quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

V IMPÉRIO E AS PROFECIAS DO MILÉNIO



CONFERÊNCIA: V Império e as profecias do milénio;
ORADOR: João Rodil;
DIA: 2 de Março 2012 (19,30 horas);
LOCAL: Biblioteca-Museu República e Resistência (Espaço Grandella)
ORGANIZAÇÃO: VITRIOL [Associação para a Divulgação da Língua e Cultura Lusófona]

"Nesta transição de Eras, de viragem de milénio, neste conturbado momento da Humanidade, vamos falar do messianismo português à luz dos nossos maiores filósofos, dos que viveram a pensar Portugal. E nessa esperança, utópica para muitos mas objectiva para outros, de ver surgir uma Nova Era tão anunciada pela maioria das profecias milenares; o V Império, ou Império do Espírito Santo. Um tempo de Harmonia entre os homens e de comunhão com a Natureza. Um tempo de novos paradigmas, de partilha e de amor que deverá construir um futuro melhor para todos" [ler AQUI]

J.M.M.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

JOSÉ CABRAL – MONÁRQUICO E NACIONAL-SINDICALISTA [PARTE II]



José Cabral foi deputado da Assembleia Nacional, entre 1934 (data da sua eleição) e 1950

[a 6 de Dezembro de 1937, apresenta José Cabral (no seguimento do atentado a Salazar de Julho de 1937) "um projecto de alteração ao nº11 do artg. 8º da Constituição", visando ampliar a escala penal contra a segurança de Estado, pela introdução de duas novas categorias, "constituídas pela pena capital e pela de trabalhos públicos", deste modo reforçando o "sistema defensivo da Autoridade e da Ordem". Esta tentativa do restabelecimento da pena de morte e castigos Corporais Perpétuos em Portugal pela mão de José Cabral não teve êxito – ver sobre este assunto, "A Crise da República e da Ditadura Militar”, de Luís Bigotte Chorão, 2009, pp. 825-829]


e ficou conhecido por ter sido o autor do projecto-lei sobre a proibição das "Sociedades Secretas" (leia-se, a Maçonaria) em 1935 [apresentou-o na Assembleia da República a 19 de Janeiro; posteriormente, e a esse propósito, é publicado o livro - "Sociedades Secretas" - com introdução do mesmo José Cabral - ver LIVRO DIGITALIZADO AQUI], o que levou à conhecida intervenção pública de Fernando Pessoa em defesa da Maçonaria e das Sociedades Secretas

[que originou uma violenta polémica que envolveu, nos jornais, Fernando de Sousa (n’A Voz), Alfredo Pimenta (idem), Rolão Preto (no Fradique), Joaquim Mendes Guerra (n’A Voz), Artur Bivar (no Novidades), Thomaz Ribeiro Colaço (no Fradique), António Tinoco (idem), José Cabral (n’A Voz) e Manuel Maia Pinto (ex-maçon, publ. no Fradique)]

num extenso, sereno e contundente artigo [“Associações Secretas”] publicado no Diário de Lisboa, a 4 de Fevereiro desse ano [o artigo – ou parte dele - saiu, depois, clandestinamente em opúsculo, sendo esta sua primeira publicação feita a expensas do Grémio Lusitano – voltaremos em breve a este curioso tema. Diga-se, ainda, que um segundo artigo de F. Pessoa foi cortado pela censura]. O projecto-lei de José Cabral foi aprovado [6 de Abril. Dias antes, a 4 de Abril, o Grão-Mestre Norton de Matos demite-se, transferindo os poderes para o Conselho da Ordem, na pessoa do seu presidente, Maurício Costa. A partir da sua morte, a 19 de Maio de 1937, o G.O.L. é dirigido por Luís Gonçalves Rebordão], com parecer favorável da Câmara Corporativa [27 de Março]. A Ordem é banida pela lei nº 1901 de 21 de Maio de 1935, que perdurou até 7 de Novembro de 1974. Na sequência da lei é dissolvido o Grémio Lusitano [portaria de 21 de Janeiro de 1937] e os seus bens [como o Palácio Maçónico e outros templos] passam à posse da Legião Portuguesa [lei nº 1950]. A Maçonaria entrou na clandestinidade, não sem antes ter tomada as necessárias medidas de emergência. Aliás, mesmo face a posições contraditórias, já anteriormente [ver Circular nº1, do GOL, de 10 de Dezembro de 1931 ou a Circular nº7 do Cons. da Ordem, de 10 de Março de 1933] tinha o G.O.L. reconhecido as ameaças e os intuitos persecutórios da ditadura, compreendendo bem o momento "excepcionalmente grave" que atravessava.

José Cabral colaborou no jornal Revolução Nacional [dir. Manuel Múrias]. Publicou os seguintes livros: “A Confissão”, Fafe, 1906 [conferência realizada em Maio no círculo católico de operários de Viseu] e “Sociedades Secretas”, Editorial Império, 1935 (142 p.).

Morre de cancro, em Lisboa, a 10 de Junho de 1950.

No seu funeral (Alto de S. João) estiveram presentes, entre outros, um corpo de legionários e membros da sua Junta Central, representantes do governo e da União Nacional, deputados, o director geral da Administração Política e Civil do Ministério do Interior, Pires de Lima, João Almeida (dir. geral do ensino secundário), Supico Pinto, Manuel Andrade de Sousa, Augusto de Castro, João Moreira de Almeida, Hipólito Raposo, o conde de Águeda, Manuel Múrias, Amaral Pyrrait, Nogueira Leite, Costa Leite.

FOTO: reprodução do panfleto "Um Grupo de Patriotas contra a proibição da Maçonaria (1935)", via Ephemera, com a devida vénia [CLICAR na foto para ler]


J.M.M.

