século XIX e o início da I República.

Nasceu em Benavente a 25 de Agosto de 1850, com o nome completo de Anselmo Augusto da Costa Xavier, filho de Manuel Camilo Xavier e de Pulquéria da Costa Xavier.

Estudou em Coimbra, onde concluiu o bacharelato em Direito em 1875. Exerceu ainda actividade como conservador do registo civil em Santarém e juiz de Direito substituto em Benavente. Foi ainda provedor da Santa Casa da Misericórdia de Benavente.

Desde bastante cedo acompanha Sebastião de Magalhães Lima nas suas deambulações jornalísticas. Enquanto estudante em Coimbra, fez parte de um grupo constituído por mais três elementos: Alves Pinheiro Torres, Magalhães Lima e Trigueiros de Martel. Este grupo reunia-se habitualmente na casa que se situava no Largo de S. João. Era companheiro de quarto de Alves Pinheiro Torres. Enquanto estudante era considerado inteligente, mas destacava-se sobretudo pelo carácter vincado da sua personalidade. Foi director do Clube Académico, onde a academia o começou a conhecer um pouco melhor.

Terminado o curso parte para Benavente, onde passou a viver com os seus pais. Como era possuidor de uma fortuna razoável, fez ainda uso curso universitário, mas era sobretudo para se manter ocupado e útil do que por necessidade.

Em 1877, foi eleito vereador municipal e de imediato passou a presidente da Câmara Municipal. Porém, no ano seguinte, devido a um desentendimento com a restante vereação, provocado pela proposta dos restantes vereadores de se homenagear e manifestar um período de nojo devido à morte do rei de Itália, Vitor Manuel. Anselmo Xavier manteve a sua verticalidade e afastou-se quando a sua posição foi derrotada, saindo da sala das sessões e passando o cargo ao vice-presidente, para que nas actas não constasse o seu nome e assinatura, já que não concordava com a situação.

Esta situação serviu de mote para fazer a sua afirmação de defensor da causa republicana, onde veio a desempenhar importantes missões, mas sobre isso falaremos no próximo post.

[em continuação.]


A.A.B.M.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

CENTENÁRIO DA ELEIÇÃO DO PRIMEIRO PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA


Vai realizar-se amanhã,4ª Feira, 24 de Agosto de 2011 pelas 21.30 horas, na cidade da Horta, Ilha do Faial - Açores a Sessão Evocativa para assinalar o primeiro centenário da eleição para a presidência da República, do Dr. Manuel de Arriaga.

A sessão decorrerá no Auditório da Biblioteca e Arquivo Regional João José da Graça Cidade da Horta, Ilha do Faial e conta com
o Alto Patrocínio do Senhor Presidente da República.

A sessão vai ser presidida pelo Representante da República nos Açores com a presença do Senhor Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.


PROGRAMA

Contributos para a projecção da memória de Manuel de Arriaga – 2001-2011
Professor Doutor Henrique Melo Barreiros, Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta

Manuel de Arriaga: Um Pensamento de Verdade e de Justiça
Professora Doutora Magda Costa Carvalho, Universidade dos Açores

Manuel de Arriaga: O Julgamento da História
Professor Doutor Luís Bigotte Chorão, Universidade de Coimbra

Intervenção do Representante da República nos Açores
Embaixador Pedro Catarino

Momento Musical – sob a Direcção Artística da Professora Ludmila Chovkova do Conservatório Regional da Horta, serão interpretados os seguintes trechos musicais:

Prelúdio nº 9 de Luís Freitas Branco por Isabel Carvão em piano
Concerto em dó menor, II andamento, para violoncelo e piano de Iohn K. Bach por Vítor Daniel Pavtchinski (violoncelo) e Ludmila Chovkova (piano)

Canção sem palavras de F. Mendelssohn por Isabel Carvão em piano

Coordenador da sessão – Luis Prieto

Apoio – Câmara Municipal da Horta
Biblioteca e Arquivo Regional João José da Graça

Organização – Associação dos Antigos Alunos do Liceu da Horta

Uma sessão que merece a maior divulgação e acompanhamento por parte dos açorianos, em particular dos faialenses. A acompanhar com toda a atenção.

