quarta-feira, 27 de junho de 2007

JORNAL "O COMUNISTA" [1921]


O Comunista

Semanário, porta-voz oficial do PCP, I série, Ano I, nº1 (16 de Outubro de 1921) ao nº 7 (27 de Novembro de 1921). Propriedade do grupo Editor O Comunista. Editor: José Rodrigues. Administrador: Nascimento da Cunha. Secretário de administração: Caetano de Sousa. Redactor principal: Manuel Ribeiro. Colaboradores: Carlos Rates, José Pires Barreira, José da Silva Oliveira, Manuel Ribeiro, Vieira da Cruz, Redacção e Administração: R. do Arco do Marquês do Alegrete, 30, 2º, Lisboa. Composto e Impresso na Rua do Século, 150, Lisboa. Suspende-se para reformulação, seguindo as directrizes da III Internacional [cf. Ventura, "Imprensa comunista em Portugal, no período de 1919-1921", Seara Nova, nº1580, de Junho de 197.

II série, Publicação quinzenal, Ano I, nº1 (10 de Maio de 1923) ao nº? (1926). Propriedade do Centro Comunista de Lisboa

[inaugurado a 9 de Outubro de 1921 e de que fizeram parte, por exemplo, Acácio Augusto, Alberto das Neves, Artur Vieira Bastos (afastado em 1924), Bernardino dos Santos, Caetano de Sousa, Carlos de Araújo (adere mais tarde à União Nacional), Dinis Rocha, José de Almeida, Júlio Pereira, Sobral de Campos (refª O Comunista, I série, nº1, p.3)]

Editor: José Rodrigues (depois Joaquim Rodrigues). Director: J. Carlos Rates (depois M. Ferreira Quartel). Redactor principal: Carlos Rates. Redacção e Administração: Rua do Conde das Antas, 51, r/c, Lisboa. Composição e impressão, Rua da Procissão. 78, 1º.

"... O Comunista é a trombeta clangorosa que chama às armas as inumeráveis forças dispersas do proletariado, para as formar, enquadrar, disciplinar e levar ao combate. As sua notas atingem a ressonância terrificante do trovão e a harmonia sublime dos requebros e violino. Como uma força cósmica, vibra a sinfonia da dinâmica social, - orquestrando o martelar estridente das oficinas, o rodar monótono e suporifero da maquinaria fabril, o som cavo e lúgubre da enxada penetrando a terra, os queixumes nostálgicos das casernas, as canções saudosas dos homens do mar e os compassos de silêncio do intelectual em suas lucubrações, solícito por penetrar a natureza das sua sombras (...)

Armado, exclusivamente, com a chave da inconfundível Verdade, O Comunista dispensa a bagagem literária. Como o plebeu Mário repetirá que as bonitas frases são necessárias para os que pretendem encobrir com elas as suas infâmias. O seu nome é por si só todo um programa. A sua dialéctica é a acção. A coerência é a sua lógica ..."

[Caminhemos, in O Comunista, Ano I, nº1, 10 de Maio de 1923, aliás in Antologia Imprensa Operária Portuguesa, P&R, 1984]

J.M.M.

Sem comentários: