sexta-feira, 23 de junho de 2023

[EM COIMBRA DIA 24 JUNHO] A REVOLUÇÃO DO 25 DE ABRIL. ENSAIO HISTÓRICO – JOSÉ MEDEIROS FERREIRA

 


LIVRO: A revolução do 25 de Abril. Ensaio Histórico;
AUTOR: José Medeiros Ferreira;
EDIÇÃO: Shantarin;

LANÇAMENTO EM COIMBRA:

DIA: 24 de Junho (16,00 horas);
LOCAL: Café Santa Cruz (Coimbra);
ORADOR: Rui Bebiano (CES) | António Apolinário Lourenço (UC / GAAC).

A 25 de abril de 1974, um grupo de militares portugueses derrubou uma das últimas ditaduras da Europa ocidental do séc. XX e apresentou-se ao País com um programa político assente em três pilares: Democratizar, Descolonizar e Desenvolver. Aquela que ficou conhecida como a Revolução dos Cravos inaugurava a terceira vaga da democratização  (Samuel P. Huntington), que depois atingiu a Espanha, a Grécia e dezenas de outros países na América Latina, na Ásia e Pacífico, em África e na Europa de Leste.

Um ano antes, em Abril de 1973, fora apresentada ao 3.o Congresso da Oposição Democrática em Aveiro uma tese que José Medeiros Ferreira enviara do exílio na Suíça. Na referida tese, recebida com desconfiança por vários setores da Oposição, mas que viria a revelar-se premonitória, o autor sublinhava a necessidade de envolvimento das Forças Armadas, primeiro, para pôr termo à ditadura e à guerra nas colónias africanas, e depois para apoiar a execução de um plano de ação nacional que, precisamente, conduzisse à descolonização, à democratização e ao desenvolvimento.

Da pena de Medeiros Ferreira — que, regressado do exílio pouco depois da Revolução, desempenhou um papel de relevo na abertura da jovem democracia portuguesa à Europa e ao mundo, afirmando-se mais tarde como um dos mais brilhantes académicos de história contemporânea da sua geração — sairia à estampa, em 1983, o Ensaio Histórico Sobre a Revolução do 25 de Abril, que agora se reedita.

Nesta primeira tentativa, pioneira e ousada, de registar uma história da Revolução portuguesa, reconhecendo os riscos da proximidade temporal entre o texto e o objeto de estudo, e bem assim da proximidade entre o narrador e a ação histórica em que fora interveniente, o autor impôs-se um redobrado esforço de rigor metodológico, nomeadamente na seleção, análise e interpretação das fontes disponíveis, legando uma obra que se mantém fundamental, atual e intelectualmente desafiante [AQUI]

J.M.M.

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