[Nota: a imagem que se apresenta supra para ilustrar o programa deste evento foi a capa da revista Ilustração Portuguesa, na época, conforme se pode confirmar consultando a referida revista AQUI.]

A.A.B.M.

24 DE AGOSTO - HOMENAGEM A MANUEL FERNANDES TOMÁS - FIGUEIRA DA FOZ


24 de Agosto de 1911 - HOMENAGEM a Manuel Fernandes Tomás e à Revolução Liberal de 1820 - Figueira da Foz

18.30 Horas:

EVENTOCerimónia Pública de Homenagem a Manuel Fernandes Tomás
LOCAL - Pr. 8 de Maio (Figueira da Foz)
ORGANIZAÇÃO – Câmara Municipal da Figueira da Foz, Associação Manuel Fernandes Thomaz e Associação 24 de Agosto

21,30 Horas:

CONFERÊNCIA - "Fernandes Tomás e a Liberdade Portuguesa" pelo professor Doutor José Adelino Maltez
LOCAL - C.A.E. da Figueira da Foz (Centro de Artes e Espectáculos - Pequeno Auditório)
ORGANIZAÇÃOAssociação 24 de Agosto, com apoio da CMFF e da Junta de Freguesia de S. Julião.

J.M.M.

A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820




TEXTO in Historia da Revolução Portugueza de 1820, de José de Arriaga

J.M.M.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

AUTO DA ABERTURA DA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE 1911



DOCUMENTO - AUTO DA ABERTURA DA ASSEMBLEIA NACIONAL CONSTITUINTE EM 19 DE JUNHO DE 1911

via TORRE DO TOMBO - "Remetido pelo Presidente do Senado e incorporado na Torre do Tombo em 30 de Setembro de 1912" [Gavetas, Gav. 16, mç. 5, n.º 29]

J.M.M.

AS CONSTITUINTES DE 1911 E OS SEUS DEPUTADOS


Abolida a Carta Constitucional, o Conselho de Estado e a Câmara dos Pares [decreto de 17 de Outubro de 1910] e declaradas nulas as últimas eleições da monarquia de 28 de Agosto de 1910 [pelo Decreto de 24 de Outubro - cf. História da República, Raul Rego, p.101], houve lugar à marcação de eleições [pelo Decreto de 14 de Março de 1911 eram eleitores os que tivessem 21 anos á data de 1 de Maio e que soubessem ler e escrever ou fossem chefes de família. De notar que não se "aludia ao voto das mulheres". Não podiam ser eleitos os que nos "círculos respectivos fossem magistrados, administradores, governadores civis, funcionários das finanças, da alfandegas, ministros de qualquer religião, directa ou indirectamente financiados pelo Estado". De outro modo, diga-se que Basílio Teles tinha dado o seu parecer em defesa do sufrágio geral e obrigatório - ibidem] para legislar uma nova Constituição saída da Revolução.

A Assembleia Constituinte "podia dizer-se representante sobretudo da pequena burguesia e das classes liberais, com grande relevo para o funcionalismo público” [id. ibidem]. Se é certo que não representava todo o país ["para representar todo o País seria necessário terem tido entrada os adversários ao regime e aqueles que viviam do velho regime e das suas sinecuras" – ibidem], estando mesmo as classes laboriosas só representadas pelas "cúpulas das organizações revolucionárias" e notando-se a ausência de eleitos monárquicos ou de nacionalistas ["que não ousaram ir", como antes o fizeram os republicanos, "à luta eleitoral" ou "dar a cara" – cf. Raul Rego], a Assembleia Constituinte teve excelentes legisladores.

A 19 de Junho de 1911 começava o constitucionalismo republicano [sob a presidência de Anselmo Braamcamp Freire] e o debate dos dez projectos de Constituição que deram entrada [de Teófilo Braga, de José Barbosa, de Machado dos Santos, do grupo do jornal A Luta, o projecto de Cunha e Costa, de João Gonçalves, Goulart de Medeiros, J. Nunes da Mota, de Fernão Boto Machado e o da loja Montanhaibidem]. A Constituição foi aprovada por unanimidade na sessão do dia 18 de Agosto [mas já na madrugada do dia seguinte], entrando em vigor no dia 21 desse mesmo mês.

ler as Constituintes de 1911 e os seus Deputados AQUI

J.M.M.

domingo, 21 de agosto de 2011

LEITURA DA PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA - SESSÃO INAUGURAL DAS CONSTITUINTES



"Um documento histórico. A leitura da proclamação da Republica na sessão inaugural das Constituintes"

Illustração Portugueza, 17.07.1911, p. 80-81 [via Biblioteca Nacional]

J.M.M.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR: SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS


Avançamos agora com algumas sugestões que permitem conhecer e compreender melhor a personalidade de José Mendes Cabeçadas Júnior.

