domingo, 30 de abril de 2017

[FIGUEIRA DA FOZ – EXPOSIÇÃO] CRUZEIRO SEIXAS DE 1940 A 2017



EXPOSIÇÃO: 29 de Abril a 4 de Junho de 2017;
LOCAL: Galeria O Rastro (Rua da Liberdade, nº 14), Figueira da Foz;

CATÁLOGO (luxuoso) da Exposição de Pintura de mestre Cruzeiro Seixas, profusamente ilustrado (e falado), contém textos [memórias] de Ernesto Sampaio [“As mãos ao nível de nós mesmos”, de Março de 1995], Mário Cesariny [“Os Estados Gerais. Tentativas de interpretação do quadro do mesmo título de Cruzeiro Seixas”] e um belíssimo (iluminado) texto de Cruzeiro Seixas, “Dos que lerem este texto …”, datado de Março de 1991.  
 
 

“…. Setenta anos passam afinal como um longo minuto. Por exemplo, não li metade do que devia ter lido. Sou assim um muito mau exemplo. Mas tudo o que escreveu um Dostoievski ou um Borges, ou a obra de um Miguel Ângelo ou de um Gustave Moreau, não cabem realmente no percurso de uma vida! Trata-se de miraculados, porque não acredito exclusivamente nas virtudes do trabalho. Dias e noites a trabalhar, não deixam tempo para olhar, e menos ainda para imaginar. Tudo o que aconteceu na vida foi tão rápido, que mal tive tempo para o reter na memória, e discernir; e no entanto tudo foi excessivo, em relação às minhas forças. Nem tempo tive para construir o cipreste que tanto queria sobre a minha sepultura, todo em vidro, para se poder ver os movimentos do seu coração cipreste...

Seremos nós, portugueses, excepcionalmente dados a desencontros? Parece que, quando chegámos à Índia, ela já não estava ...

Mas os grandes problemas, resolvem-se ou adiam-se por si mesmos. Tudo o resto é ilusão, ou vaidade (…)
 
 

De facto amar e ser amado, com igual intensidade, é ainda muito mais fácil do que escrever um belíssimo poema. E se me revolto por me quererem impor isto ou aquilo, como posso eu impor isto ou aquilo aos outros? Além disso não faltam “artistas” que querem condecorações, ruas com o seu nome, o Prémio Nobel, como se as forças que os movem fossem egoísmos, orgulhosos, vaidades, certezas absurdas. Contorcem-se até ao mais possível impossível, como se isso tivesse algo a ver com a verdadeira imaginação, com a verdadeira criatividade, com a verdadeira liberdade. O “Nu” de Marcel Duchamp, sobe agora, em vez de descer, uma escada de degraus perigosamente gastos. E espera-se que da boca lhe saiam coisas indizíveis.

Os que fizeram revoluções, são mais revolucionários do que por exemplo o foi a pintura de Goya ou de Kandinsky? E não esqueçamos, que Salazar foi morto por uma simples cadeira! Iremos assistir á revolta das cadeiras perante os ditadores do futuro? A despropósito, cito Saint-Jus; "Ceux qui font les révolutions à moitié, ne font que creuser leur propre tombeau ... ".
 
 
Há de facto feridas do tamanho de países! E aqui, onde nascemos, é precisamente o local onde o mar se afogou. Mas será por acaso que dois dos quadros mais importantes do imaginário e do mistério estão em Portugal? Refiro-me ao Bosch, e também ao Nuno Gonçalves. Ainda quero acreditar que tudo tem um sentido, evidentemente oculto …” [Cruzeiro Seixas, in Catálogo, pp. 18-26]

J.M.M.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

[NOTA MANUSCRITA] SOBRE VITORINO NEMÉSIO



in, [Ms] Belisário Pimenta, “Memórias ao Correr da Pena”, 27 de Setembro 1956 (p. 28) – via B.G.U.C.  

O coronel republicano Belisário Pimenta, nas suas Memórias manuscritas [ver nota acima], apresenta uma local do jornal “República” sobre Vitorino Nemésio (escritor, poeta, republicano e maçon) de quem muitos apontam uma evolução “espiritual” (e política) incompreendida e inaceitável durante o Estado Novo. O manuscrito segue (p. 29), na página seguinte, com a opinião de Rebelo Gonçalves sobre este particular assunto.    

