Foi recentemente editado, depois de um longo processo de investigação, coordenado pelo Professores José Maria Amado Mendes e Miguel Figueira de Faria e desenvolvido pelo Centro de Estudos de História Empresarial da Universidade Autónoma de Lisboa o Dicionário de História Empresarial Portuguesa, Séculos XIX e XX. Vol. I: Instituições Bancárias, editado pela Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Sobre o processo de organização e preparação deste trabalho inédito na Historiografia Portuguesa, pode encontrar-se um interessante texto apresentado pelo Prof. José Amado Mendes, no XXXI Encontro da Associação Portuguesa de História Económica e Social, que pode ser consultado AQUI e se referem a quantidade de empresas bancárias, a sua origem, a distribuição geográfica, a longevidade das instituições, entre outros aspectos. Apontam-se ainda o número de investigadores envolvidos e o número de instituições bancárias e seguradoras, que acabaram por dar origem a um segundo volume que se encontra em fase de conclusão da edição.
Este primeiro volume, dedicado às instituições bancárias, podem encontrar-se quase duas centenas de bancos e casas bancárias referenciadas, entre elas destacam-se as seguintes:
Banco Borges & Irmão (1937-1996)
Banco
Burnay (1925-1967)
Banco Comercial Português
(1985 - )
Banco
da Madeira (1920-1966)
Banco de Portugal (1846-
)
Banco
Espírito Santo (1920- )
Banco Fonsecas & Burnay (1921-1991)
Banco
Lisboa & Açores (1875-1969)
Banco Nacional Ultramarino (1864-2001)
Banco Pinto & Sotto Mayor (1925-2000)
Banco Português de
Investimentos – BPI (1981- )
Banco Português do Atlântico (1942-2000)
Banco Totta & Açores
(1970-2004)
Caixa Geral de
Depósitos (1876 - )
União
de Bancos Portugueses (1978-1996).
As instituições seguradoras, que ficaram num segundo volume, são também quase uma centena. Entre elas permitimo-nos destacar algumas como:
Aliança
Seguradora (1979-1995)
Companhia de Seguros Açoreana (1892 - )
Companhia
de Seguros Bonança (1808-2000)
Companhia
de Seguros Europeia (1922-2002)
Companhia
de Seguros Fidelidade (1835- 2002)
Companhia de Seguros Garantia (1853-1994)
Companhia de Seguros Império (1942 - )
Companhia de Seguros Tagus (1877-1979)
Companhia de Seguros Tranquilidade (1871 - )
Grémios dos Seguradores
(1934-1975)
Instituto
de Seguros de Portugal (1982 – )
Mundial (A), Companhia de Seguros, S. A. R. L.
(1913-1978)
Mútua dos Pescadores (1942-)
Sagres (1917-1976)
Sociedade Portuguesa de Seguros (1900-1999)
Os colaboradores nesta obra de grande envergadura são algumas dezenas, entre doutores, mestres, licenciados e investigadores com trabalho publicado sobre o tema em apreço. São eles:
Alda Mourão
- Instituto Politécnico de Leiria. Investigadora do Centro “Ceis
20 da Universidade de Coimbra”.
Ana Bragança Gomes -
Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa.
Ana Bela Nunes -
Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa.
Ana Margarida Cruz - Centro de História do Banco Espírito Santo.
António Pedro Ferreira
- Universidade Autónoma de Lisboa / Banco de Portugal.
António Rafael Amaro
- Faculdade Economia, Universidade de Coimbra.
Anabela Sérgio - Visiting Professor – University
of St. Joseph – Macau
Artur Barracosa Mendonça – Investigador.
Carlos Alberto Damas
- Centro de História do Banco Espírito Santo.
Carlos
Gabriel Guimarães - Universidade Federal
Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil.
Clarisse Mendes
- Professora do Ensino Secundário.
Cristina Dias
- Universidade Autónoma de Lisboa.
Duarte Manuel Freitas - Doutorando da Faculdade de Letras, Universidade de
Coimbra
Elisa Calado Pinheiro
- Universidade da Beira Interior.
Fátima Sequeira Dias
- Departamento de Economia e Gestão, Universidade dos Açores.
Fernando Lopes -
Departamento de Economia e Gestão, Universidade dos Açores.
Filipe Pinhal –
Economista.
Helder Adegar Fonseca - Universidade de Évora
Hugo Silveira Pereira - Investigador do CITCEM -
Centro de Investigação Transdisciplinar «Cultura, Espaço e Memória», Faculdade Letras da Universidade do Porto.
Irene Vaquinhas - Faculdade de
Letras, Universidade de Coimbra.
José Amado Mendes -
Universidade de Coimbra/Universidade Autónoma de Lisboa.
José
Afonso Diz - Universidade Autónoma de
Lisboa.
José Luís Cardoso -
Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa
José Manuel Lopes Cordeiro - Universidade do Minho
Manuel Faria
- Professor EB 2,3 de Prado.
Manuel Ferreira Rodrigues - Universidade de Aveiro
Maria Eugénia Mata -
Nova SBE, INOVA, Faculdade de Economia, Universidade Nova de Lisboa.
Maria Eugénia Neves - Professora do Ensino Secundário
Marta Guilherme Cruz
– Bibliotecária
Maria Inês de Abrunhosa Mansinho - Instituto Superior de Agronomia, Universidade de
Lisboa
Nuno Guilherme Cruz - Investigador
Nuno Valério
- Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa
Otília
Guerreiro – Bibliotecária
Paulo
Eduardo Guimarães - Departamento de História da Universidade de
Évora
Paulo Jorge Fernandes -Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade
Nova de Lisboa
Pedro Freire –
Investigador
Pedro Lains -
Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa
Pedro Neves -
Instituto Superior de Economia e Gestão, Universidade de Lisboa.
Uma obra de referência, um contributo inicial que exige agora aprofundamentos e melhorias específicas nas diferentes situações que são sumariamente tratadas. A obra pode ser e certamente que é um bom ponto de partida, fornece boas indicações para tentar descobrir mais sobre cada uma das organizações que é tratada e sobre aspectos genéricos, mas pede/exige mais investigação, leitura e reflexão sobre os muitos casos que ainda estão por analisar e estudar.
Uma obra que se saúda e que se vai certamente tornar uma referência para a Historiografia Económica Portuguesa.
Agora aguardam-se as sugestões e críticas que os leitores interessados queiram fazer.
A.A.B.M.
1 comentário:
Caro Artur Mendonça
Saúdo vivamente o aparecimento deste volume e dos futuros, desta obra.
Num país, em que após 1974, e durante muitos anos, quase foi esquecido (ou tentado esquecer) o passado histórico de grandes empresas industriais, comerciais, instituições financeiras, seguradoras, etc. é bom começar a avivar a memória de uns e dar a conhecer a outros, principalmente aos mais novos, o que também de muito positivo grandes empreendedores fizeram por Portugal, num passado não tão distante.
As minhas felicitações sinceras por esta iniciativa e ao trabalho desenvolvido por todos os colaboradores nesta obra.
Os meus cumprimentos
José Leite
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