JOSÉ CABRAL – MONÁRQUICO E NACIONAL-SINDICALISTA [PARTE I]


JOSÉ CABRAL, aliás José Pereira dos Santos Cabral [1885-1950], nasceu [16 de Setembro] em Travanca de Tavares (Mangualde). Formado em Direito por Coimbra [entra em 1906-07], foi advogado em Fornos de Algodres, director-geral dos Serviços Prisionais (1929), presidente da direcção da Associação do Patronato das Prisões, director geral dos Serviços Jurisdicionais de Menores, director dos Serviços de Acção Social e Política da Legião Portuguesa (medalha de oiro, por dedicação), administrador das Companhias Reunidas de Gás e Electricidade, da Companhia das Águas de Lisboa e presidente da assembleia-geral da Companhia de Seguros "Europeia".

Monárquico [aparece como candidato eleito nas listas monárquicas, pelo círculo nº 18 de Gouveia nas eleições de 28 de Abril de 1918 e participa na revolta monárquica de 1919, tendo de exilar-se em Espanha] e católico, pertenceu ao grupo fascista formado em torno da revista Ordem Nova, à Liga Nacional do 28 de Maio e foi militante nacional-sindicalista [integrou e chefiou o grupo de Coimbra, fazendo parte do directório do Grande Conselho Nacional Sindicalista]. Mais tarde aderiu ao Salazarismo e à União Nacional [participa, mesmo, no I Congresso na União Nacional] rompendo (Março de 1934) com chefia dos “camisas azuis” de Rolão Preto e Alberto de Monsaraz [a cisão no movimento nacional-sindicalista e o “trânsito” para o Estado Novo foi acompanhada por outros, como Pedro Teotónio Pereira, Manuel Múrias, João Costa Leite (Lumbrales), Fernando Pires de Lima, Eusébio Tamagnini, Cabral Moncada, Ramiro Valadão, Supico Pinto, Dutra Faria, Luís Forjaz Trigueiros, Amaral Pyrrait, Castro Fernandes].

Curiosamente a proposta de dissolução do Movimento Nacional-Sindicalista (e a aceitação da liderança por Salazar) partiu do próprio José Cabral, na reunião do directório de Agosto de 1934 (já com a direcção ausente no exílio), presidida por Eusébio Tamagnini. A 18 de Agosto de 1934 sai o último número do jornal diário Revolução Nacional [sob direcção de Manuel Múrias, 146 numrs. As dívidas do jornal foram pagas por ordem de Salazar - VER jornal Revolução e Revolução Nacional AQUI], anunciando o seu termo. Os ex-fascistas tinham, por fim, chegado à governação. Por seu lado, os correligionários de Rolão Preto partiram para o exílio, entram na clandestinidade e não espanta que tenham aderido, mais tarde, às várias lutas e intentonas reviralhistas contra a ditadura, ao lado dos seus antigos adversários.

[a continuar]

J.M.M.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O DÉFICE FINANCEIRO EM 1879


Na imagem, uma caricatura acutilante do sempre critico, mas atento artista Rafael Bordalo Pinheiro, a propósito da situação que se vivia em Portugal há 133 anos atrás. A caricatura foi publicada na revista O António Maria, de 12 de Junho de 1879.

Em 1879, o défice era grande, a dívida externa também e os partidos políticos existentes, o Partido Regenerador, liderado por Fontes Pereira de Melo era considerado o grande responsável pela situação. O Partido Progressista, fundado em 1876, no célebre Pacto da Granja, era então liderado por Anselmo José Braamcamp.

A situação que começara a agravar-se em Portugal desde 1876, tornou-se ainda mais sensível com a eclosão do escândalo financeiro dos finais de Maio de 1879, envolvendo o Banco Nacional Ultramarino, que atingiu a personalidade de António de Serpa Pimentel, ligado ao Partido Regenerador.

O rei da época, D. Luís, que chamou o Partido Progressista a formar governo em 1 de Junho de 1879, substituindo o Partido Regenerador de Fontes Pereira de Melo.

Quantas semelhanças seria possível estabelecer com dias que vamos vivendo atualmente? Mudam-se as personagens, o contexto da época, mas alguns problemas mantêm-se muito semelhantes.

A.A.B.M.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A NOVA REPÚBLICA DO PÓS-GUERRA (1919-1926): COLÓQUIO

Vai realizar-ne no próximo dia 27 FEVEREIRO 2012, próxima segunda-feira, na Sala Multiusos 3 (4º andar), Edifício I&D/ FCSH-UNL, Avenida de Berna, nº 26, em Lisboa, um colóquio subordinado ao título em epígrafe. Este colóquio é organizado pelo Instituto de História Contemporânea, pelo grupo de Política Comparada, com os investigadores ligados à linha de investigação Primeira República e Republicanismo. O programa do colóquio segue discriminado abaixo: 10.00 | 10.45 Sessão de abertura Enzo Traverso (Université de Picardie) 11.00 | 11.50 Painel 1 Monsanto e a refundação da República Maria Alice Samara (IHC - UNL) A República do pós-guerra e os conflitos da modernidade Ana Catarina Pinto (IHC - UNL) Comentário António José Telo (Academia Militar) 11.50 | 12.30 Debate 14.00 | 15.05 Painel 2 No Palco de Ares: as representações da Primeira Grande Guerra e dos seus efeitos no teatro Cláudia Figueiredo (IHC - UNL) A crise social do primeiro pós-guerra: contributo para a compreensão da realidade portuguesa Joana Dias Pereira (IHC - UNL) As Políticas Sociais em Portugal no pós I Guerra Mundial: reforma sem efeito? David Pereira (IHC - UNL) Um evento a acompanhar com todo o interesse. A. A. B. M.

QUE VIVA JOSÉ AFONSO!




