terça-feira, 14 de janeiro de 2025

A INICIAÇÃO DE VOLTAIRE NA LOJA DAS NOVE IRMÃS

 


LIVRO: A Iniciação de Voltaire na Loja das Nove Irmãs;
AUTOR: A. Germain;
EDIÇÃO: BMBM | R’.’ L.’. “8 de Maio”, Janeiro de 2025, 52 p.

Trata-se da interessantíssima edição, agora em tradução portuguesa, do conhecido livreto (1874) de A. Germain, Initiation de Voltaire dans la Loge des Neuf-Soeurs. A curiosa iniciação de Voltaire, aliás François-Marie Arouet, em 1778, presidida por Jérôme Lalande (invulgar astrónomo e um dos enciclopedistas de renome) e assistida por Benjamin Franklin foi um acontecimento triunfante da história da franco-maçonaria francesa. A Loja das Nove Irmãs (1776), de que fizeram parte numerosos homens de letras, foi herdeira da “Loge des Sciences”, fundada pelo filósofo Claude Adrien de Helvétius (1715-1771) e pelo próprio Lalande (1732-1807).

Esta edição magnifica, de elevado merecimento literário e de que somente se imprimiram 100 exemplares numerados, está ornada na sua capa com uma formosa ilustração, contém uma Introdução dos editores e apresenta um estimado prefácio pelo curador adjunto no Instituto e Museu Voltaire, em Genebra, Flávio Borda D’Água.

Um pensador, um filósofo que se tornou escritor – dramaturgo, ensaísta, historiador, poeta e romancista – como forma de se comprometer consigo e compreender os outros.

Nascido no ocaso do século dezassete, ele é a personificação do homem-razão iluminista, o tolerante, o insubmisso panfletário cultor do direito e da justiça, intransigente da liberdade e anticlerical convicto. Dir-se-ia que François-Marie Arouet nasceu para ser maçon, pois sobreviveu apenas um mês à sua irradiante iniciação na querida Loja das Nove Irmãs, em Paris, sob o malhete sagrado de Lalande, em 7 de Abril de 1778.

É por isso que, 330 anos após o nascimento de Voltaire em Paris, a BMBMBiblioteca Maçónica do Baixo Mondego – decide estrear a sua bibliogenia com uma obra que, nas palavras de Hubert, pertence à Maçonaria mais do que a qualquer Loja ou maçon preferido. Mais, associa-se à RL “8 de Maio”, a Or de Coimbra, nas celebrações do seu 25º aniversário.

A INICIAÇÃO DE VOLTAIRE, hoje amável e fraternalmente prefaciada pelo conservador-adjunto do Instituto e Museu Voltaire de Genève, a quem muito agradecemos, é um duplo privilégio que queremos partilhar.

Ao Vale do Mondego, no 330º aniversário de Voltaire, Novembro de 6024.

[Os Editores]

Voltaire e a Maçonaria: uma exploração dos laços entre o pensamento do Iluminismo e o compromisso da fraternidade

Voltaire tornou-se, ao longo dos séculos, um símbolo e um farol da luz intelectual, do pensamento crítico e da afirmação das liberdades. A sua influência ultrapassa fronteiras e transcende épocas, marcando profundamente o panorama da literatura e da filosofia, o desenrolar da história e das sociedades. Por trás dessa figura emblemática do Século das Luzes esconde-se, um tanto negligenciado ainda, um legado singular da sua herança: a sua afiliação tardia à maçonaria.

A brochura que nos é oferecida hoje permite-nos aventurar nos labirintos da história para explorar os laços que Voltaire mantém com a Maçonaria: duas forças imponentes que moldaram o tecido da sociedade europeia do século XVIII e além. As páginas que se seguem servirão como uma exploração aprofundada que desmistifica essa relação, muitas vezes incompreendida e mal transmitida, e esclarecerão as áreas de sombra ao fazer o leitor descobrir, ao longo do tempo, influências mútuas entre o homem e o movimento do pensamento.

