JOSÉ DE ALMADA NEGREIROS: A CHAVE DIZ: FALTAM DUAS TÁBUAS E MEIA DE PINTURA NO TODO DA
OBRA DE NUNO GONÇALVES “O pintor português que pintou o altar de s. Vicente na
Sé de Lisboa”. (Da pintura antiga, Francisco da Hollanda). Depositaria Livraria
Sá da Costa. Lisboa. (1950). 20,5x27 cm. 15-I págs. B. &
“Curioso ensaio em que Almada Negreiros pretende resumir algumas das noções matemáticas que o levam a concluir que na disposição do retábulo de Nuno Gonçalves faltariam “duas tábuas e meia”.
[Almada Negreiros] “… Um evidente acerto e o erro gravíssimo de
retirar do altar de S. Vicente na Sé de Lisboa, nem mais nem menos do que as
seis tábuas em políptico, e ambos a um tempo no mesmo autor, confirmam não
haver autoridade crítica para declarar evidente um acerto ou gravíssimo em
erro, senão quando o senhor da ‘chave’ do todo do dito altar. Não é este o caso
do crítico de arte, porquanto acrescenta erro a acerto, demonstrando ignorar o
todo da obra do altar, o qual, de verdade já ignorava de há muito Portugal (embora
o desconheçam ainda o Governo e a Nação, e os mandatários oficiais de ambos); e
ignorando o todo da obra, demonstra não saber da sua ‘chave’; e
desconhecendo esta, demonstra ignorar existir quem a tenha. Não tem por
conseguinte autoridade crítica para decidir o que seja, no todo ou em parte da
obra, a ignorância da ‘chave’ desta …”
via In-Libris (AQUI)
J.M.M.
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