A partir de amanhã, 9 de Maio, a Biblioteca Nacional de Portugal, inaugura a Mostra Portugal e a Grande Guerra, que fica patente no 1º piso do edifício, que vai ficar patente até 31 de Julho. Esta iniciativa foi organizada por uma equipa do Instituto de História Contemporânea, com o apoio da Biblioteca Nacional de Portugal.
A «idade dourada da segurança», expressão utilizada pelo escritor austríaco Stefan Zweig para caracterizar a Europa durante os anos da Belle Époque, foi interrompida com o assassínio do herdeiro do trono austro-húngaro, o arquiduque Francisco Fernando, em Sarajevo, a 28 de junho de 1914. A guerra que se seguiu adquiriu de imediato uma dimensão mundial. Apesar dos sinais, a Guerra surpreendeu, sobretudo pela extensão da brutalidade avassaladora que aprisionou o Mundo.
A Grande Guerra teve início com a declaração de guerra de Inglaterra e França à Alemanha e ao Império Austro-Húngaro, em agosto de 1914. Envolveu todos os países europeus, com exceção da Espanha, dos Países Baixos, da Suíça e dos países escandinavos.
A I Guerra Mundial (1914-1918) determinou o percurso da história contemporânea europeia e mundial, provocou fraturas e desencadeou efeitos duradouros na História de Portugal. A I Guerra foi, em tudo e para todos, uma rutura em dimensões múltiplas e determinou uma viragem a partir do qual o Mundo mudou, e Portugal também.
Inicialmente neutral, formalmente beligerante a partir de 1916, Portugal participou na Grande Guerra, tendo mobilizado mais de cem mil homens. Entre estes, cerca de oito mil perderam a vida nas trincheiras da Flandres ou nos campos de batalha de África.
A exposição Portugal e a Grande Guerra, que pretende assinalar a passagem do primeiro centenário do início do conflito mundial, foi desenvolvida por uma equipa de investigação do Instituto de História Contemporânea (IHC-FCSH-UNL), com o apoio da Biblioteca Nacional de Portugal, e organiza-se em torno de dez núcleos temáticos: Portugal e a Guerra; Guerra e Paz: Diplomacia e Relações Externas; Guerra em África; Guerra na Europa – Flandres; Nas trincheiras; Frente interna; Crise/Questão social; Medicina; Arte e Letras; e Memória, que cruzam bibliografia, documentação e iconografia.
Uma iniciativa a acompanhar e a visitar por quem tiver possibilidade.
A.A.B.M.
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