Voltaire, conhecido pela sua pena afiada e o seu espírito livre, não pode ser limitado ao papel de escritor. Homem de ideias, homem de convicções, pensador engajado nos debates da sua época, e fundamentalmente contemporâneo, ele encontra na maçonaria um quadro para nutrir e desenvolver as suas ideias. No seio da companhia fraterna, ele encontra um refúgio para o livre-pensamento, um espaço onde as fronteiras da sociedade podem ser empurradas e onde a igualdade, a fraternidade e a tolerância não são meras palavras, mas ideias a serem vividas, promovidas e desenvolvidas.

A partir daí, ao retomar os arquivos e os escritos de Voltaire, bem como os arquivos maçónicos da sua época, o investigador detecta fios invisíveis que tecem, juntos, uma história comum. As descobertas mostram como a entrada de Voltaire na maçonaria influenciou, mesmo que tardiamente, o seu pensamento, as suas acções e, por vezes, o seu estilo literário. Ele deixa, assim, uma marca indelével e misteriosa na maçonaria do seu tempo.

Ao longo desta brochura, a palavra é deixada aos textos que documentam directamente a iniciação de Voltaire e que abrem para o futuro através do fascinante aspecto da história intelectual e social. Espera-se que essa exploração suscite a curiosidade e o desejo de ir mais longe, estimulando a reflexão, incitando talvez as reconsiderações, a uma (re)descoberta de Voltaire como homem, como pensador e como irmão maçom.

Que estes documentos possam ilustrar a última evidência: que a verdadeira luz reside na busca incessante do conhecimento e da verdade, à imagem do historiador frente ao passado dos homens e da grande sociedade humana.

[PREFACIANDO - Flávio Borda D’Água, p. 9 e ss - sublinhados nossos]

 


A. Germain (1801-1882) foi um voltairiano entusiasta, fiel e ilustrado. Em tributo de admiração e reconhecimento ao Mestre, deixou escrito uma interessante notícia sobre a iniciação de Voltaire - que agora apresentamos - nesse memorável dia de 7 de Abril de 1778 e que iluminou a “serena luz maçónica” dos trabalhos da loja Des Neuf Soeurs.

A[thanase] Germain licenciou-se em direito (1821) em Paris, foi advogado da corte, diretor de assuntos argelinos do Ministério da Guerra, mestre de solicitações ao Conselho de Estado, diretor do jornal Le Progrés de l’Eure e membro da loja maçónica, La Sincerité de l’Eure, em Evreux. Foi preso por delito de imprensa em 24 de Fevereiro de 1871. Entre as suas obras impressas, está a curiosa Martyrologe de la presse (1789-1861) e a vigorosa e polémica Réponse à une lettre de M. L. Morin, curé de La Couture-Boussey (1866).

A. Germain integrou o quadro fundador da loja de Evreux (22 de Julho de 1872), La Sincerité de l’Eure, tendo sido seu Venerável entre os anos de 1873 a 1876. A loja, a segunda instalada em Evreux, no final do século entra em “dormência” e só seria de novo erguida em 1925, curiosamente com o título distintivo: Tolérance et Sincerité. A 8 de Julho de 1875, teve Germain ocasião de pedir a palavra na cerimónia solene de iniciação de Émile Littré, na loja La Clémente Amitié, fazendo-lhe oferta do seu livro Initiation de Voltaire dans la Loge des Neuf-Soeurs.

[Da contracapa]

J.M.M.

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

HISTORIOGRAFIA CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA DE 2024 – A NOSSA ESCOLHA



HISTORIOGRAFIA CONTEMPORÂNEA PORTUGUESA DE 2024

1. Dicionário de Imprensa Periódica do Antigo Regime em Portugal Volume I (1704-1807) Daniel Pires (Theya Editores), 548 p.