Certamente que alguns títulos ficarão omitidos, as referências pontuais a Mendes Cabeçadas foram colocadas de lado, pouco acrescentam e muitas vezes só repetem a informação conhecida. As obras gerais, como as História de Portugal, também são por todas conhecidas e, para evitar alguns constrangimentos, optamos por excluir da nossa selecção.

Vejamos então algumas obras seleccionadas sobre este militar e político da República e mais tarde opositor ao Estado Novo:
- OS ACONTECIMENTOS DE 10 DE ABRIL. SUBSÍDIOS PARA A SUA HISTÓRIA, Documentos compilados pelo Ministério da Guerra, Lisboa, 1950;
- ALÍPIO, ELSA SANTOS, JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR. FOTOBIOGRAFIA, MUSEU DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA/QUIDNOVI, LISBOA, 2006;
- BRANDÃO, JOSÉ, A NOITE SANGRENTA, PUBLICAÇÕES ALFA, LISBOA, 1991;
- CAMPINOS, JORGE, A DITADURA MILITAR, 1926-1933, LISBOA, PUB. D. QUIXOTE, 1975;
- CARRILHO, MARIA, FORÇAS ARMADAS E MUDANÇA POLÍTICA EM PORTUGAL NO SÉCULO XX. PARA UMA EXPLICAÇÃO SOCIOLÓGICA DO PAPEL DOS MILITARES, LISBOA, IMPRENSA NACIONAL-CASA DA MOEDA, 1985;
- CHORÃO, LUÍS BIGOTTE, A CRISE DA REPÚBLICA E A DITADURA MILITAR, SEXTANTE EDITORA, LISBOA, 2009.

- CONTRIBUTOS PARA A HISTÓRIA DA MARINHA E DO ARSENAL DO ALFEITE, ORG. FRANCISCO TOMÁS TRINDADE LEITÃO, EDIÇÕES CULTURAIS DA MARINHA, LISBOA, 2003;
- FARINHA, LUÍS, O REVIRALHO. REVOLTAS REPUBLICANAS CONTRA A DITADURA E O ESTADO NOVO (1926-1940), LISBOA, EDITORIAL ESTAMPA, 1998;
- FARINHA, LUÍS, FRANCISCO PINTO CUNHA LEAL, LISBOA, TEXTO EDITORA, 2009;
- FERRÃO, CARLOS (PREF. E NOTAS), RELATÓRIOS SOBRE A REVOLUÇÃO DO 5 DE OUTUBRO, PUB. CULTURAIS DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, LISBOA, 1978;

- FERREIRA, JOSÉ MEDEIROS, COMPORTAMENTO POLÍTICO DOS MILITARES. FRÇAS ARMADAS E REGIMES POLÍTICOS EM PORTUGAL NO SÉCULO XX, LISBOA, ED. ESTAMPA, 1992;
- LEAL, CUNHA, AS MINHAS MEMÓRIAS, 3 VOLS, ED. AUTOR, 1966; 1968;
- LEAL, ERNESTO CASTRO, PARTIDOS E PROGRAMAS: O CAMPO PARTIDÁRIO REPUBLICANO PORTUGUÊS (1910-1926), COL. REPÚBLICA, IMPRENSA DA UNIVERSIDADE DE COIMBRA, COIMBRA, 2008;
- MADUREIRA, ARNALDO, O 28 DE MAIO. ELEMENTOS PARA A SUA COMPREENSÃO, EDITORIAL PRESENÇA, LISBOA, 1978;
- MARTINS, SUSANA, SOCIALISTAS NA OPOSIÇÃO AO ESTADO NOVO. UM ESTUDO SOBRE O MOVIMENTO SOCIALISTA PORTUGUÊS DE 1926 A 1974, CASA DAS LETRAS, LISBOA 2005;
- NORTON, JOSÉ, NORTON DE MATOS.BIOGRAFIA, BERTAND EDITORA, LISBOA, 2002;

