sábado, 20 de setembro de 2014

COMEMORAR A REPÚBLICA – CONDEIXA-A-NOVA: EXPOSIÇÃO & CONFERÊNCIA


EXPOSIÇÃO: “República e Maçonaria”;

DIAS: de 4 de Outubro (18,00 h) a 12 de Dezembro;
LOCAL: Galeria Municipal Manuel Filipe (Condeixa-a-Nova);

CONFERÊNCIA: “República e Maçonaria – Que relação?”;
ORADOR: Prof. António Ventura;
DIA: de 4 de Outubro (18,00 h);
LOCAL: Galeria Municipal Manuel Filipe (Condeixa-a-Nova);

ORGANIZAÇÃO: Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova | Museu da Republica e Maçonaria de Aires Henriques [Troviscais, Pedrógão Grande].

«A Câmara de Condeixa-a-Nova inaugura, no dia 4 de outubro, uma exposição de homenagem à Maçonaria pelo seu papel na implantação da República, em 1910, e "na transformação das mentalidades" ao longo dos séculos.

A exposição "República e Maçonaria" inclui a reconstituição de um templo maçónico, na galeria municipal Manuel Filipe, onde serão exibidas 30 peças do espólio privado do Museu da República e da Maçonaria, situado em Troviscais, concelho de Pedrógão Grande.
 
"Pensámos comemorar a revolução do 5 de Outubro com um tema diferente que despertasse a atenção das pessoas", disse hoje à agência Lusa a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Condeixa-a-Nova, Liliana Pimentel.

Organizada com a colaboração de Aires Henriques, proprietário daquela unidade museológica, a mostra de símbolos maçónicos permite "analisar a relação entre a Maçonaria e a República" em Portugal, adiantou.




"A exposição pode ser visitada até ao dia 12 de dezembro, estando a comunidade escolar envolvida no projeto", realçou a vereadora Liliana Pimentel.
A abertura da exposição, no dia 4, às 18:00, coincide com a realização da conferência "República e Maçonaria - Que relação?", por António Ventura, professor da Universidade de Lisboa e autor do livro "Uma História da Maçonaria Portuguesa (1727-1986)".

"Pretende-se recordar e homenagear o trabalho dos republicanos, maçons e demais cidadãos livres e de bons costumes que, na Região Centro - no eixo Coimbra, Miranda do Corvo, Condeixa e Leiria - ajudaram a firmar um ideal de liberdade, igualdade, fraternidade, justiça e tolerância", declarou à Lusa o investigador Aires Henriques.

Esse ideal, segundo o responsável do Museu da República e da Maçonaria, "expandiu-se para o interior serrano e pobre, onde, precisamente na vertente ocidental da Serra da Lousã, labutavam as populações" de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos.

Entre as "figuras porventura mais emblemáticas" do republicanismo na região, "salientam-se os republicanos e maçons Belisário Pimenta e José Falcão", ligados a Miranda, mas, no concelho de Condeixa-a-Nova, "não se podem ignorar, entre outros, os seus irmãos de ideal Fortunato Pires da Rocha, João Bacelar, Abílio Roque de Sá Barreto e Manuel Alegre", alguns dos quais desempenharam as funções de presidente da Câmara Municipal.
"A exposição apresenta um acervo museológico raro na Península Ibérica, de momento só suscetível de usufruir em Lisboa, no Museu Maçónico, e em Salamanca, no âmbito do Arquivo Distrital da Guerra Civil de Espanha", salientou Aires Henriques.
A mostra é composta por paramentos, malhetes de condução dos trabalhos maçónicos, espadas de ritual, um bastão de mestre de cerimónias, certificados de iniciação e outros documentos, joias de diferentes graus, relógios de algibeira e viagem, insígnias, uma campânula de luminária do Palácio Maçónico, uma cadeira de "mestre venerável", carimbos de lojas extintas e bustos da República Portuguesa com estrela maçónica.

Numa publicação a apresentar no dia da abertura, a organização enaltece a ação dos maçons na revolução republicana, os quais "decisivamente contribuíram para fazer cair um regime socialmente injusto".

via LUSA (aliás, via Diário das Beiras, 20/09/2014, p. 18| idem via Aires Henriques)

J.M.M.

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