2. Os Exilados de SalazarHeloísa Paulo (Âncora Editora), 386 p. | Do 25 de Abril de 1974 ao 25 de Novembro de 1975. Episódios menos Conhecidos Irene Flunser Pimentel (Temas e Debates), 472 p.  

3. Vigias da Inquisição Luís Reis Torgal (Temas e Debates), 376 p. | Pátria e Liberdade – Uma Loja maçónica de Militares (1911-1918) António Ventura (Âncora Editora), 179 p.

4. Ecos de Londres. O Investigador Português em Inglaterra, Jornal Literário, Político, & C., nos primeiros anos de publicação (1811-1813)Adelaide Maria Muralha Vieira Machado (Lema d`Origem), 134 p. | Abade Correia da Serra, Cidadão do Mundo António Rebelo de Sousa e Jorge Rio Cardoso (Editora Guerra & Paz), 112 p.  

5. A Caminho do 25 de Abril. Uma organização clandestina de oficiais da ArmadaLuísa Tiago de Oliveira (Edições 70), 284 p. | Tarrafal. Presos políticos e sociais (1936-1954 e 1961-1974) Alfredo Caldeira e João Esteves (Edições Colibri), 444 p.

6. Da República dos Portugueses. Crónica geral da política José Adelino Maltez (Âncora Editora), 962 p. | O Século do Liberalismo. Portugal 1820-1926 - Miriam Halpern Pereira (FCG), 866 p. | Portugal e Inglaterra - O Liberalismo e o Império. Estudos sobre a aliança luso-britânica no século XIX José Miguel Sardica (Tribuna da História), 204 p.

7. Ressuscitar Lázaro. O ideal republicano de Ezequiel de Campos (1910-1919)Teresa Nunes (Âncora Editora), 390 p. | A noite mais sangrentaJoão Miguel Almeida (Manuscrito Editora), 176 p. | As Eleições Legislativas no Alentejo Durante a I República (1910-1926)Manuel BaiôaPedro Figueiredo Leal e António José Queiroz (Edições Humus), 288 p.

8. Padre Felicidade. Ooposicionista praticanteAna R. Gomes (Tinta da China), 240 p. | Do Luso-Hebreu Isaac Abravanel a Boris Pasternak. O Vínculo Familiar - João Augusto David de Morais (Edições Colibri), 184 p. | Urbino de Freitas. As manobras de bastidores - José Manuel Martins Ferreira (Edições Humus), 312 p.

9. Jornal A Batalha 1974-2024 - Esboço para uma Análise mais Distanciada – João Freire (A Batalha), 124 p. | Na Teia da Aranha - João Lázaro Cavaleiro Diz de Carvalho (Afrontamento), 332 p. | O Algarve em Transe. Os loucos anos 60 e 70 em Portimão - Maria João Raminhos Duarte (Edições Colibri), 518 p. 

10. O Sonho de D'Alembert e Demais Conjeturas. Diálogos entre Lucrécio e Posidómio - Denis Diderot e Voltaire (Edições Humus), 220 p. | Tradução e Tradutores em Portugal. Um contributo paraa sua história (séculos XVIII -XX) - Teresa Seruya (Tinta da China), 496 p.  

A.A.B.M.
J.M.M.

terça-feira, 10 de dezembro de 2024

JOSÉ ADELINO MALTEZ - DA REPÚBLICA DOS PORTUGUESES – CRÓNICA GERAL DA POLÍTICA

 


LIVRO: Da República dos Portugueses – Crónica geral da política;

AUTOR: José Adelino Maltez;
EDIÇÃO: Âncora Editora, Outubro 2024.

