tar e a fraca
adesão e repercussão nacional condenou-o ao fracasso.
Registaram-se greves gerais de caráter pacífico em Almada, Barreiro, Sines, Silves, e manifestações operárias, mais ou menos violentas na Marinha Grande, Seixal, Alfeite, Cacilhas e Setúbal.
Registaram-se greves gerais de caráter pacífico em Almada, Barreiro, Sines, Silves, e manifestações operárias, mais ou menos violentas na Marinha Grande, Seixal, Alfeite, Cacilhas e Setúbal.
Foram sabotadas estruturas de transportes, comunicações e de energia entre Coimbra e o Algarve, com destaque para Leiria, Martingança e Póvoa de Santa Iria. Registaram-se confrontos armados com forças policiais em Lisboa e Marinha Grande, onde o movimento atingiu grandes repercussões.
Quando, em finais de 1933, se iniciaram os
preparativos da insurreição e Greve Geral nacional do dia 18 de Janeiro de
1934, o centro industrial vidreiro da Marinha Grande não ficou de fora.
Em articulação com as organizações sindicais nacionais,
o movimento foi liderado por José Gregório, Teotónio Martins, Manuel Baridó,
António Guerra, Pedro Amarante Mendes, Miguel Henrique e Manuel Esteves de
Carvalho.
Entre a meia-noite e as duas da manhã do dia 18 de
Janeiro de 1934, vários trabalhadores da Marinha Grande, na sua maioria
vidreiros, reuniram-se em Casal Galego.
Estavam munidos de ferramentas para corte de árvores e vias de comunicação, de espingardas, revólveres, pistolas e bombas. Organizaram-se em brigadas e receberam instruções por parte dos dirigentes do movimento. Cortaram as estradas de acesso à Marinha Grande e a via-férrea.
Estavam munidos de ferramentas para corte de árvores e vias de comunicação, de espingardas, revólveres, pistolas e bombas. Organizaram-se em brigadas e receberam instruções por parte dos dirigentes do movimento. Cortaram as estradas de acesso à Marinha Grande e a via-férrea.
Ocuparam a Estação dos Correios e Telégrafos e o
Posto da GNR, com a consequente rendição e desarmamento dos soldados da Guarda
Republicana e distribuição de armas pelos revoltosos.
Foram assim criadas condições para que se pudesse
realizar a paralisação geral do trabalho na manhã do dia 18 de Janeiro. Porém,
o movimento foi contido logo ao início da manhã. Os insurrectos foram
surpreendidos com a chegada à Marinha Grande das forças policiais vindas de
Leiria. Seguiram-se o Regimento de Artilharia Ligeira 4 e do Regimento de
Infantaria 7.
Os
revoltosos ainda resistiram, mas, pela manhã, as autoridades tomaram a cidade,
onde declararam o estado de sítio.
Mandaram encerrar as fábricas, iniciando as buscas
e detenções daqueles que participaram no movimento, gorando o objectivo da
paralisação geral do trabalho.
O número de detidos terá ascendido, a 131 pessoas.
45 revoltosos foram processados e condenados ao desterro pelo Tribunal Militar
Especial, com penas entre 3 e 14 anos de prisão e ao pagamento de pesadas
multas.
Nesta conjuntura iniciou-se um longo processo de
luta contra o Estado Novo, contra a ditadura, a censura e o estado corporativo.
Reclamou-se o direito elementar à liberdade, do
qual resultaram milhares de presos políticos, considerados de “especial
perigosidade”. Alguns foram deportados para a ilha de Santiago, no arquipélago
de Cabo Verde, nomeadamente para a Colónia Penal do Tarrafal, conhecida como o
“campo da morte lenta”.
Os revolucionários do 18 de Janeiro foram
derrotados num combate em que a heroicidade não bastava para vencer a enorme
desigualdade de forças"
FOTO e TEXTO via VITRIOL Associação, com a devida vénia.
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