terça-feira, 19 de julho de 2011

O ALGARVE: SEMANARIO INDEPENDENTE NA HEMEROTECA DIGITAL


Continuando no excelente serviço de disponibilização de colecções de jornais que fazem parte do seu acervo, a Hemeroteca Digital colocou acessível online a colecção de O Algarve, jornal independente que se começou a publicar em Faro, há mais de um século e que ainda hoje continua em publicação.

Pode ler-se na síntese sobre o jornal agora disponibilizado:

No mês em que muitos portugueses rumam a Sul, prestamos homenagem a O Algarve, um caso notável de longevidade na imprensa regionalista nacional, ainda hoje em publicação.

Começou a publicar-se em 29 de Março de 1908. Foi dirigido por Artur Águedo, até Abril de 1917, data em que foi substituído por Luís Mascarenhas, com o estatuto de director-editor. Após a morte deste, em Fevereiro de 1920, o lugar foi ocupado por Ferreira da Silva, administrador gerente do jornal desde a sua fundação. Tinha a sua sede em Faro e era distribuído aos Domingos.

Semanário independente, como se auto-intitulava, apresentava-se no editorial do primeiro número como "mais um humilde combatente n'este pelejar do interesse público, em que se debatem tantos campeões", e tinha nos algarvios o seu público alvo. Aliás, era prioritariamente em torno do Algarve que pretendia fazer incidir os seus conteúdos, de carácter eminentemente regionalista, sem no entanto perder de vista assuntos de âmbito mais alargado: "Pelo Algarve e seus interesses principaes é a nossa divisa!"

Assume a promessa de "desenraizamento partidário", fruto do desalento face a um sistema político cujas "bandeiras já não se desfraldam sobre o sopro quente e fervoroso do sentimento patriótico, e antes para ahi se enrodilham empanadas de egoísmos, peçonhentas de rancores".

Ficam por agora disponíveis, aqui, os anos de 1908 a 1932, sendo que os anos seguintes podem ser consultados, em suporte papel, na Hemeroteca Municipal de Lisboa.


A colecção digitalizada pode ser consultada AQUI. Um magnifico serviço prestado à comunidade pela Hemeroteca de Lisboa, colocando em livre acesso uma colecção que permite acompanhar a discussão sobre o desenvolvimento do Turismo na região, as actividades da época estival, os divertimentos como os casinos, os jogos, o teatro amador, os primeiros cinemas, entre muitos temas agora possíveis de investigar. Uma iniciativa a todos os títulos louvável, pois é uma colecção ainda longa, permte também acompanhar o final da Monarquia, toda a República e a Ditadura Militar com todas as transformações que foram acontecendo ao longo do tempo.

Os jornal que se publica actualmente pode ser consultado AQUI.
A.A.B.M.

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