J.M.M.

HISTÓRIA MEMÓRIA E VIOLÊNCIA NO SÉCULO XX: COLÓQUIO INTERNACIONAL

O INSTITUTO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA, vai realizar nos próximos dias 24 e 25de Fevereiro de 2012, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, Sala Multiusos 3, Piso 4, Edifício I&D, no âmbito da Linha de Investigação Poder, Cultura & Ideias, com a Coordenação de José Neves, Luís Trindade, Pedro Martins e Tiago Avó, um colóquio internacional subordinado ao título: História Memória e Violência no século XX. Ao longo de dois dias vão participar com o resultado das suas pesquisas os seguintes investigadores: Javier Rodrigo Sanchez, António Monteiro Cardoso, Miguel Cardina, Fernando Ampudia Haro, Fernando Rosas, Enzo Traverso, Maria Benedita Bastos, Manuela Ribeiro Sanches, Manuel Deniz Silva e António Guerreiro. Um colóquio a acompanhar com toda a atenção. [NOTA: clicar na imagem para aumentar.] A.A.B.M.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

LEAL DA CÂMARA. "O LEGADO DO MESTRE"


CONFERÊNCIA: LEAL DA CÂMARA. "O LEGADO DO MESTRE";
LOCAL: Casa Museu Leal da Câmara;
ORADOR: Júlio Cortez Fernandes;
DIA: 22 de Fevereiro (18,00 horas).

«Leal da Câmara – "o legado do mestre” é o tema de uma conferência, pelo mestre Júlio Cortez Fernandes, no próximo dia 22 de fevereiro, pelas 18H00, na Casa Museu Leal da Câmara.

O objetivo é abordar uma das facetas do labor do mestre Leal da Câmara, demonstrativa da importância acrescida que as suas ideias devem assumir no contexto da cultura universal.

A personalidade de Leal da Câmara tem sido estudada, focando a sua produção artística como caricaturista e pintor de costumes e paisagens. No entanto, a sua criatividade na área do urbanismo e realizador de “sonhos” está por desvendar ...
» [ler AQUI]

J.M.M.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

O FASCISMO CATEDRÁTICO DE SALAZAR


Foi recentemente publicado o resultado da investigação realizada por Jorge Pais de Sousa sobre a instalação do regime salazarista. A obra foi editada pela Imprensa da Universidade de Coimbra.

Ao longo de mais de quinhentas páginas o autor analisa e procura compreender a ascensão de um conjunto de professores universitários, onde se destaca António de Oliveira Salazar, mas não só, que empreendem uma conquista do poder político num contexto de crise e falência do regime republicano. As razões dessa falência foram aproveitadas e acabaram por conduzir a um largo período de ditadura, conhecido por salazarismo ou Estado Novo.

A parte essencial do livro concentra-se nas várias razões que ao longo do tempo da República vão contribuindo para se encontrar uma resposta política para as fraquezas desse mesmo regime. A análise do processo centra-se muito na fase da 1ª República Portuguesa quando algumas das principais figuras do Estado Novo se vão afirmando, tomando posições criticas em relação ao poder político existente e estabelecendo relações de maior proximidade entre si.

Pode ler-se na nota de abertura da obra:
A investigação incide sobre um período particularmente fecundo da historiografia portuguesa acerca do regime que dominou quase inteiramente a sua história do século XX. Num quadro de atenta reconstrução da vida política nacional, em cujo âmbito se tem vindo progressivamente a consolidar a afirmação de Salazar e do seu regime político, é de maneira convincente que o autor estabelece uma relação entre a afirmação do fascismo, em Portugal, e as rupturas epocais produzidas pela Grande Guerra, apesar da escolha de neutralidade feita pelas suas elites políticas. Não é, de facto, por acaso, que a elaboração teórica do futuro ditador, que o levou a assumir um papel significativo na cena política, decorreu dos seus estudos sobre a economia de guerra (...)

Para delinear as características específicas desta variante lusitana do fascismo continental, Jorge Pais de Sousa retoma e valoriza a definição de “fascismo de cátedra”, proposta nos anos trinta pelo poeta e filósofo espanhol Miguel de Unamuno para definir o Estado Novo, na tentativa de superar o dualismo interpretativo entre aqueles historiadores (Torgal, Rosas, Collotti, Loff) que colocaram a tónica sobre as características plenamente fascistas do regime português, e outros investigadores que, na senda das taxionomias elaboradas pela politologia americana sobre o totalitarismo (Costa Pinto, Payne, Nolte, Gentile), o situaram no campo do tradicional autoritarismo. A obra não se exime, pois, à questão metodológica central do actual debate historiográfico, tendo o mérito de enfrentar uma contraposição que dividiu a historiografia portuguesa, no intento de fornecer uma abordagem original capaz de a superar, para libertar a pesquisa histórica da vinculação a um debate que se arriscava arrastá-la para uma linha morta.

Alberto De Bernardi
Universidade de Bolonha


Sobre o autor pode ler-se:
Fez o Doutoramento e o Mestrado em História Contemporânea, a Especialização em Ciências Documentais, e a Licenciatura em Filosofia, na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra.

