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De referir que as invasões francesas se iniciam em 1807 e que Junot não tarda a levar a cabo a reestruturação do exército nacional, onde Freire de Andrade tem lugar de destaque. É um período curioso da nossa história, onde a intelegentsia nacional, e os maçons em particular, não deixam de inicialmente "acolher" os invasores franceses [sobre estes últimos, consultar a obra de Graça e J. Silva Dias, "Os primórdios da Maçonaria em Portugal", Vol I, tomo II, INIC,1986], passando depois [de aparente dormência] a conspirar abertamente, no que não é alheio a forte politização havida e a campanha levada a cabo pelos periódicos O Português, Correio Braziliense e o Investigador Portuguez.
Em 1808, Gomes Freire de Andrade "pertence à Loja militar portuguesa Chevaliers de la Croix (Cavaleiros da Cruz), em Grenoble, França". A maçonaria em Portugal, após as "perseguições de 1809 e 1810", surge "reactivada" e em 1815 Gomes Freire [regressado ao país juntamente com o antigo Grão-Mestre Sebastião José de Sampaio] é eleito Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano. E é como Grão-Mestre que morre, no trágico dia de 18 de Outubro de 1817.
[a continuar]
J.M.M.
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