J.M.M.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

CENTENÁRIO DA INAUGURAÇÃO DO INSTITUTO SUPERIOR DE AGRONOMIA - HOMENAGEM AO PROFESSOR JOSÉ VERÍSSIMO DE ALMEIDA: CERIMÓNIAS

Amanhã, 27 de Abril de 2017, realizam-se as cerimónias do Centenário da Inauguração do Edifício Principal do Instituto Superior de Agronomia e recorda-se também uma das figuras importantes nesse período da República como foi o Professor José Veríssimo de Almeida.

Veja-se o programa das cerimónias de amanhã:
27 de abril de 2017 - 17h - 19h - Salão Nobre da Reitoria da Universidade de Lisboa
  • Sessão Solene de Abertura das Comemorações do Centenário da Inauguração do Edifício Principal
    • 17h - Intervenção do Reitor da Universidade de Lisboa, Professor António Cruz Serra
    • 17h15 - Intervenção da Presidente do ISA, Professora Amarilis de Varennes
    • 17h25 - Atribuição do título de Professor Emérito da Universidade de Lisboa ao Professor Catedrático Jubilado Luís Santos Pereira
    • 17h40 - Lançamento do livro "José Veríssimo de Almeida. Percursos de Agronomia e Política portuguesa (1870 - 1912)", com intervenções de:
      • Professor Catedrático António Ventura - Faculdade de Letras
      • Professora Associada Helena Oliveira - Instituto Superior de Agronomia
      • Professora Auxiliar Teresa Nunes - Faculdade de Letras
    • 18h10 - Inauguração da Exposição "José Verissimo de Almeida. Percusos de Agronomia e Política portuguesa (1870 - 1912)"
    • 18h30 - Porto de Honra

Para saber mais sobre estas cerimónias recomenda-se a visita ao programa do evento AQUI.

Acerca do Professor Veríssimo de Almeida recomendamos a leitura do que há quase uma década dissemos AQUI.

Fica a divulgação de mais este evento e a recuperação de mais uma personalidade em destaque na I República que foi estudada e analisada, tendo sido valorizada a sua acção e redescoberta a sua acção ao longo do tempo.

Recorde-se que depois da apresentação do livro será também inaugurada uma exposição sobre José Veríssimo de Almeida que merece a melhor divulgação.

A acompanhar com toda a atenção e com os votos do maior sucesso.

A.A.B.M.

terça-feira, 25 de abril de 2017

25 DE ABRIL – MEMÓRIA, LIBERDADE E LUTA



“Je suis né pour te connaitre
pour te nommer

 Liberté” [Paul Eluard]

Sobre esta página escrevo
teu nome que no peito trago escrito
laranja verde limão
amargo e doce o teu nome.

Sobre esta página escrevo
o teu nome de muitos nomes feito
água e fogo lenha vento
primavera pátria exílio.

Teu nome onde exilado habito e canto
mais do que nome: navio
onde já fui marinheiro
naufragado no teu nome.

Sobre esta página escrevo
o teu nome: tempestade.
E mais do que nome: sangue.
Amor e morte. Navio.

Esta chama ateada no meu peito
por quem morro por quem vivo
este nome rosa e cardo
por quem livre sou cativo.

Sobre esta página escrevo
o teu nome: liberdade.

[Manuel Alegre, “Liberdade”]
 

Saúde, União & Fraternidade

sábado, 22 de abril de 2017

A REVOLUÇÃO NO ALGARVE E O ALGARVE NA REVOLUÇÃO: O CASO DE LOULÉ - CONFERÊNCIA


CONFERÊNCIAA Revolução no Algarve e o Algarve na Revolução: o caso de Loulé;

DIA: 22 de Abril de 2017 (15,00 horas);
LOCAL: Arquivo Municipal de Loulé;

ORADOR: Doutora Maria João Raminhos Duarte;

Pequena nota biográfica da oradora:
Maria João Raminhos Duarte é doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É docente na Escola E.B. 2,3 Eng. Nuno Mergulhão e professora auxiliar no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. 
É investigadora associada do Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais, Doutorada integrada do Instituto de História Contemporânea/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e formadora acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua da Universidade do Minho. 

É autora de uma vasta produção científica sobre os industriais conserveiros, o movimento operário corticeiro e conserveiro, a instituição do Estado Novo, a oposição ao Estado Novo, os movimentos femininos, a educação e assistência, a implantação do regime democrático, além de inúmeros e relevantes contributos biográficos de História Contemporânea algarvia.