Bibliotecário de profissão, quando não é bolseiro de investigação. Membro do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20). Integra o grupo de investigação Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano, com sede na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Obteve, em 2011, uma Bolsa de Pós-Doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

Publicou os livros Bissaya Barreto: Ordem e Progresso (Coimbra, 1999), que foi tese de mestrado e se encontra esgotado, e Uma Biblioteca Fascista em Portugal (Coimbra, 2007). O livro O Fascismo Catedrático de Salazar, que foi tese de doutoramento, culmina a publicação de uma constelação de estudos dedicada aos seguintes temas: A Presença de Santo Agostinho na Obra de Hannah Arendt (Coimbra, 2004); La Prima guerra mondiale e le origini ideologiche dello Estado Novo (Roma, 2006); O Estado Novo perante o 28 de Maio e o Fascismo (Coimbra, 2006); O Estado Novo de Salazar como um Fascismo de Cátedra (Bolonha, 2009); Jaime Cortesão (Coimbra, 2010); Fascismo de Cátedra, Violência e Intolerância (São Paulo, 2010) – ensaio que integra o livro de actas Tempos de Fascismo que foi no Brasil, em 2011, 2.º Prémio Jabuti de Ciências Humanas; O Estado Novo de Salazar como um Fascismo Catedrático: Fundamentação Histórica de uma Categoria Política (Ponta Delgada, 2011); e Os Futuristas e a República (Coimbra, 2011).


Uma interessante obra que recomendamos aos nossos ledores.

A.A.B.M.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

TRATAR, ESTUDAR, DISPONIBILIZAR:UM FUTURO PARA AS BIBLIOTECAS PARTICULARES

Nos próximos dias 1 e 2 de Março de 2012, vai realizar-se no Palácio Fronteira, um interessante colóquio sobre as famílias/instituições detentoras de bibliotecas particulares. Tendo como grande objetivo tratar, estudar e disponibilizar o recheio dessas bibliotecas. A comissão científica é constituída por: Vanda Anastácio, Aires Nascimento e Artur Anselmo. Entre os investigadores presentes contam-se José Pacheco Pereira (também ele detentor de uma grande biblioteca pessoal), Cristina Domingues, Margarida Cunha, Patrícia Gomes, António Ramalho, João Luís Lisboa, Teresa Payan Martins, Manuela Delile, Luiz Fagundes Duarte, Isabel Cepeda, Luiza Braga de Macedo, entre vários outros. Um conjunto assinalável de historiadores do livro e das ideias em Portugal que merece a nossa divulgação e despertará o interesse em mais gente interessada na temática. Para acompanhar o evento consultar a página do Centro de História da Cultura e o programa detalhado pode ser obtido AQUI. Um evento a acompanhar com todo o interesse. [NOTA: Clicar na imagem para aumentar] A.A.B.M.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

BIBLIOGRAFIA DO DISTRITO DE BRAGANÇA


Vai ser apresentada na próxima segunda-feira, dia 20 de Fevereiro de 2012, o primeiro volume da Bibliografia do Distrito de Bragança que tem vindo a ser desenvolvida pelo nosso particular amigo Dr. Hirondino da Paixão Fernandes.


O evento enquadra-se nas comemorações dos 548 anos da elevação de Bragança a cidade. Esta comemoração ficará marcada pela edição da obra monumental, desenvolvida ao longo de muitos anos de investigação, em arquivos, e incansável labuta com revistas e jornais para acrescentar mais elementos biobibliográficos aos autores naturais do distrito de Bragança. Sendo uma obra que presentemente já ultrapassou os seis milhares de páginas com muitos milhares de referências de artigos e livros publicados pelos autores naturais daquele distrito.

Um evento que, segundo fomos informados, contará com a presença dos mais importantes representantes da cidade, da edilidade, das organizações existentes no concelho, bem como de algumas personalidades naturais da região que anunciaram a sua presença como o Professor Adriano Moreira (Presidente da Academia das Ciências de Lisboa), autores locais e do Secretário de Estado da Cultura, Francisco José Viegas.

A apresentação da obra estará a cargo do Professor Doutor Telmo Verdelho.

Aproveitamos para desejar o maior sucesso para o evento e ficamos a aguardar os restantes volumes, já que nas mais de oito centenas de páginas deste, só entraram os autores correspondentes às letras A e B. Os restantes irão sendo publicados ao longo do tempo.

A.A.B.M.

MANIFESTO CÍVICO PELA MORALIZAÇÃO DA REPÚBLICA


MANIFESTO CÍVICO PELA MORALIZAÇÃO DA REPÚBLICA, pela Comissão Cívica de Coimbra (Centenário da República), Coimbra, 5 de Outubro de 2010.

"A vida política portuguesa vem dando, nos últimos tempos, sinais inquietantes do alastramento de uma crise cívica e moral grave. Ela necessita, pois, urgentemente, de espaços de reflexão e de intervenção dos cidadãos na polis, para fazer face a essa crise larvar, restituindo-lhes a confiança nas instituições democráticas, abalada por uma suspeição cada vez mais generalizada acerca da sua representatividade e do seu funcionamento …" [in Manifesto ..., p.1]

J.M.M.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AFONSO COSTA - DISCURSOS PARLAMENTARES


AFONSO COSTA, "DISCURSOS PARLAMENTARES" [compil., pref. e notas de A. H. de Oliveira Marques], Publicações Europa-América/Livraria Bertrand, 1973, 1976 e 1977, III vols (completo).

"... Do ponto de vista da luta de classes, o que nos parece bem mais realista encontrar nesse período – para lá de fenómenos ocasionais – é antes um conflito intenso entre média e pequena burguesia, por um lado, e grande burguesia (incluindo nesta os aristocratas e os latifundiários), pelo outro. O proletariado, porventura na sua maior parte, foi a reboque desta última. Serviu os interesses dela, mais do que os seus, nesse combate que travou contra aqueles que, no fundo, estavam bem mais próximos das suas aspirações e dos seus desejos ...

Os proletários que se julgavam mais cônscios da sua classe e dos seus interesses fizeram, quase sempre, o jogo da reacção, sem o saberem. Aplaudiram os movimentos reaccionários, quando não contribuíram eficazmente para a sua organização e triunfo. Atacaram sem descanso a corrente mais radical e mais progressiva do Partido Democrático – a única que lhes poderia dar apoio e que, por seu turno, precisava do seu apoio –, inutilizando todos os esforços de consolidação do regime numa via esquerdista, contribuindo para a instabilidade e, nestes termos, para o fracasso da Revolução com que sonhavam ...

