domingo, 21 de outubro de 2007
TERTÚLIAS DA REVISTA HISTÓRIA
Vai realizar-se no dia 23 de Outubro, pelas 18.30 h, mais uma tertúlia da Revista História. Desta vez o convidado é o Professor Doutor António Ventura, que vai apresentar algumas reflexões sobre As Invasões Francesas: - O Portugal napoleónico.
Num momento em que se assinalam os dois séculos sobre a primeira invasão (comandada por Junot em 1807) e sabendo a influência que estas invasões tiveram na vida política e social portuguesa nos anos que se lhe seguiram, é importante traçar as linhas gerais de enquadramento da época, conhecer os protagonistas, os episódios e sobretudo qual foi a reacção de um pequeno país periférico às tropas enviadas por Napoleão Bonaparte.
Mais uma iniciativa importante da Revista História, a que o Almanaque Republicano não podia deixar de se associar para divulgar junto dos seus ledores habituais, com os nossos votos do maior sucesso.
A.A.B.M.
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1 comentário:
Questiono se, do ponto de vista histórico, poderá considerar-se a incursão comandada por Junot em 1807 como a primeira invasão francesa, apesar da historiografia oficial ou se, em rigor, se deveria considerar a invasão de 17 de Fevereiro de 1801 por tropas espanholas e francesas, a primeira invasão de facto, na qual são tomadas a Portugal as localidades de Campo Maior, Portalegre, Castelo de Vide e Olivença, incluindo a freguesia de Vila Real que então pertencia ao termo de Juromenha.
Alguns preconceitos ideológicos sem o menor sentido levam-nos frequentemente a escamotear a "guerra das laranjas" e a participação francesa, o que não nos permite analisar com objectividade histórica as consequências do Tratado de Fontainebleau e a política desenvolvida pelo Conde da Barca enquanto Ministro dos Negócios Estrangeiros e pelo Conde de Mafra enquanto embaixador junto da corte de Napoleão.
A invasão de 1801 foi de facto a primeira invasão francesa, conjugada com as tropas espanholas capitaneadas por Godoy. E, foi precisamente a sua ambição que levou a que a própria Espanha acabasse ocupada pelas tropas napoleónicas e obrigada a resistir, como apresenta o célebre quadro "Os Fuzilamentos da Moncloa" que serve de ilustração às "Conversas com História", apesar de não respeitar ao "Portugal Napoleónico". Em consequência, Godoy acabou reconhecido pelos seus próprios concidadãos como um traidor cuja reabilitação tem sido tentada nos últimos anos.
E, quem em São Sebastian (Donostia) subir ao Monte Urgul e visitar o forte ali existente, depara com uma placa a assinalar a resistência conjunta de portugueses, espanhóis e ingleses contra o invasor francês, numa cerimónia realizada por delegações militares dos quatro países.
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