LANÇAMENTO/APRESENTAÇÃO

DIA: 18 de Dezembro de 2024 (18,00 horas);

LOCAL: Biblioteca de Alcântara José Dias Coelho (Rua José Dias Coelho, 27-29 - Lisboa);

ORADOR: Luís Bigotte Chorão;

ORGANIZAÇÃO: Âncora Editora 

► Nesta obra procura-se a genealogia das circunstâncias que transformaram Portugal, e os Portugueses, numa simples consequência de um paralelogramo de forças. Eles não são passíveis de uma biografia superiormente autorizada por um qualquer destino manifesto, justificando certa vida em comum, mas onde também não é aconselhável qualquer interpretação retroativa que assuma a verdade de explicar-nos quem somos.

Seria estúpido fazê-lo com preconceitos de esquerda ou fantasmas de direita, não detectando o essencial daquilo a que retroactivamente podemos dizer de sucessivas construções do Estado, acompanhadas por uma série de reconstruções.

Quem, nestes sobressaltos, quiser detectar a ideia e a estratégia de Portugal, entre os século XII e o século XXI, recorra aos poetas que as imaginaram, de Luís de Camões a Fernando Pessoa, ou, então, que se torne fiel de religiões reveladas, ou de sociedades iniciáticas que com elas concorrem. O autor, pelo menos, não consegue desfazer o mistério e, porque não tem contactos directos com uma divindade, apenas reconhece que tanto há Milagre de Ourique como Aparições de Fátima e que, de vez em quando, nos julgamos uma nação mítica [AQUI]

J.M.M.

segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

MÁRIO SOARES – 100 ANOS DO SEU NASCIMENTO

 

Mário Soares. 100 Anos do seu Nascimento; n.º hors-série de 7 de Dezembro 2024Edição BMBMRedação: Vale do Mondego; Edição Fora de Mercado (tiragem de 33 exemplares), 12 pags.

 Trata-se de um número comemorativo do Centenário de Mário Soares, com curiosos testemunhos de quem o conheceu, de tiragem muito reduzida e para bibliófilos, lançado pela Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego, que tem alojamento no Archive.org

https://archive.org/details/@biblioteca_ma_nica_do_baixo_mondego

“Eu sou contra todas as ditaduras e a favor da liberdade. Sem liberdade política nada se passa, só se entra, a prazo, em decadência” [Mário Soares]

As comemorações do Centenário do nascimento de Mário Soares são uma lúcida, admirável e bela jornada de homenagem a um dos fundadores da Democracia portuguesa contemporânea. Memorar o seu legado imorredouro de luta pela Liberdade e Democracia é voltar a falar no sonho dessa confraternidade cívica que em (e por) Abril une todos os Homens como Irmãos. Um Abril de utopia, um Abril de retomar a palavra, um Abril sem muros e de afetuosa solidariedade, um Abril com luzimento e de felicidade. Mário Soares foi um cidadão, e nosso irmão, com muita luz, possuidor de um ânimo inabalável e de coragem certa nas horas incertas. Mário Soares foi um dos nossos, pelo Amor da Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Obrigado Mário Soares.

[Os Bibliotecários]

TÁBUA: 100 Anos do Nascimento de Mário Soares (José Lamego); Mário Soares “detestava o bajulador” (Vasco Franco); Eu conheci Mário Soares ... [Manuel da Costa (da Quinta)]; Mário Soares também foi iniciado (Manuel Seixas); Uma grande figura da nossa história moderna (José Manuel Martins); Discurso à Maçonaria em França [Manuel Seixas, anotação de um extracto do livro de Mário Soares, Cartas e Intervenções Políticas no Exílio, Temas e Debates, 2014 (reimp.), Discurso à Maçonaria em França, pp 97-116]; Sobre Mário Soares … (extratos de testemunhos); Fotografias & Livros

 [Algumas páginas ...]


[Download AQUI]

    J.M.M.

sábado, 30 de novembro de 2024

EGAS MONIZ - 150 ANOS

 EGAS MONIZ - 150 ANOS | PRÉMIO NOBEL - 75 ANOS

A Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego regista a passagem do dia 29 de Novembro quando, 150 anos atrás, pelas 3h da madrugada, nasce em Avanca o pequeno génio e futuro professor de Neurologia, o investigador e bibliófilo, o político e escritor, o Nobel e Maçon António.