ORGANIZAÇÃOArquivo Municipal de Loulé.


Pode ler-se na nota de divulgação do evento:
Para esta conferência tomou-se como objecto de estudo e de análise a Revolução de 25 de Abril no Algarve e as movimentações militares nesta província, sendo identificados os protagonistas, as resistências e as reacções dos militares, bem como os seus efeitos na sociedade algarvia nos dias agitados que se seguiram ao golpe militar e ao processo imediato que conduziu à instituição do regime democrático a sul.

Procurou-se responder a algumas questões básicas: Como se integrou o Algarve nos preparativos revolucionários? Qual a importância do seu contributo? Que personalidades tomaram parte directa ou indirectamente parte na revolta militar? Quem emergiu e quem tomou posição, manifestando-se (ou não) pró ou contra a revolução? Qual a atitude das forças da manutenção da ordem pública no Algarve perante o desenvolvimento da revolução? Quais as motivações que levaram muitos a intervir na vida política? E quais as expectativas que se colocavam na revolução para resolver os problemas do Algarve na época?

Também se identificou o contributo dos algarvios na preparação e concretização do golpe militar, pois não foi despiciendo e, em alguns casos, até foi decisivo. 

E, em Loulé, como foram vividos estes momentos? 
A História da implantação do regime democrático ainda está por fazer, pois o país distante da capital ainda não foi abrangido pela historiografia contemporânea. 

Aprofundar o conhecimento sobre o 25 de Abril vai para além da História. É, de certa forma, promover um desígnio nacional que faz cumprir a Democracia. 

É essa a intenção maior desta conferência.

A não perder e com os votos do maior sucesso para a iniciativa.

A.A.B.M.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

MOUZINHO DA SILVEIRA: DENUNCIADO COMO MAÇON E “LIBERTINO DA PRIMEIRA ORDEM”



Mouzinho da Silveira denunciado como maçon e «libertino da primeira ordem». Um curioso documento de 1823 sobre a Maçonaria em Portalegre – via António Ventura Facebook.
 No seguimento da nova perseguição aos pedreiros-livres em 1823, o Corregedor da Comarca de Portalegre, António Joaquim de Gouveia Pinto escreveu ao Intendente Geral da Polícia da Corte e Reino, dando-lhe conta das diligências feitas acerca da actividade de elementos subversivos naquea cidade. O documento é do maior interesse porque refere diversos suspeitos de maçonismo:

«Participo a V. Exª que hoje mesmo acabo de tirar o sumário que a Ordem dessa Intendência Geral da Polícia de 9 do passado, me mandou proceder, e tendo nele pronunciado, entre outros, José Xavier Mouzinho da Silveira, Administrador Geral da Alfândega dessa cidade, e natural de Castelo de Vide, e desta Comarca, em que acabou por ser Provedor, e onde propagou a seita dos Pedreiros Livres, que tinha plantado e promovido na Vila de Setúbal, quando ali fora Juiz de Fora, e onde é constante que estabelecera duas lojas deles; sendo um libertino da primeira ordem, e tão escandaloso, que nunca ouvia aqui Missa, e poucas vezes a família, e um declarado inimigo da Religião e dos Tronos; e bem assim o dito médico Manuel Joaquim Madeira, desta cidade, amigo inseparável de Frei Francisco de Ave Maria, que há pouco mandei preso para essa Intendência; da mesma seita de José Xavier Mouzinho da Silveira, seu cordial amigo, e que por isso, desaparecendo desta cidade no dia 26 do passado, logo que viu o seu amigo preso, dizem que está nessa cidade em casa do mesmo José Xavier, onde já tem sido hóspede; e sendo a casa do referido médico, onde se veio hospedar José Xavier e João da Silva Carvalho, irmão de José da Silva Carvalho, quando no mês de Abril do ano passado vieram a esta Província procurar adeptos para a mesma sociedade, ou fazer recrutamento de Pedreiros Livres, como foi público; assim como também o Joaquim Larcher, por ter a mesma nota de Pedreiro Livre, e da sociedade, e particular amizade do referido José Xavier, o qual se acha na companhia de sua mãe e viúva Larcher, proprietária da Fábrica de Lanifícios desta cidade, e que mora nessa cidade, em umas travessas ou rua próxima onde tem armazém de panos; e, finalmente, o advogado João Carrilho da Costa Gil, desta cidade, que com outro irmão do referido Larcher fugiu para aí há coisa de 5 ou 6 dias, logo que soube que eu abrira o sumário, indo sem passaporte para essa cidade, e pela mesma razão dos já referidos, e ser, além de libertino, e sem moral ou Religião, em cuja casa se formava uma sociedade de constitucionais exaltados para promoveram a Constituição e espalharem notícias aterradoras para os realistas, a que chamavam corcundas. Chegando a sua ousadia a pôr, depois da Aclamação de El-Rei Nosso Senhor, no chapéu uma pena preta de galinha, em lugar do laço das cores azul e encarnado, que puseram todos os bons portugueses; e sendo necessário que eles se segurem aí, e se prendam antes que saibam que se prendem aqui os seus sócios, por isso faço este a V. S. para esse fim. Se lhe parecer justo, como a mim; pois que o próprio sumário o remeto a essa Intendência de hoje a oito dia sem falta, não podendo ir primeiro, por ser necessário copiá-lo, e haver outras coisas necessárias a fazer.

