CONFERÊNCIA:"Reconhecimento do GOL em
1802 – Interesses em confronto”.
ORADOR: Manuel Pinto dos Santos;
DIA: 13 de Dezembro (19,00 horas);
LOCAL: Grémio Lusitano;
ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português [Ciclo “Sextas de Arte Real”].
Esta época foi um período de extrema riqueza da
história da Maçonaria em Portugal e do próprio país, no concerto da Europa e
dos interesses dos grandes impérios que então se degladiavam no nosso país:
Inglaterra e França.
A intervenção da figura carismática do primeiro
ministro de D. José, Sebastião de Carvalho e Melo, que ficou para a história
como Marquês de Pombal, déspota iluminista, e que teve um papel determinante na
história de Portugal (pela expulsão dos jesuítas, o término da inquisição,
a reforma do ensino, da administração, da economia,
das finanças e do sistema militar), igualmente o teve
na história da maçonaria portuguesa, ao permitir o seu alargado funcionamento e
desenvolvimento.
É neste contexto complexo que a figura impar de
Hipólito José da Costa, secretário pessoal do Duque de Sussex, filho do Rei
Jorge III de Inglaterra e posterior Grão-Mestre da Grande Loja Unida de
Inglaterra, desempenha um papel decisivo (confirmado por William Preston, no
seu “Illustrations of Masonry”, de 1812) ao conseguir, como representante
plenipotenciário de quatro Lojas portuguesas, em 12 de Maio de 1802, junto da
Grande Loja dos Modernos, a Carta Patente de reconhecimento de uma Grande Loja
em Portugal.
Esta conferência visa abordar detalhadamente esta
situação então vivida por Portugal, no concerto dos interesses das grandes
potências europeias de então e o papel decisivo de Hipólito José da Costa na criação
da estrutura organizativa da Maçonaria em Portugal, que se encontra em
funcionamento permanente e ininterrupto desde essa época até agora, mas também
da enorme importância que desempenhou na independência e na cultura do Brasil,
concretamente, na criação da imprensa brasileira.
A importância e relevância crucial destas situações
pretéritas, projectou até aos dias de hoje duas visões e formas diferenciadas
de praticar a maçonaria – a inglesa e saxónica e a francesa e continental
europeia -, que se reflectiram nas questões da regularidade ou não regularidade
e nas diferenças da prática ritualística maçónicas, através da adopção e
organização de distintos ritos maçónicos
Esta conferência visa, deste modo, clarificar alguns
problemas magnos que se centram em torno destas questões e dos reflexos que
ainda hoje se expressam, e de que maneira, na praxis e organização da Maçonaria
em Portugal” [ler AQUI]
[Fernando Castel-Branco Sacramento - Director do MuseuMaçónico Português]
J.M.M.
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