LIVRO:
A revolução do 25 de Abril. Ensaio Histórico;
AUTOR: José Medeiros Ferreira;
EDIÇÃO: Shantarin;
LANÇAMENTO
EM COIMBRA:
DIA:
24 de Junho (16,00 horas);
LOCAL: Café Santa Cruz (Coimbra);
ORADOR: Rui Bebiano (CES) | António
Apolinário Lourenço (UC / GAAC).
► A 25 de abril de 1974, um grupo de militares portugueses derrubou uma das últimas ditaduras da Europa ocidental do séc. XX e apresentou-se ao País com um programa político assente em três pilares: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. Aquela que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos inaugurava a terceira vaga da democratização (Samuel P. Huntington), que depois atingiu a Espanha, a Grécia e dezenas de outros países na América Latina, na Ásia e Pacífico, em África e na Europa de Leste.
Um ano antes, em Abril de 1973, fora apresentada ao 3.o Congresso da Oposição
Democrática em Aveiro uma tese que José Medeiros Ferreira enviara do exílio na
Suíça. Na referida tese, recebida com desconfiança por vários setores da
Oposição, mas que viria a revelar-se premonitória, o autor sublinhava a
necessidade de envolvimento das Forças Armadas, primeiro, para pôr termo à
ditadura e à guerra nas colónias africanas, e depois para apoiar a execução de
um plano de ação nacional que, precisamente, conduzisse à descolonização, à
democratização e ao desenvolvimento.
Da pena de Medeiros Ferreira — que, regressado do
exílio pouco depois da Revolução, desempenhou um papel de relevo na abertura da
jovem democracia portuguesa à Europa e ao mundo, afirmando-se mais tarde como um
dos mais brilhantes académicos de história contemporânea da sua geração —
sairia à estampa, em 1983, o Ensaio Histórico Sobre a Revolução do
25 de Abril, que agora se reedita.
Nesta primeira tentativa, pioneira e ousada, de registar uma história da Revolução portuguesa, reconhecendo os riscos da proximidade temporal entre o texto e o objeto de estudo, e bem assim da proximidade entre o narrador e a ação histórica em que fora interveniente, o autor impôs-se um redobrado esforço de rigor metodológico, nomeadamente na seleção, análise e interpretação das fontes disponíveis, legando uma obra que se mantém fundamental, atual e intelectualmente desafiante [AQUI]
J.M.M.
Sem comentários:
Enviar um comentário