quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

DICIONÁRIO DE HISTÓRIA EMPRESARIAL PORTUGUESA, SÉCULOS XIX E XX. VOL. I: INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS


Foi recentemente editado, depois de um longo processo de investigação, coordenado pelo Professores José Maria Amado Mendes e Miguel Figueira de Faria  e desenvolvido pelo Centro de Estudos de História Empresarial da Universidade Autónoma de Lisboa o Dicionário de História Empresarial Portuguesa, Séculos XIX e XX. Vol. I: Instituições Bancárias, editado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Sobre o processo de organização e preparação deste trabalho inédito na Historiografia Portuguesa, pode encontrar-se um interessante texto apresentado pelo Prof. José Amado Mendes, no XXXI Encontro da Associação Portuguesa de História Económica e Social, que pode ser consultado AQUI e se referem a quantidade de empresas bancárias, a sua origem, a distribuição geográfica, a longevidade das instituições, entre outros aspectos. Apontam-se ainda o número de investigadores envolvidos e o número de instituições bancárias e seguradoras, que acabaram por dar origem a um segundo volume que se encontra em fase de conclusão da edição.

Este primeiro volume, dedicado às instituições bancárias, podem encontrar-se quase duas centenas de bancos e casas bancárias referenciadas, entre elas destacam-se as seguintes:

Banco Borges & Irmão (1937-1996)
Banco Burnay (1925-1967)
Banco Comercial Português (1985 -  )
Banco da Madeira (1920-1966)
Banco de Portugal (1846-  )
Banco Espírito Santo (1920-   )
Banco Fonsecas & Burnay (1921-1991)
Banco Lisboa & Açores (1875-1969)
Banco Nacional Ultramarino (1864-2001)
Banco Pinto & Sotto Mayor (1925-2000)
Banco Português de Investimentos – BPI (1981-  )
Banco Português do Atlântico (1942-2000)
Banco Totta & Açores (1970-2004)
Caixa Geral de Depósitos (1876 - )
União de Bancos Portugueses (1978-1996).

As instituições seguradoras, que ficaram num segundo volume, são também quase uma centena. Entre elas permitimo-nos destacar algumas como:

Aliança Seguradora (1979-1995)
Companhia de Seguros Açoreana (1892 -  )
Companhia de Seguros Bonança (1808-2000)
Companhia de Seguros Europeia (1922-2002)
Companhia de Seguros Fidelidade (1835- 2002)
Companhia de Seguros Garantia (1853-1994)
Companhia de Seguros Império (1942 -  )
Companhia de Seguros Tagus (1877-1979)
Companhia de Seguros Tranquilidade (1871 -   )
Grémios dos Seguradores (1934-1975)
Instituto de Seguros de Portugal (1982 – )
Mundial (A), Companhia de Seguros, S. A. R. L. (1913-1978)
Mútua dos Pescadores (1942-)
Sagres (1917-1976)
Sociedade Portuguesa de Seguros (1900-1999)


Os colaboradores nesta obra de grande envergadura são algumas dezenas, entre doutores, mestres, licenciados e investigadores com trabalho publicado sobre o tema em apreço. São eles:

Alda Mourão - Instituto Politécnico de Leiria. Investigadora do Centro “Ceis 20 da Universidade de Coimbra”.
Ana Bragança Gomes - Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa.
Ana Bela Nunes - Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade  de Lisboa.
Ana Margarida Cruz - Centro de História do Banco Espírito Santo.
António Pedro Ferreira - Universidade Autónoma de Lisboa / Banco de Portugal.
António Rafael Amaro - Faculdade Economia, Universidade de Coimbra.
Anabela Sérgio - Visiting Professor – University of St. Joseph – Macau
Artur Barracosa Mendonça – Investigador.
Carlos Alberto Damas - Centro de História do Banco Espírito Santo.
Carlos Gabriel Guimarães - Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil.
Clarisse Mendes - Professora do Ensino Secundário.
Cristina Dias - Universidade Autónoma de Lisboa.
Duarte Manuel Freitas - Doutorando da Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra
Elisa Calado Pinheiro - Universidade da Beira Interior.
Fátima Sequeira Dias - Departamento de Economia e Gestão, Universidade dos Açores.
Fernando Lopes - Departamento de Economia e Gestão, Universidade dos Açores.
Filipe Pinhal – Economista.
Helder Adegar Fonseca - Universidade de Évora
Hugo Silveira Pereira - Investigador do CITCEM - Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória», Faculdade Letras da Universidade do Porto.
Irene Vaquinhas - Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra.
José Amado Mendes - Universidade de Coimbra/Universidade Autónoma de Lisboa.
José Afonso Diz - Universidade Autónoma de Lisboa.
José Luís Cardoso - Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa
José Manuel Lopes Cordeiro - Universidade do Minho
Manuel Faria - Professor EB 2,3 de Prado.
Manuel Ferreira Rodrigues - Universidade de Aveiro
Maria Eugénia Mata - Nova SBE, INOVA, Faculdade de Economia, Universidade Nova de Lisboa.
Maria Eugénia Neves - Professora do Ensino Secundário
Marta Guilherme Cruz – Bibliotecária
Maria Inês de Abrunhosa Mansinho - Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa
Nuno Guilherme Cruz - Investigador
Nuno Valério - Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa
Otília Guerreiro – Bibliotecária
Paulo Eduardo Guimarães - Departamento de História da Universidade de Évora
Paulo Jorge Fernandes -Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa
Pedro Freire – Investigador
Pedro Lains - Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa

Pedro Neves - Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa.

Uma obra de referência, um contributo inicial que exige agora aprofundamentos e melhorias específicas nas diferentes situações que são sumariamente tratadas. A obra pode ser  e certamente que é um bom ponto de partida, fornece boas indicações para tentar descobrir mais sobre cada uma das organizações que é tratada e sobre aspectos genéricos, mas pede/exige mais investigação, leitura e reflexão sobre os muitos casos que ainda estão por analisar e estudar.

Uma obra que se saúda e que se vai certamente tornar uma referência para a Historiografia Económica Portuguesa. 

Agora aguardam-se as sugestões e críticas que os leitores interessados queiram fazer.

A.A.B.M.

1 comentário:

José Leite disse...

Caro Artur Mendonça

Saúdo vivamente o aparecimento deste volume e dos futuros, desta obra.

Num país, em que após 1974, e durante muitos anos, quase foi esquecido (ou tentado esquecer) o passado histórico de grandes empresas industriais, comerciais, instituições financeiras, seguradoras, etc. é bom começar a avivar a memória de uns e dar a conhecer a outros, principalmente aos mais novos, o que também de muito positivo grandes empreendedores fizeram por Portugal, num passado não tão distante.

As minhas felicitações sinceras por esta iniciativa e ao trabalho desenvolvido por todos os colaboradores nesta obra.

Os meus cumprimentos

José Leite