- PAXECO, OSCAR, OS QUE ARRANCARAM EM 28 DE MAIO, EDITORIAL IMPÉRIO, LISBOA, 1937;
- PEREIRA, JOSÉ PACHECO, ÁLVARO CUNHAL. UMA BIOGRAFIA POLÍTICA, VOL. III, O PRISIONEIRO (1949-1960), TEMAS & DEBATES, LISBOA, 2005;
- PINTO, ANTÓNIO COSTA, OS PRESIDENTES DA REPÚBLICA PORTUGUESA, CÍRCULO DE LEITORES, LISBOA, 2001;
- QUEIROGA, FERNANDO, PORTUGAL OPRIMIDO: (SUBSÍDIOS PARA A HISTÓRIA DO FASCISMO EM PORTUGAL), EDITÔRA GERMINAL, 1958;
- SANTOS, MACHADO, A REVOLUÇÃO PORTUGUESA, 1907-1910, LISBOA, ASSÍRIO E ALVIM, 1982;
- VALENTE, VASCO PULIDO, O PODER E O POVO. A REVOLUÇÃO DE 1910, GRADIVA, LISBOA, 1999.


Certamente que muitas referências podem ser encontradas na imprensa da época, mas não será o local ou o momento para essa recolha.

Uma homenagem ao republicano.

A.A.B.M.

JOSÉ MENDES CABEÇADAS JÚNIOR



Assinala-se hoje, 19 de Agosto, o nascimento de um dos homens que tem a particularidade de estar fortemente ligado à implantação e à queda da I República em Portugal: José Mendes Cabeçadas Júnior, nascido em 1883.

Não pretendemos fazer uma biografia da personalidade, elas já existem com alguma qualidade disponíveis na internet. Salientamos algumas que nos parecem de melhor qualidade, mas vamos sobretudo tentar contribuir com algumas referências para se avançar no sentido de conhecer melhor a figura de José Mendes Cabeçadas Júnior. Entre as notas biográficas disponíveis na internet destacamos a que está disponível no Museu da Presidência da República, com muitos detalhes e que pode ser consultada AQUI. Outra nota biográfica pode ser consultada AQUI.

No post seguinte, vamos propor algumas sugestões bibliográficas para compreendermos melhor a figura e o seu papel, no contexto de uma época de polémicas. Mendes Cabeçadas foi também um militar de polémicas, republicano e maçon, pertenceu ao comité da Marinha que preparou os acontecimentos de 5 de Outubro de 1910 e desenvolveu uma importante acção conspirativa que contribuiu para o fim da República e início da Ditadura Militar com o golpe de 28 de Maio de 1926.

Na imagem acima, já uma referência bibliográfica,o catálogo da exposição sobre José Mendes Cabeçadas e a Primeira República no Algarve, que contou com textos de Joaquim Romero Magalhães, José Carlos Vilhena Mesquita, António Ventura, Maria Lúcia de Brito Moura, Joaquim Pintassilgo, João Madeira, Joaquim Manuel Vieira Rodrigues, Maria João Raminhos Duarte, Elsa Santos Alípio e do autor destas linhas.

A.A.B.M.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O TEATRO DE REVISTA E A I REPÚBLICA


LIVRO: "O Teatro de Revista e a I República. Ernesto Rodrigues e A Parceria (1912-1926)";
AUTOR: Pedro Caldeira Rodrigues;
EDITOR: INCM / Fundação Mário Soares.

"A revista coloca-se ao lado da República. É como um arauto do novo regime e assume a defesa dos novos valores políticos e sociais"; [a revista] "glorificou o regime republicano mas foi crítico com os desmandos e abusos" [Pedro Caldeira Rodrigues - bisneto de Ernesto Rodrigues, que juntamente com Félix Bermudes e João Bastos constituíram a parceria de revista à portuguesa mais famosa da época; parceria que só se "desfez com a morte de Ernesto Rodrigues aos 51 anos, em Janeiro de 1926]".

J.M.M.