Sobrevivente a atentados, físicos e morais, duelista e sidonista, mestre de jogos vários, crítico de arte, pintura e literatura em parceria, Egas Moniz colecionou fortunas e contratempos, admiradores e detratores, amigos e alguns irmãos.

Dono de uma inquebrantável força de vontade e de uma astúcia admirável, produziu uma extensa obra científica enquanto percorria os caminhos sinuosos, primeiro políticos, depois académicos e profissionais. Várias vezes proposto e outras tantas preterido, soube aliar a sua diplomacia pessoal ao seu prestígio científico, o seu talento e cultura à sua determinação e rigor, obtendo finalmente o merecido reconhecimento e os louros de uma carreira e de uma vida.

Ao irmão iniciado em 22 de Dezembro de 1910, Egas Moniz também, obreiro da Loja Simpatia e União, a BMBM envia para o Oriente Eterno um fraterno e triplo abraço, de reconhecimento, de admiração e de esperança.

[AQUI]



[DOWNLOAD AQUI]

J.M.M.

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

LUÍS REIS TORGAL DISTINGUIDO COM O PRÉMIO JOAQUIM VERISSIMO SERRÃO


Luís Reis Torgal, historiador, Membro Fundador do CEIS20 e Professor Catedrático Aposentado da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, foi distinguido com o Prémio Joaquim Veríssimo Serrão/Fundação Engenheiro António de Almeida, atribuído pela Academia Portuguesa da História e pela Fundação Eng. António de Almeida, pela sua obra Vigias da Inquisição.

J.M.M.

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

VOLTAIRE … ESTÁ VIVO! 330 ANOS APÓS O SEU NASCIMENTO

 


«François-Marie Arouet (1694-1778), aliás Voltaire, esse incansável “homem de letras” e do espírito des Lumières, o filósofo divulgador do pensamento de Locke e Newton, o poeta e livre-pensador, o célebre polemista e jornalista avant la lettre, nasceu faz 330 anos. Voltaire foi um profeta da razão e do progresso, um apóstolo do livre-pensamento e da Fraternidade social, como a vida, o talento e a imensidão da sua obra o confirma.   

Écrasez l’infâme disse-nos ele. Voltaire, nos combates do seu tempo contra a arrogância e o despotismo, a superstição e o fanatismo religioso, convoca os registos inquietantes das misérias humanas por uma cáustica ironia, pela inteligência dos seus contos filosóficos e nos traçados e representações humorísticas no “melhor dos mundos possíveis”. E tudo isso nos transmite e assume um pensamento e um legado que jamais pode ser esquecido. Deste modo, se a 7 de Abril de 1778, François-Marie Arouet, aliás Voltaire, recebeu a “serena Luz Maçónica”, podemos orgulhosamente proclamar que o “mundo a recebe dele”. Porém a cadeira de Voltaire permanece vazia, ainda não surgiu um novo intérprete desse seu singular e valoroso legado que soube revolucionar os espíritos da República das Letras.  

A Biblioteca Maçónica do Baixo Mondego, nesta memorável data, saúda os raios esplendorosos do virtuoso e genial cidadão François-Marie Arouet.

Glória a Voltaire. Vale                                                                                                    

[Os Bibliotecários

[recebido da BMBM  - sublinhados nossos]

J.M.M.

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

[BNP – LISBOA – DIA 25 DE OUTUBRO] LUÍS DE CAMÕES. FABULOSO - VERDADEIRO DE AQUILINO RIBEIRO

LIVRO: Luís de Camões Fabuloso * Verdadeiro;
AUTOR: Aquilino Ribeiro / Prefácio de António Valdemar;
EDIÇÃO: Bertrand Editora, 2024.