O médico Madeira, que deve estar em casa de José Xavier, pode ser aí preso, e é de estatura alta, rosto redondo, e inclinado para o chão. Joaquim Larcher é de estatura ordinária, cabelo louro grenho, branco, olhos azuis, estrangeirado, pois seu pai era francês.

E o Dr. Carrilho é de estatura mui baixa e grossa, muito direito, cabelo louro, branco, e rosto alguma coisa comprido, com algumas bexigas; e fez-se célebre, pelo seu modo de andar muito teso; deve estar na mesma casa de Larcher.
Deus Guarde a V. S. Portalegre, 7 de Julho de 1823»

"Mouzinho da Silveira denunciado como maçon e «libertino da primeira ordem». Um curioso documento de 1823 sobre a Maçonaria em Portalegre" – via António Ventura Facebook – com sublinhados nossos.

J.M.M.

quarta-feira, 19 de abril de 2017

CONFERÊNCIA - AS AMEAÇAS À LIBERDADE DE EXPRESSÃO E À DEMOCRACIA. EM HOMENAGEM A MÁRIO SOARES




DIA: 21 de Abril 2017 (17,30 horas);
LOCAL: Fundação Mário Soares [Rua de S. Bento, 176], Lisboa;

ORGANIZAÇÃO: Associação Promotora do Livre Pensamento | Associação 31 de Janeiro.

ORADORES/TEMAS:

- Francisco Teixeira da Mota: “A jurisprudência do TEDH relativa à liberdade de expressão”;

- Iolanda Rodrigues de Brito: “Democracia, fake news e o efeito epidemiológico da desinformação”;
 
- Jónatas Machado: “O princípio anticorrupção e a liberdade de expressão

- José Adelino Maltez: A conquista do indiviso  - uma história da liberdade
 
Moderador: Vasco Franco

J.M.M.
 

terça-feira, 18 de abril de 2017

A REVOLUÇÃO NO ALGARVE E O ALGARVE NA REVOLUÇÃO: O CASO DE PORTIMÃO - CONFERÊNCIA


Amanhã, dia 19 de Abril de 2017, realiza-se no Museu de Portimão, na referida cidade, uma conferência sobre os acontecimentos de 25 Abril de 1974, os envolvidos e as incidências dos acontecimentos da Revolução dos Cravos.

A conferência intitula-se:
- A Revolução no Algarve e o Algarve na Revolução: o caso de Portimão.

A conferencista será a Doutora Maria João Raminhos Duarte, professora e investigadora da História do Algarve.

O programa completo das comemorações do 43º aniversário do 25 de Abril de 1974, em Portimão, pode ser consultado AQUI.

A acompanhar com atenção e a participar.

A.A.B.M.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

SETUBALENSES ESQUECIDOS - CONTRIBUTO PARA A SUA MEMÓRIA: CONFERÂNCIA

Assinalando o aniversário da elevação de Setúbal à categoria de cidade, em 1860, vai realizar-se no próximo dia 19 de Abril de 2017, um conjunto de eventos pela cidade, dinamizados pela Universidade Sénior de Setúbal.

Destacamos a palestra a proferir pelo Mestre Diogo Ferreira, pelas 15 horas, subordinada ao título:
- Setubalenses Esquecidos - Contributo para a sua memória.


A acompanhar com toda a atenção e a divulgar sobretudo entre os setubalenses.

