quarta-feira, 2 de abril de 2008

A COMUNA DE PARIS





[via La Commune de Paris, com a devida vénia]

"... Depois de ouvir o alarido das greves e o estrondo das batalhas, acordou de sobressalto, levantou-se e, estendendo os olhos pelo horizonte, viu ao longe um clarão imenso: eram as chamas ateadas pela Revolução Operária de Paris, nos Paços do Poder momentaneamente derrubado.

O operariado já não deve ser como o irracional, a que soltam do trabalho só o tempo necessário para dormir e refazer-se das forças, e a que dão o alimento indispensável somente para não morrer. O operário deve ser um homem com os meios precisos para viver bem; com o tempo suficiente para se instruir e descansar; deve ser um homem no pleno gozo do seu trabalho e no uso perfeito das suas faculdades e dos seus direitos. No mundo social vai, necessariamente, dar-se uma transformação extraordinária, porque não é possível continuar o escândalo absurdo dos trabalhadores morrerem de fome e dos ociosos morrerem de fartura ..."

[in Manifesto do Centro Promotor dos Melhoramentos das Classes Laboriosas, 1872]

J.M.M.

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