LANÇAMENTO/APRESENTAÇÃO

DIA: 25 de Outubro de 2024 (17,30 horas);

LOCAL: Biblioteca Nacional (Auditório);

ORADORES: Vanda Anastácio | Diogo Ramada Curto | António Valdemar | Eduardo Boavida | Aquilino Machado

ORGANIZAÇÃO: BNP | Bertrand Editora 

Aquilino Ribeiro contrariou a imagem de um poeta de origem aristocrática que era veiculada pelo regime e construiu um retrato real. Agora numa nova edição, o livro chega às livrarias a 19 de setembro com introdução de António Valdemar.

Num tempo em que se professava nas universidades «a opinião de que o tudo o que havia a dizer sobre o autor dos Lusíadas estava dito», Aquilino Ribeiro ousou dizer «não». Entre 1949 e 1950, o escritor publicou dois livros em que defendeu «a revisão a fundo e com meticulosidade» da história de Luís de Camões, chocando o «público ilustrado» ao afirmar que o poeta «não era aquilo que ensinavam na escola».

Alicerçando-se na releitura atenta dos estudos de, entre outros, Teófilo Braga, José Maria Rodrigues, Wilhem Storck e Hernâni Cidade, e em «três cartas particulares» de Camões, Aquilino, primeiro em Camões, Camilo, Eça e Alguns mais e depois em Luís de Camões. Fabuloso * Verdadeiro, contrariou a imagem de um poeta de origem aristocrática que era veiculada pelo regime e apoiada por académicos de Coimbra, e construiu um retrato real, de um «gentil-homem pobre, mas invejável», que gerou grande polémica. Um retrato que ainda perdura.

Passados 74 anos da publicação de Luís de Camões. Fabuloso * Verdadeiro, o mais impetuoso dos dois estudos, e numa altura em que se comemoram os 500 anos do nascimento do poeta, a Bertrand Editora lança uma nova edição do livro, que celebra a vida e obra de Camões. Pela primeira vez num só volume (em 1950, foi publicado em dois) e com prefácio do jornalista António Valdemar, que privou com Aquilino.

J.M.M. 

terça-feira, 8 de outubro de 2024

I CONGRESSO IMPRENSA DE EXÍLIO(S)

 

A cidade de Coimbra acolhe nos próximos dias 10 e 11 de outubro de 2024, organizado pelo Grupo Internacional de Estudos da Imprensa Periódica Colonial do Império Português.

Ao longo de dois dias vários investigadores vão apresentar os resultados das suas pesquisas e investigações já concluídas ou em curso sobre a temática da Imprensa de Exílio, a ter lugar no Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra

No dia 10 de Outubro, o congresso começa com:

Painel 1. Exilados e Jornalistas 

Moderadora: Alice Santiago Faria (CHAM - FCSH UNL)

Hédia Sioud (Université de Monastir) - Un journaliste “musulman” à Paris au milieu du 19 ème siècle (presencial) 

Cielo G. Festino, (Universidade Paulista) - A volta do exilio. O caso das traduções de Evágrio Jorge da obra de Munshi Premchand (online – Brasil) 

Daniela Spina (CHAM - FCSH UNL) – “Lutemos, porque, vive só quem luta”. A transição de migrante a exilado do goês no estrangeiro, em três periódicos publicados na Índia Inglesa na década de 30 (presencial) 

Sushila Sawant Mendes (Investigadora independente) - An Exiled Pamphleteer: T.B. Cunha as Journalist, Activist and Ideologue (online – India)

Painel 2. Experiências de exílio

Moderadora: Noemi Alfieri (CHAM - FCSH UNL)

Mahamadou BD Maiga (Institut Grotius, Centre Africain de Recherche et d'Innovation) – Liens entre les réseaux d`exil et clandestins dans la lutte anticoloniale (online – Mali) 

Andrea Vacha (CIES – ISCTE-IUL)  - A campanha do Brado Africano para libertar Zixaxa (o último exilado) (presencial)

 Elisa Scaraggi, (IHC - FCSH UNL) - Internacionalismo no exílio. Um mapeamento das publicações de Mário Pinto de Andrade na imprensa periódica internacional (online – EUA) 

Heloísa Paulo (Investigadora independente) – Imprensa colonial no Exílio: de Goa à Angola (presencial)


17.00h – 19.00h Mesa redonda. 