A.A.B.M.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

[FIGUEIRA DA FOZ – DIA 11 ABRIL] CONFERÊNCIA – A UTOPIA PORTUGUESA


CONFERÊNCIA: A Utopia Portuguesa [Ciclo Utopias XXI]
 
ORADOR: Professor José Adelino Maltez (professor do ISCSP DA UTL);
 
DIA: 11 de Abril 2017 (21,30 horas);
LOCAL: Casino da Figueira da Foz;
 
ORGANIZAÇÃO: Coimbra Business School (ISCAC) | Casino da Figueira da Foz
 
J.M.M.
 

DO MINHO AO MANDOVI

Amanhã, 10 de Abril de 2017, na Sala Francisco Sá de Miranda, na Casa Municipal da Cultura em Coimbra, vai realizar-se a apresentação da obra de Sérgio Neto, intitulada Do Minho ao Mandovi. Um Estudo sobre o Pensamento Colonial de Norton de Matos.

A sessão terá início às 17 horas.

A apresentação da obra está a cargo dos Professores Doutores Luis Reis Torgal e Armando Malheiro da Silva.

Com os votos do maior sucesso para esta iniciativa.

[Clicar na imagem para aumentar.]

A.A.B.M.


sábado, 8 de abril de 2017

100º CATÁLOGO DE LIVROS DA LIVRARIA MANUEL FERREIRA



100º Catálogo de Livros Raros e Esgotados | Livraria Manuel Ferreira

Excelente acervo de obras de merecida estimação, com peças bibliográficas sobre variadas polémicas historiográficas lusitanas, opúsculos oitocentistas, brochuras curiosas sobre o Miguelismo e as Lutas Liberais, valiosas peças bibliográficas sobre o Liberalismo, Invasões Francesas, Maçonaria, rara Literatura Portuguesa - à venda pela Livraria Manuel Ferreira (Porto).

[ALGUMAS REFERÊNCIAS QUE A NÓS DIZ RESPEITO]: A Águia. Revista 1910-1932 / Alma Nacional (colecção completa), 1934-37 / Folhetos sobre a polémica “Eu e o Clero” / Antologia do Humor Português, Ed. Afrodite, 1969 / Folhetos sobre a “Questão de Ourique” / Boletim da Direcção Geral dos Edifícios e Monumentos nacionais, 1935-65, 131 numrs / Apuleio. Burro de Ouro de Appuleio, trad. do Barão de Vila Nova de Foz Côa, 1847 / Folhetos sobre a polémica do “Casamento Civil” / lote de obras de Camilo Castelo Branco / Ms. Compromisso para a Irmandade de Santo António erecto no Convento de S. Francisco d’esta cidade da Guarda …, 1833 / curioso conjunto de obras de José Daniel Rodrigues da Costa / Costa Cabral em Relevo, de João de Azevedo Sá Coutinho (publ. Anónimo), 1844 / Cryptinas (folhas avulsa gratuita), de João de Deus (rara 1º ed.) / Os Dois Mundos (periódico), 1878, III vols / El Rei e o Duque de Saldanha …., 1851 / A Fateixa (publ mensal), Porto, 1888, III numrs / A Liberdade e a Legislação Vistas á Luz da Natureza das Cousas, pelo Visconde de Figanière, 1866 / Ode aos Manes do Infeliz mas Saudosamente Deplorado Gomes Freire de Andrade …., por Tomás Inácio da Fonseca, 1821 / Uma Faca nos Dentes, por António José Forte, ed. ETC, 1983 / A Corcundice explicada magistralmente, ou resolução de dois problemas interessantes a respeito dos Corcundas, …., por Hipólito Gamboa / Lote de obras de Augusto Ferreira Gomes, entre as quais o “V Império” e o curioso “No Claro-Escuro das Profecias” / Guia dos Maçons Escocezes, ou Reguladores dos Tres Grãos Symbolicos do Rito Antigo e Aceito …. (regulador pub no Rio de Janeiro – tem o carimbo da poderosa Loja Fortaleza, de Lisboa), 1834 / Lote de obras de Ana Hatherly, Natália Correia, Herberto Helder, Luiza Neto Jorge, António Maria Lisboa, Alexandre Herculano, Aquilino Ribeiro, Miguel Torga / A Hora, revista-pamphleto de arte, actualidades e questões sociais …., 1922, VI numrs / Ilustração transmontana+Suplemento, 1908-1910, III vols+36 numrs /  O Diabo Coxo, Verdades Sonhadas e Novellas da Outra Vida …., 1806 / O Liberal Animoso Rebatendo a penúltima pancada mortal do Liberalismo …, de João Crispim Alves de Lima, Maranhão, 1830 / Observações sobre a Prosperidade do Estado pelos Liberais …, por José da Silva Lisboa, Bahia, 1811 / Lusitania (revista), 1924-27, X numrs / Lote curioso de obras do padre José Agostinho de Macedo / Discurso proferido na Presidencia da sessão Solene celebrada em Honra de Garrett …, por Bernardino Machado, 1899 / Cartas Sobre a Framaçoneria (raríssima espécie bibliográfica maçónica, atribuída a Hipólito José da Costa), Paris, 1821 / O Mensageiro (periódico de responsabilidade de camilo C. Branco), 1889 / várias Miscelaneas / A Móca, periódico desportivo de combate, 1924 / O Panorama (jornal literário), 1837-1868, 18 vols / I Congresso da Historia da Expansão Portuguesa no Mundo, 1938 / 17 Cartas autografas do Cardeal Saraiva (Frei Francisco de S. Luís) , 1836-1844 / O Espectro, de Rodrigues Sampaio, 1880, 63 numrs / O Punhal dos Corcundas, raro periódico absolutista e anti-maçonico, escrito pelo virulento S. Fortunato de S. Boaventura, 33 numrs / Sol, bi-semnário republicano, 1926VI numrs / Tríptico. Arte, Poesia, Crítica (rara revista modernista percursora da Presença), 1924-25, IX numrs / Os Modernistas Portugueses, de Pedro veiga, VI vols.    
 
