sexta-feira, 24 de novembro de 2006

IMPRENSA PERIÓDICA PORTUGUESA



Segundo Alfredo da Cunha [Elementos para a História da Imprensa Periódica Portuguesa - 1641-1821, publicado em Lisboa em 1941], António da Silva Túlio, em 1851, tinha intenção de dar à "estampa" uma História do Jornalismo em Portugal (infª vinda de mestre Inocêncio, evidentemente no seu Dicionário], mas ao que se sabe nunca foi avante. Em 1875, no jornal Conimbricense (de muita estimação), Joaquim Martins de Carvalho referia a necessidade da feitura de tal trabalho, solicitando, para tal tarefa os conhecimentos de "Tito de Noronha, António Maria Leone e o Visconde de Azevedo", "António da Silva Túlio, Henrique de Carvalho Prostes e Inocêncio Francisco da Silva", "José Joaquim da Silva Pereira Caldas" e "Joaquim de Sousa Teles de Matos". Até então (diz-nos Alfredo da Cunha, ob. cit., e que seguimos doravante) o "jornalismo português [era] considerado pouco digno de atenção e estudo". Nas várias Histórias da Literatura "quasi passa despercebido" [idem, ibidem].

De algum modo, Oliveira Martins [Portugal Contemporâneo] assinala o "periodismo" nacional, existindo várias referências no "Panorama" e no "Archivo Pittoresco" (dir. Silva Túlio). A importância do "periodismo" ganha relevância com a saída do "Padre Amaro" (Londres), do "Correio Mercantil", do "Português" e do "Campeão".

É certo que Augusto Xavier da Silva Pereira [in, Diccionario Jornalístico Portuguez (ms), que é reproduzido, em parte, no livro citado de Alfredo da Cunha] fez trabalho e inventariou "5.000 periódicos", deixando um trabalho inicial importante, mas, como refere o nosso Alfredo da Cunha, a "bibliografia periodística é muito árdua e difícil", e por diferentes e explicáveis razões.

Entretanto as investigações e estudos sobre a história da imprensa periódica portuguesa avançou bastante, sendo de assinalar a vasta bibliografia que consta no estimado livro de José Tengarrinha, "História da Imprensa Periódica Portuguesa", Portugália, Dezembro de 1965.

O Almanaque Republicano, postará, oportunamente, algumas notas bibliográficas sobre o periodismo português, dando relevo, como seria de esperar, aquelas consideradas importantes para o estudo da imprensa republicana e no Estado Novo.

J.M.M.

1 comentário:

Naeno disse...

Vamos cultuar este País, cultuando a sua arte, sua cultura. Isso muda mais que cesta básica, que qualquer outro tipo de bonificação em espécie. Temos de dar ao povo na hora certa, que já passa, educação, trabalho/pão.

Um abraço

Naeno