“quem diz Democracia diz
naturalmente República. Se a democracia é uma ideia, a república é a sua
palavra; se é uma vontade, a republica é a sua acção, se é um sentimento, a
república é o seu poema" [Antero de Quental]
“Eu meu Senhor, não sei o que é a República, mas não pode deixar de se
uma coisa santa. Nunca na Igreja senti calafrio assim. Perdi a cabeça então
como os outros todos. Todos a perdemos. Atirámos então as barretinas ao ar.
Gritámos todos: Viva, Viva, Viva a República” [testemunho, em tribunal, de
um soldado implicado no movimento]
No seu espírito mais
profundo, o dia 31 de Janeiro de 1891 consubstanciou um virtuoso sentimento
patriótico contra a afronta, humilhação e devassa com que a Pátria vivia (em
que o Ultimatum foi o abalo insofismável, o catalisador do ambiente
que gerou a revolta).Pelo despertar das almas, contra a indiferença e o desânimo instaurado, no seu vibrante grito patriótico pela renovação da Alma Lusitana, a revolta dessa “sublime manhã” de 31 de Janeiro ficou para sempre marcada como uma “lição moral” de civismo [Basílio Teles], traçando o que seria o caminho desse generoso levantamento cultural e cívico pela res publica, que patrocinou o desfecho vitorioso do 5 de Outubro de 1910.
Glória aos Revolucionários do 31 de Janeiro!
Viva a República!
J.M.M.
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