J.M.M.
 

quinta-feira, 6 de abril de 2017

CONFERÊNCIA – A REVOLUÇÃO NO ALGARVE E O ALGARVE NA REVOLUÇÃO: O CASO DE LOULÉ



ORADORA: Maria João Raminhos Duarte;

DIA: 22 de Abril de 2017 (15,00 horas);
LOCAL: Arquivo Municipal de Loulé (Rua Dr. Cândido Guerreiro, Loulé);

Para esta conferência tomou-se como objecto de estudo e de análise a Revolução de 25 de Abril no Algarve e as movimentações militares nesta província, sendo identificados os protagonistas, as resistências e as reacções dos militares, bem como os seus efeitos na sociedade algarvia nos dias agitados que se seguiram ao golpe militar e ao processo imediato que conduziu à instituição do regime democrático a sul.

Procurou-se responder a algumas questões básicas: Como se integrou o Algarve nos preparativos revolucionários? Qual a importância do seu contributo? Que personalidades tomaram parte directa ou indirectamente parte na revolta militar? Quem emergiu e quem tomou posição, manifestando-se (ou não) pró ou contra a revolução? Qual a atitude das forças da manutenção da ordem pública no Algarve perante o desenvolvimento da revolução? Quais as motivações que levaram muitos a intervir na vida política? E quais as expectativas que se colocavam na revolução para resolver os problemas do Algarve na época?

Também se identificou o contributo dos algarvios na preparação e concretização do golpe militar, pois não foi despiciendo e, em alguns casos, até foi decisivo. E, em Loulé, como foram vividos estes momentos? 

A História da implantação do regime democrático ainda está por fazer, pois o país distante da capital ainda não foi abrangido pela historiografia contemporânea. 

Aprofundar o conhecimento sobre o 25 de Abril vai para além da História. É, de certa forma, promover um desígnio nacional que faz cumprir a Democracia.
É essa a intenção maior desta conferência
 [AQUI]


NOTA: “Maria João Raminhos Duarte é doutorada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É docente na Escola E.B. 2,3 Eng. Nuno Mergulhão e professora auxiliar no Instituto Superior Manuel Teixeira Gomes, em Portimão. É investigadora associada do Grupo de Estudos do Trabalho e dos Conflitos Sociais, Doutorada integrada do Instituto de História Contemporânea/Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e formadora acreditada pelo Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua da Universidade do Minho. É autora de uma vasta produção científica sobre os industriais conserveiros, o movimento operário corticeiro e conserveiro, a instituição do Estado Novo, a oposição ao Estado Novo, os movimentos femininos, a educação e assistência, a implantação do regime democrático, além de inúmeros e relevantes contributos biográficos de História Contemporânea algarvia” [AQUI]
J.M.M.