Nos 150 Anos do Nascimento de Raul Brandão e no Centenário da publicação do livro “Húmus” – DIA LITERÁRIO RAUL BRANDÃO
DIA: 18 de Outubro (15,00 horas);LOCAL: Centro de Congressos e Reuniões do Centro Cultural de Belém [Piso 1], Lisboa;CONFERÊNCIA: Raul Brandão Revisitado;
ORADOR: António Valdemar (Academia das Ciências);
INTERVENIENTES: Leitura de Interpretação de Textos da obra “Húmus” por José Fanha; Ilustrações de Álvaro Carrilho.
ORGANIZAÇÃO: António Valdemar / Centro Cultural
de Belém.
► “A personalidade e a obra de Raul Brandão estão associadas, em
2017, a dois acontecimentos relevantes: a comemoração dos 150 anos do
nascimento do escritor e o centenário da publicação do livro Húmus.
As duas efemérides vão ser assinaladas com uma intervenção de
António Valdemar sobre a criação do escritor, as figuras da época, os
movimentos políticos, militares, sociais e culturais e ainda os locais do
Porto, de Guimarães, de Lisboa, dos Açores e da Madeira, mencionados nos seus
livros. Haverá, ainda, a leitura de textos de Húmus, por José Fanha.
A sessão será ilustrada com uma apresentação concebida pelo designer
Álvaro Carrilho, autor de outros trabalhos que tem efetuado, na última
década, para a Academia das Ciências, para o Grémio Literário, para a
Biblioteca Museu da Resistência e da República e outras instituições culturais
e cívicas.
Raul Brandão nasceu a 12 de março de 1867, na Foz do Douro,
estudou no Colégio São Carlos e no liceu do Porto, frequentou o Curso Superior
de Letras (1888) e matriculou-se na Escola do Exército, em 1891. Concluiu o
curso, em 1894, tendo sido colega dos futuros Presidentes da República Sidónio
Pais e Óscar Carmona.
Exerceu funções em Lisboa, no Porto e em Guimarães. Quando se
encontrava nesta cidade, casou, em 1897, com Maria Angelina. Reformou- se do
posto de capitão em junho de 1911.
Adquiriu, em 1912, a casa do Alto da Nespereira, na periferia de
Guimarães, onde passava parte do ano (dedicando-se à agricultura) e a outra
parte em Lisboa, primeiro na York House, depois em casa própria na Rua de São
Domingos à Lapa, onde faleceu a 5 de dezembro de 1930.
Desde 1902, ao radicar-se em Lisboa, teve intensa atividade no
jornalismo, no Correio da Manhã, no Dia e no República, dirigido por António
José de Almeida.
Muitos dos textos das suas memórias foram redigidos, em forma
definitiva, a partir de notícias, reportagens e crónicas publicadas naqueles e
noutros jornais e revistas.
A sua relação com Teixeira de Pascoais data de 1914, colaborando
na revista Águia e no movimento Renascença Portuguesa. Publicou Húmus, a sua
obra principal, em novembro de 1917. Fez parte do Grupo da Biblioteca, quando
Jaime Cortesão era diretor da Biblioteca Nacional de Lisboa. Pertenceu ao
núcleo dos fundadores da Seara Nova. Frequentou o ateliê de Columbano, que lhe
fez vários retratos, e as tertúlias da Brasileira do Chiado e da Bertrand.
Atualmente, a Relógio d’Água tem estado a reeditar Raul Brandão
– em edições críticas e prefaciadas por especialistas na matéria – na série Obras
Clássicas da Literatura Portuguesa, iniciativa da Direção-Geral do Livro, dos
Arquivos e das Bibliotecas, com o patrocínio do Ministério da Cultura” [AQUI].
A não perder.
J.M.M.
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