[...] em Afonso Costa, vemos exactamente o representante mais acabado dessa corrente progressiva que marcava o rumo que a República teria de seguir para se converter em regime democrático e popular. O seu pensamento político [...] foi sempre o da unidade das forças de esquerda que pudesse consolidar o regime e vibrar um golpe mortal aos seus inimigos – não apenas os monárquicos e o clero como tais, mas também os grandes possidentes, detentores do grosso da riqueza nacional. [...]
"

via FRENESI
J.M.M.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

A MAÇONARIA: INSTITUIÇÃO DE SABER OU DE PODER?


CICLO DE CONFERÊNCIAS: A MAÇONARIA EM PORTUGAL DO SÉCULO XVIII AO SÉCULO XXI - MUSEU BERNARDINO MACHADO (Famalicão)

CONFERÊNCIA: A MAÇONARIA: INSTITUIÇÃO DE SABER OU DE PODER?
ORADOR: Fernando Lima [Gr. M. do Grande Oriente Lusitano]
DIA: 17 de Fevereiro (21,30 horas);
LOCAL: Museu Bernardino Machado (Vila Nova de Famalicão).

J.M.M.

EUGÉNIO RODRIGUES ARESTA (Parte II)


O militar, filósofo e intelectual era figura reconhecida nos meios culturais portuenses e nacionais. Eugénio Aresta acompanha um conjunto de antigos alunos da Faculdade Letras da Universidade do Porto, liderados por Leonardo Coimbra, “cujo pensamento sobre eles exercera decisiva influência”. Conhece e convive com grande parte das figuras da cultura portuense da primeira metade do século XX como Delfim Santos, José Marinho, Álvaro Ribeiro, Sant'Anna Dionísio, Agostinho da Silva e Augusto Saraiva, que estiveram na origem da Revista Portuguesa de Filosofia, conforme assinala António José de Brito AQUI.

Na sua obra Algumas Considerações sobre Propriedade Literária e o Plágio Apoiadas num exemplo Elucidativo [Edições Marânus, Porto, 1943] tece duras considerações sobre a obra de Raul Leal, intitulada Repetidor de Filosofia, Livraria Educação Nacional, Porto, 1942. Segundo Eugénio Aresta, “trata-se na verdade de um livro de texto, com 364 páginas, compacto, bem ordenado, sobretudo na parte que diz respeito à Psicologia, ilustrado, apresentado enfim de maneira a não comprometer as responsabilidades de um Bidour que na Sorbonne, teve ocasião de ouvir as lições dos grandes mestres e pensadores franceses, tais como Bergson” [p. 29]. Mas mais adiante, inicia o seu rol de criticas ao livro “propomo-nos verificar se poderá lançar-se fundamentadamente uma acusação de plágio e de invasão abusiva da propriedade literária alheia, sem respeito pelos direitos reservados” [p. 29]. Na parte final, depois de tentar demonstrar as várias formas de plágio que encontrou, termina de forma cortante, “o livro que o sr. Leal pretende misturar com este muitos que por aí circulam, é um intruso, é um livro desonesto, é um livro pirata, cuja camaradagem não pode ser aceite pelos outros sem um veemente protesto” [p. 181].

Em 1949, Eugénio Aresta participa de forma ativa na campanha do General Norton de Matos, tendo sido um dos oradores convidados para o famoso comício de 23 de Janeiro, no Centro Hípico da Fonte da Moura, na cidade do Porto. Porém, segundo o comunicado enviado à imprensa pelos Serviços da Candidatura, acabou por não discursar “devido ao adiantado da hora” [“O Sr. General Norton de Matos manifesta a sua satisfação pela forma como decorreu o comício de ontem”, Diário de Lisboa, Lisboa, 24-01-1949, Ano 28, nº 9395, p. 7, col. 3, consultável AQUI.]. Nessa mesma época concede uma entrevista ao jornal Diário Popular onde se manifesta contra o entendimento entre a Oposição Democrática e o Partido Comunista e revelava a sua preocupação com o interesse demonstrado pela Rádio Moscovo pela candidatura de Norton de Matos.

Faleceu a 24 de Agosto de 1956 na cidade do Porto, após uma doença prolongada resultante dos gaseamentos sofridos na campanha da 1.ª Guerra Mundial. Era casado com Maria Manuela Aragão Mendes Aresta e pai de Manuel Borges Rodrigues Aresta e de Eugénio Borges Aresta.

Colaborou nas seguintes publicações:
Águia [Porto, 1910-1932], Portucale [Porto, 1928-1945], Prisma [Porto, 1936-1941], Luta [Lisboa, 1906-1923], República [Lisboa, 1911-1927; 1930-1975], Universidade [Porto, 1924]

Publicou:
- A guerra de sempre: (novela dum soldado), A.J. d'Almeida, 19??;
- O Existencialismo como filosofia do desespero;
- Ensaio sobre o Bergsonismo;
- Primeiras Noções de Filosofia, Livraria Tavares Martins, 1933;
- Uma liçao de psicologia a-propósito da obra de Júlio Deniz, Câmara Municipal do Pôrto, 1939;
- Algumas considerações sobre a propriedade literária e o plágio apoiadas num exemplo elucidativo, Ed. Marânus, 1943;
- “Características da Colonização Portuguesa na conquista, na ocupação e na valorização do indígena”, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Volume 63, Parte 1, 1945.

Sobre Eugénio Aresta:
- Manoel D'AragÃoEugénio Aresta. Apontamentos de Biografia e de Bibliografia Subsídios para a História da Escola Filosófica Portuense, Porto, Edição do Autor, 1980, 29 p.

