segunda-feira, 18 de dezembro de 2006

MAIS BIBLIOTECAS ONLINE EM PORTUGAL


Um dos sítios a visitar com prazer, mas que exige tempo e vontade é a Biblioteca Nacional Digital onde já é possível encontrar mais de oito mil obras digitalizadas. Encontram-se digitalizadas obras desde o século XV até 2006, algumas muito raras, quase todas muito interessantes e muitas dos finais do século XIX até à implantação e queda da 1ª República. A analisar e estudar com toda a atenção não só a parte literária como também iconográfica. Trabalho muito interessante e que continua a ser enriquecida periodicamente com novas obras.

Também o Instituto Camões, através da Biblioteca Digital Camões tem prestado um grande contributo à digitalização de obras, revistas e estudos já quase desaparecidos dos mercados. No entanto, em alguns casos, é necessário ter uma palavra-passe para ter acesso à obra pretendida. É um dos sítios a que recorremos normalmente para encontrar dados, estudos ou informações de forma livre.

Recentemente tomamos conhecimento que também a Universidade Aberta tem algumas obras digitalizadas, mas restringe-se muito às crónicas de Rui de Pina e a Portugaliae Monumenta Histórica.

O Instituto Nacional de Estatística também tem disponíveis online os seus estudos estatísticos desde 1875 até 2002. Podem consultar-se desde os Anuários Estatísticos de Portugal às outras publicações sobre estatística que se foram publicando. Muito importante para quase todas as áreas do saber.

Por fim, as únicas bibliotecas municipais que se aventuraram na digitalização das suas colecções foram a Biblioteca Municipal José Régio, em Vila do Conde, e as Bibliotecas Municipais da Ria de Aveiro onde é possível encontrar digitalizados alguns dos jornais que se publicaram naquelas terras, bem como algumas obras da história e dos autores destas regiões.

Como facilitaria o trabalho de quem gosta destes assuntos encontrar disponíveis jornais e livros que muitas vezes passa anos e anos a procurar, nas poucas bibliotecas onde existem estão por vezes em mau estado e não os deixam vir à consulta, ou, por vezes ainda, quando têm mais de 50 anos não podem ser fotocopiados. Por muita boa vontade que um investigador possa ter perante este tipo de dificuldades muitas vezes acaba por desistir de determinadas fontes, ou socorre-se de outras que possam substituír as que inicialmente tinha previsto utilizar.

Esperemos que estas iniciativas se vão gradualmente alargando a outras bibiliotecas municipais ou mesmo escolares, especialmente das escolas mais antigas e tradicionais, que possuem fundos documentais e colecções de jornais e revistas que há muito desapareceram da circulação.
São trabalhos deste género que facilitam o acesso ao conhecimento e à informação que devem ser estimulados, apoiados, mas que normalmente ficam muito esquecidos e desamparados tanto por parte dos responsáveis culturais como do poder político que pouca importância tem vindo a atribuir a estes contributos.

AABM

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