Os arquivos da imprensa de exílio

 Moderadora: Sandra Ataíde Lobo (CHAM - FCSH UNL)

Participantes: 

Alexandrina Buque, Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane 

Catarina Santos, Fundação Mário Soares e Maria Barroso 

Filipe G. Silva, Fundação Mário Soares e Maria Barroso 

Inês Ponte, Arquivo de História Social, ICS, Universidade de Lisboa 

Maria Cristina Freitas, Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra 

Simão Jaime, Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane


11 de Outubro 

10h – 12.30h

Painel 3. Jornais e revistas 

Moderadora: Adelaide Vieira Machado (CHAM - FCSH UNL)

Brahim Jadla (Université de La Manouba) – Loughat al-ʿArab (1911–1931): Une revue arabe à l’écoute du monde (presencial) 

Pedro Marques Gomes (LIACM -IPL; Fundação Mário Soares e Maria Barroso – Um jornal de luta a partir do exílio: o Portugal Socialista e o combate contra a ditadura (online) 

Augusto Nascimento (Centro de História da Universidade de Lisboa) – O Faúlha: o voluntarismo efémero (presencial) 

Simão Jaime e Alexandrina Buque (Arquivo Histórico de Moçambique, Universidade Eduardo Mondlane) – O Jornal Tunduru e o Projecto de Educação da FRELIMO (presencial) 


14h – 16.30h 

Mesa redonda: Imprensa anticolonial, exílios e exilados

Moderadores: 

Pedro George (exilado em Londres/exiled in London, exilé à Londres) & Cristina Clímaco, Laboratoire d'Études Romanes, Université de Paris 8 

Participantes (lugares de exílio): 

- Álvaro Miranda (Londres) 

- Guiomar Ramos (São Paulo) 

- Henda Ducados (Rabat) 

- Joaquim Saraiva (Aarhus, Copenhaga) 

- Luísa Tito de Morais (Paris, Praga, Argel) 

- Óscar Monteiro (Argélia, Tanzania, França, Itália, etc) 


16.30 – 17.15 

Apresentação de livro:

Cristina Clímaco, Laboratoire d'Études Romanes, Université de Paris 8, Os exilados de Salazar (Lisboa: Âncora, 2024) de Heloísa Paulo 

17.15-18.30 Arquivos e investigação

Visita guiada à exposição “A imprensa e outros documentos de exilados no CD25A” 

Apresentação: “A imprensa de exílio nas colecções do AHS/ICS-ULisboa, do CD25A e da FMSMB: um trabalho colaborativo” 

Para acesso online, contactar até dia 9 de Outubro:

imprensadeexilios@gmail.com 

O programa completo do congresso pode ser consultado/obtido AQUI

A pagina do congresso pode ser consultada aqui: https://imprensaexilios.weebly.com/  

Com os votos do maior sucesso para tão interessante iniciativa.

Entrada Livre e gratuita

A.A.B.M.

sábado, 5 de outubro de 2024

VIVA A REPÚBLICA!!



A.A.B.M.

J.M.M.
 

VIVA O 5 DE OUTUBRO! VIVA A REPÚBLICA!