[NOTA: A fotografia apresentada acima é uma imagem panorâmica do comício realizado pelo general Norton de Matos, em 13 de Janeiro de 1949, no Centro Hípico da Fonte da Moura, na cidade do Porto.]

A.A.B.M.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

EUGÉNIO RODRIGUES ARESTA (Parte I)


Filho de Manuel Aresta Jorge e de Inácia Rodrigues Aresta, nasceu em Moura, distrito de Beja, a 23 de Maio de 1891. Escolhendo a carreira militar como futuro profissional, realizou os seus estudos na Escola do Exército, tendo sido promovido na arma da Infantaria: a Praça (1909), a Alferes (1914) e a Tenente (1917); e nomeado Oficial instrutor de metralhadoras pesadas e adjunto da Comissão Técnica da Arma da Infantaria. Sob comando do General Pereira da Eça, integrou a Coluna Expedicionária a Angola, em 1915, distinguindo-se na campanha para a ocupação da região do Cuanhama.

Com a eclosão da 1.ª Guerra Mundial e subsequente participação de Portugal, foi mobilizado para o Corpo Expedicionário Português e enviado para a frente da batalha na Flandres, sendo agraciado pela sua acção militar com duas condecorações da Cruz de Guerra e as "fourragères" da Torre e Espada e do Valor Militar.

De regresso a Portugal após a assinatura do Armistício, a par da vida militar iniciou a sua incursão na vida política filiando-se no partido da União Republicana, de Brito Camacho. Assim, para além da colaboração no jornal A Lucta, foi eleito deputado por esse partido pelo círculo de Beja entre 1921-1922 [Partido Liberal] e entre 1922-1925. Colocado numa unidade militar do Porto, onde veio a constituir família, decidiu então retomar os estudos universitários, matriculando-se na 1.ª Faculdade de Letras do Porto, no curso de Ciências Filosóficas.

Membro da Maçonaria na Loja Progredior, agraciado com o grau de Mestre Maçon em 1926, passou à oposição na sequência do triunfo da Ditadura Militar, sendo um dos conspiradores da frustrada Revolta de 3 de Fevereiro de 1927, no Porto, o primeiro dos golpes "reviralhistas". Esta participação ditou a sua prisão e julgamento, sendo sentenciado à exoneração do Exército e à deportação por um ano para S. Tomé e Príncipe. Concluiu a licenciatura em Ciências Filosóficas em 19 de Julho de 1928, após o seu regresso ao Porto, defendendo uma dissertação sobre o método filosófico de Bergson, com a qual obteve a classificação de 20 valores.

Em 1933 foi reintegrado no Exército como capitão do Quartel-General da 1.ª Região Militar; contudo, recusado o grau de Coronel devido ao seu ideário político, quatro anos mais tarde solicitou a passagem à reserva, optando pela carreira como docente no ensino liceal privado nos Colégios de Almeida Garrett e de João de Deus, ambos na cidade do Porto. De resto, a sua ligação aos movimentos de oposição ao Estado Novo vedaram-lhe integralmente o ingresso nos ensinos liceal oficial e universitário, para o qual fora recomendado pelo Dr. Aarão de Lacerda, embora sem inviabilizar a publicação de manuais para o ensino liceal da Filosofia, através da Editora Marânus. [Sobre a importância dos seus manuais de Filosofia, consultar a tese Luísa Margarida de Mendonça Freire Nogueira, intitulada A Filosofia no Espaço Escolar, disponível AQUI].

Como professor falava com vivacidade, sedução e brilho dos grandes filósofos. Um dos seus alunos foi o pensador Agostinho da Silva conforme se afirma AQUI.

(em continuação)
A.A.B.M.

A PÁTRIA




ALMANACH D'O MUNDO para 1910 [capa], III Ano, 1909, Imprensa Libanio da Silva, 29-31, Rua das Gaveas, Lisboa [Editor e Propr. França Borges]

Almanaque d'O Mundo AQUI DIGITALIZADO [Ano 1 (1908)-Ano. 7 (1914), Lisboa, Oficinas do jornal "O Mundo", 1907-1913 (completo, 7 nurms)]

J.M.M.

LIBERALISMO E ANTILIBERALISMO- COLÓQUIO

Vai realizar-se no próximo dia 13 de Março de 2012, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa um colóquio subordinado ao título em epígrafe, organizado pelo Centro de História, no âmbito do grupo de investigação Memória e Historiografia e coordenado pelo Doutor Ernesto Castro Leal. Entre os oradores contam-se Norberto Cunha, Manuel Cardoso Leal, Ernesto Castro Leal, José Esteves Pereira, António Ventura e António Costa Pinto. Uma interessante iniciativa, que merece divulgação entre todos aqueles que se interessam pelas temáticas a tratar, até porque tem um conjunto importante de investigadores com provas dadas neste domínio. Com os votos do maior sucesso. A.A.B.M.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO PORTUGUESA DE 1820


ARRIAGA, JOSÉ D' - História da Revolução Portuguesa de 1820, Porto, Livraria Portuense Lopes e C.ª editores, 1886-1889. In-4.º,4 volumes.

[Ilustrada com retratos dos patriotas mais ilustres da época e ampliada com magníficos quadros representando os factos históricos mais notáveis descritos na obra, e compostos e desenhados por distintos artistas nacionais - Columbano Bordallo Pinheiro, João Marques da Silva Oliveira, Caetano Moreira, Joaquim Vitorino Ribeiro - via FRENESI]

História da Revolução Portuguesa de 1820 AQUI digitalizada.

