quarta-feira, 5 de junho de 2013

ANTÓNIO ROSA MENDES (1954-2013): IN MEMORIAM

Nascido em Vila Nova de Cacela, em 1954, António Manuel Nunes Rosa Mendes licenciou-se em Direito e História e doutorou-se em História, em 2004, com a tese sobre Damião António de Lemos Faria e Castro (1715-1789). Cultura e Política no Algarve Setecentista, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade do Algarve.

Era professor na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, leccionou as disciplinas de História da Cultura, História do Algarve e Direito do Património Cultural. Actualmente era Director da Biblioteca da Universidade. 

Nos últimos anos coordenava o curso de mestrado em História do Algarve e era o responsável pelo Centro de Estudos de Património e História do Algarve (CEPHA).

Em 2005 foi presidente de Faro, Capital Nacional da Cultura.

António Rosa Mendes era geralmente apontado como um personagem comprometido com a região algarvia, com uma sólida personalidade e uma cultura invejável, sempre disponível para as iniciativas que conduzissem à valorização do conhecimento.
Realizou inúmeras conferências pela região e pelo País e no estrangeiro.
Publicou, entre outras os seguintes textos: A Fundação de Vila Real de St. António vista por um estrangeiro, 1984.Mais tarde a sua dissertação de mestrado intitulava-se Ribeiro Sanches e o Marquês de Pombal / intelectuais e poder no absolutismo esclarecido, Universidade Nova de Lisboa, foi publicada em 1998. Depois colaborou na História de Portugal, dirigida pelo Prof. José Mattoso, no volume III. No Alvorecer da Modernidade, coordenado pelo Prof. Joaquim Romero Magalhães, com um artigo intitulado A vida cultural, 1993, p. 375-383; 1755  / terramoto no Algarve, 2005; Espírito e poder  / Tavira nos tempos da modernidade (com Francisco Lameira e José Carlos Vilhena Mesquita), 2006; Escritor algarvio do século XVIII em Ayamonte: Damião Antònio de Lemos Faria e Castro, Separata das: XI Jornadas de Història de Ayamonte, 2007, p. 79-86; Manuscrito de João da Rosa  / 1808-2008, 2008; Olhão fez-se a si próprio, 2009; Brito Camacho e o Algarve, in Viajantes, Escritores e Poetas: Retratos do Algarve, 2009; Vila Real de Santo António e o Urbanismo Iluminista , coordenação do catálogo da exposição, 2010; Algarve 100 anos de República, 100 personalidades 1910-2010 (em parceria com Neto Gomes),  2010; Alcoutim - Terra de Fronteira, 2010; Faro  / roteiros republicanos, 2010Castro Marim, baluarte defensivo do Algarve, 2010; Olhão nos primeiros dias da República, 2010; publicou ainda A Peregrinação e a peregrinação de Fernão Mendes Pinto, 2011; "Um bispo reformador, D. Inácio de Santa Teresa, 1741-1751", in Anais do Município de Faro, 2012, p. 27-37;  O Que é Património Cultural, 2012; Manuel Veneno, in Al gharb  / nº 00  / p. 11-13.
Fundador da editora algarvia Gente Singular.
Depois de algumas semanas hospitalizado no Hospital de Faro, a situação de saúde debilitada agravou-se com outras complicações e acabou por conduzir ao seu falecimento em 4 de Junho de 2013.
Um historiador algarvio, apaixonado pelas temáticas regionais e também um amigo. 
Com as nossas condolências aos familiares e amigos neste momento triste.
A.A.B.M.

1 comentário:

José Carlos Vilhena Mesquita disse...

Estou absolutamente chocado com esta notícia. O António era um dos colegas que mais admirava, um modelo de eloquência, um cidadão exemplar e sobretudo uma referência na cultura e na historiografia do Algarve.
Que Deus o tenha em eterno descanso.
Vilhena Mesquita