 


VIVA O 5 DE OUTUBRO DE 1910

"Não mais sermos salvos por mais ninguém – que impressão de inefável serenidade! Como será bom quando tivermos a repousante certeza de estarmos, enfim, salvos dos salvadores"

Raul Proença, Seara Novanº 246, 16 de Abril de 1931

J.M.M. 

domingo, 29 de setembro de 2024

COLÓQUIO PERIODISMO REPUBLICANO. PERSPETIVAS E REPRESENTAÇÕES


 30 de Setembro de 2024

Local: Biblioteca Camões

Lisboa


A Sessão Inaugural do Colóquio conta com a presença de:

António Ventura - O Periodismo Republicano Local. Um estudo de caso: Portalegre.

Depois seguem-se as seguintes intervenções, durante a manhã: 

Manuel Baiôa - A Imprensa e o financiamento do Partido Republicano Nacionalista

Paulo Cracel - A Nova Europa de 1918/1919. Percepções d' "A Capital" o diário republicano da noite

Pedro Figueiredo Leal - "O Mundo" e a disputa pela liderança do Partido Republicano Português (1919-1921) 

António Paulo Duarte - A Revista Militar, o Pensamento Estratégico e os debates em torno das políticas militares da I República 

Luís M. Santos O periodismo republicano e as transformações no campo da crítica musical em Lisboa durante a I República 

Mário Sequeira – Fome de Riso – a Sátira como reflexo da carestia de vida em Portugal (1916-1928)

Gisela Monteiro  – O Crime das Escadinhas da Mãe D’Água ou como A Vanguarda combateu a censura em 1900 

José Maria Barbosa  – A construção memorial de Fátima pela Igreja Católica: uma análise através dos periódicos O Mensageiro e a Voz da Fátima (1917-1922) 

Fábio Oliveira – As percepções do jornal O Debate sobre o fenómeno de Fátima (1917-1926) 

Catarina Silva – A insurreição dos cruzadores (1906): precepções na imprensa republicana

Pedro Álvaro Mateus  – José de Macedo e a imprensa republicana 

Pedro Ramos Ladislau Batalha: o Avante e a defesa dos interesses locais/nacionais 

Nuno Simão Ferreira O ambiente tradicional da vida académica estudantil em Coimbra: o combate político, a renovação cultural e a greve académica de 1907


1 de Outubro de 2024

Àlex Pocino Perez  – El ilustre jefe en la ciudad. Las visitas de los lideres republicanos a Barcelona a través de la prensa republicana catalana durante la Restauración (1875-1906) 

Álvaro Costa de Matos - O jornalismo (republicano) como contrapoder e tribuna ideológica: o caso de Henriques Nogueira (1823-1858) 

Frederico Benvinda Entre o Progresso e a “teratologia social” – Positivismo e educação cívica na participação de Zófimo Consiglieri Pedroso (1851-1910) na imprensa periódica republicana 

Conceição Meireles Pereira  – Imprensa republicana do Porto. Entre a província e a capital

Isilda Monteiro  – A imprensa republicana de Lamego 

Bernardo Nunes  – Conflitos intrarrepublicanos no periodismo de Alenquer 

Andréa Casa Nova Maia e Diogo Oliveira  – A imprensa documenta a Primeira Travessia Aérea do Atlântico Sul em 1922: diálogos luso-brasileiros e redes transnacionais do republicanismo 

David Ramalho Alves  – Arte, Política e Modernidade: representações sociais nas revistas Manhua no período Republicano Chinês (1925-1948) 

Soraia Milene Carvalho Augusto de Vasconcelos na imprensa democrática e unionista: ação e leituras vasconcelianas no advento da República em Portugal 

Vanessa Batista  – A Lucta de Brito Camacho e a questão “paivante” em Espanha  

Sessão de encerramento: 

Norberto Ferreira da Cunha - A Liberdade (1928-1933): projecto para uma República prospectiva 


Excelente oportunidade para se conhecer melhor o periodismo republicano, sobretudo em Portugal, mas também em Espanha e no Brasil.

Com os votos de maior sucesso, divulgamos esta iniciativa e saudamos os seus organizadores.

A.A.B.M.

J.M.M.