J.M.M.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

JOAQUIM DE CARVALHO WEB SITE



O Dr. JOAQUIM DE CARVALHO, republicano e maçon, "professor, erudito, filósofo, escritor, bibliófilo, homem de cultura de mérito excepcional – tem a homenagem, a lembrança e a presença de todos aqueles que, em testemunho de gratidão pelo cidadão, pelo mestre universitário e pela copiosa e insigne obra que nos legou, sempre se curvaram perante a sua saudosa memória" - dissemos NÓS AQUI.

HOJE passou o estimado Mestre (e o seu legado) a ter presença assídua entre nós, na Internet, onde nos acolhe num promissor Web Site. A seguir com justificada atenção!

"Pensador e ensaísta, erudito e professor, Joaquim de Carvalho foi, nas quatro décadas que vão de 1918 a 1958, ano da sua morte, uma das maiores figuras, em Portugal, dos estudos a que se dedicou, e em todos estes domínios deixou a marca duradoura da sua personalidade de excepção” [ler aqui joaquimdecarvalho.org]

WEB SITE DO DR. JOAQUIM DE CARVALHO [joaquimdecarvalho.org] AQUI

FOTO 1: Certificado de grau [Rito Francês] passado a Joaquim de Carvalho, obreiro da Loja A Revolta (Coimbra) do GOLU [Joaquim de Carvalho, em 1912, com vinte anos, foi iniciado na Maçonaria, com o nome simbólico de Guyau, na loja "A Revolta" de Coimbra (loja fundada em 1909, integrada posteriormente no Grande Oriente Português e em 1911 no Grande Oriente Lusitano Unido, com o nº 336. Manteve-se activa durante a clandestinidade), onde se manteve até 1924. Em 1919, Joaquim de Carvalho atinge o grau do Rito Francês]

FOTO 2: Joaquim de Carvalho com os amigos em Coimbra [da esquerda para a direita: dr. Manuel Monteiro, Vaz Serra, Sílvio Lima e Mário Santos] - in Fotobiografia

J.M.M.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

DECLARAÇÃO DE GUERRA DA ALEMANHA A PORTUGAL - 9 DE MARÇO 1916




in jornal A CAPITAL, VI Ano, nº 2007, 10 de Março de 1916.

J.M.M.

GERMANY'S LOST EMPIRE IN AFRICA


GERMANY'S LOST EMPIRE IN AFRICA

"Germany's lost empire in Africa [Material cartográfico. - Escala [ca. 15000000]. - London : Stanford's Geog. Estabt., 18--]. - 1 mapa"

via Biblioteca Nacional

J.M.M.

LA LYS - "PORTUGUESES! 2 MINUTOS DE SILÊNCIO!!


PORTVGVESES! 2 MINUTOS DE SILENCIO! Ás 17 horas de 9 d'Abril

"A batalha de La Lys, também conhecida por batalha de Armentières, foi a principal participação portuguesa na 1ª Guerra Mundial

- Reprodução litográfica: Silhueta de soldado, armado de espingarda com baioneta, avança entre arame farpado"

[Visual gráfico]: Ten. A. Baptista, 1923, S.l. (1923), s.n.

via Biblioteca Nacional [Primeira Guerra Mundial, 1914-1918 (Cartazes)]

J.M.M.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

DOS SALVADORES!


O que mais me importa na Sociedade é que ela seja para mim uma garantia, que me inspire confiança. ‘Com o que eu posso contar?’ – eis a questão essencial.

Tenho necessidade de me sentir em segurança, de pisar um mundo sólido, consistente, que se me não furte debaixo dos pés, que não me reserve surpresas, ciladas, armadilhas, alçapões. Portanto, antes de mais nada, antes dos caminhos de ferro, das estradas, das quedas de água, dos canais: o sentimento de segurança. O direito garantido, protegido – real, concreto, eficaz. Fim dos guet-apens, das escaladas nocturnas, dos golpes de Estado, das salvações.

Não mais sermos salvos por mais ninguém – que impressão de inefável serenidade! Como será bom quando tivermos a repousante certeza de estarmos, enfim, salvos dos salvadores


Raul Proença, Seara Nova, nº 246, 16 de Abril de 1931

J.M.M.

DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1975-1976)


DIÁRIO DA ASSEMBLEIA CONSTITUINTE (1975-1976), III vols.

"Nestes três volumes, encontram-se os textos, com todas as intervenções em Plenário, da Assembleia Constituinte. Esta, elegeu-se através de eleições no dia 25 de Abril com a participação esmagadora dos portugueses com direito a voto. Cessou em Abril de 1976 com a aprovação da Constituição, tarefa para a qual havia sido criada.Compõem este documento histórico, todos os Diários do número 1, datado de 3 de Junho de 1975 que relata a Sessão Inaugural a 2 de Junho, com a presença e a mensagem do Chefe do Estado, ao Diário 132, os suplementos, nomeadamente ao número 132.Trata-se, na verdade de um documento de grande importância para a história de Portugal recente através do qual se “desenhou” a democracia Portuguesa" [ler AQUI]

via In-Libris

J.M.M.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

DO COURA SE FEZ LUZ. HIDROELETRICIDADE, ILUMINAÇÃO PÚBLICA E POLÍTICA NO ALTO MINHO (1906-1960)


Vai ser apresentado ao público a obra de Paulo Nuno Torres Bento, intitulada Do Coura se fez luz. Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960),publicada pela Afrontamento e Jornal Digital Caminh@2000.

A presente obra insere-se no projeto da EDP intitulado Livros com Energia por ocasião do centenário da inauguração da energia elétrica em Caminha. O evento vai realizar-se no Hotel Porta do Sol, Caminha, pelas 17 horas do próximo dia 4 de Fevereiro de 2012.

Pode ler-se na nota que nos foi enviada:

“Do Coura se fez luz. Hidroeletricidade, iluminação pública e política no Alto Minho (1906-1960)” incide sobre a história da Hidroelétrica do Coura, uma empresa familiar fundada por caminhenses que, a partir da força das águas do rio Coura, levou a “luz do progresso” produzida na Central de Covas (na imagem) até Caminha (1912), Viana do Castelo (1915), Vila Nova de Cerveira (1920), Ponte de Lima (1923) e Paredes de Coura (1937). Assente em pesquisas realizadas nos arquivos e bibliotecas alto-minhotas, com destaque para a consulta da imprensa regional da primeira metade do século XX, este estudo é o primeiro trabalho historiográfico realizado sobre os primórdios e a primeira expansão da eletrificação no Alto Minho e traz consigo interessantes revelações sobre o modo como um empreendimento arrojado e pioneiro assumiu a bandeira da hidroeletricidade e fez a guerra contra os outros sistemas de iluminação pública existentes nos concelhos da região, como o petróleo, o gás de carvão e o acetileno.

Na sinopse da obra pode ler-se o seguinte:

No dia 2 de fevereiro de 1912 foi inaugurada a iluminação pública elétrica da vila de Caminha, a primeira localidade do Alto Minho, e uma das primeiras no país, a beneficiar das vantagens da hidroeletricidade. Deveu-o às generosas águas do rio Coura e ao engenho da Hidroelétrica do Coura, uma empresa familiar fundada por caminhenses que, nos anos seguintes, a partir da Central de Covas, levou a “luz do progresso” a Viana do Castelo (1915), Vila Nova de Cerveira (1920), Ponte de Lima (1923) e Paredes de Coura (1937). Um empreendimento arrojado e pioneiro que assumiu a bandeira da hidroeletricidade e fez a guerra contra os outros sistemas de iluminação pública existentes na região, como o petróleo, o gás de carvão e o acetileno.

Nascida em tempos monárquicos, a Hidroelétrica do Coura foi uma verdadeira empresa da República, com uma vida atribulada e influenciada pela vertigem dos sucessos políticos, tanto à escala regional como nacional e mundial, como aconteceu durante a Grande Guerra. Numa época de liberalismo económico, soube aproveitar os ventos partidários favoráveis para se impor no Alto Minho mas, ao contrário de outros mais poderosos, serviu a região com a energia nela produzida. No advento do Estado Novo, aguentou o primeiro embate da regulação do setor elétrico nacional mas depois não foi capaz de suster a investida do condicionamento industrial imposto por Salazar.


Sobre o autor pode ler-se o seguinte:

Paulo Nuno Torres Bento, nasceu em Tondela em 1962 e vive em Vilar de Mouros desde 1995. Licenciado em História pela Universidade do Porto e Mestre em Educação pela Universidade do Minho, é professor na EB 2,3/Secundária de Caminha. Membro fundador do Grupo de Estudo e Preservação do Património Vilarmourense, publica regularmente na imprensa regional a série de crónicas História Nossa. É autor de Currículo e Educação para a Cidadania (2000), José Porto (1883-1965). Desvendando o Arquitecto de Vilar de Mouros (2003), Flausino Torres (1906-1974). Fragmentos e Documentos Biográficos de um Intelectual Antifascista (2006), Ruas de Caminha. Toponímia e História da Vila da Foz do Minho (2009), Da Monarquia à República no Concelho de Caminha (2010) e co-autor de Desenvolvimento Pessoal e Social e Democracia na Escola (1993), Ferreiros e Serralheiros de Vilar de Mouros (2008), Dos Caiadores aos Estucadores e Maquetistas Vilarmourenses (2009) e Álbum de Memórias do Centro de Instrução e Recreio Vilarmourense (2011).

Uma obra que acompanha a história de uma empresa, neste caso do setor elétrico, um dos setores que conheceu alguns avanços importantes durante o período republicano. Têm vindo a surgir nos últimos tempos vários estudos de casos de empresas ligadas a este processo.

A ler com atenção.
A.A.B.M.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

CAPITÃO LEITÃO


FOTO da capa do Arquivo Nacional [dir. Rocha Martins], Ano IV, nº 131, Lisboa, 6 de Fevereiro de 1935

O Capitão Leitão [António Amaral Leitão] "nasceu no dia 7 de Março de 1845 em Farminhão, Viseu. Militar no Regimento de Infantaria 10 no Porto, foi um dos principais impulsionadores da revolta de 31 de Janeiro de 1891. Como a revolução fracassou a maioria dos envolvidos, militares, estudantes, intelectuais, foram presos ou tiveram de fugir.

O capitão Leitão tentou escapar disfarçado e fugiu a cavalo para Viseu, mas foi denunciado às autoridades por um padre que o reconheceu. Acabou por ser preso e julgado pelo Conselho de Guerra que o condenou a seis anos de prisão ou em alternativa a 20 anos de degredo em Angola. Esta foi a sua escolha.

Quando chegou a Angola, o Capitão Leitão e o actor Miguel Verdial, julgado pelo mesmo delito, construíram um caixote para se esconderem e regressarem a Portugal como se fossem mercadoria.

Voltaram a ser descobertos, mas mais uma vez conseguiram escapar e chegar a Paris de onde o capitão partiu para o Brasil.

Em 1901 regressou a Portugal. Morreu no dia 14 de Janeiro de 1903
" [via 31 de Janeiro - Associação Civica e Cultural]

J.M.M.

ALVES DA VEIGA: O CHEFE CIVIL DO 31 DE JANEIRO



LEGENDA: Alves da Veiga o chefe civil do 31 de Janeiro, in A Hora, jornal ilustrado [dirc. Bandeira de Tóro], Ano XLVII, Lisboa, Janeiro de 1981 (2ª série), nº 133.

via OH! A República Um Século de Memórias, p. 75

J.M.M.