segunda-feira, 27 de outubro de 2008

JUDITH CORTESÃO


Porque é uma figura muito pouco conhecida, porque votada ao esquecimento, num excelente trabalho de Manuel António Pina, recorda-nos o papel de uma lutadora, médica, escritora e oposicionista ao Estado Novo que acabou por falecer há cerca de um ano, em Genebra, com 92 anos.

Diz sobre ela Manuel António Pina:

Conheci-a em 1974, nos improváveis dias do 25 de Abril. Ao longo de madrugadas intermináveis, sonhávamos então o mais excessivo dos sonhos, o da Liberdade. Nós tínhamos 20 ou 30 anos, ela 60. Atordoados, nós acordávamos, esfregando ainda deslumbradamente os olhos, de uma obscura noite sem sonhos; ela transportava consigo algo raro, um passado. E algo luminoso, a que, por não saber que nome tem, chamo fidelidade. Deslumbramento e fidelidade eram tudo o que possuíamos; com tão pouco, tentávamos ensinar a sonhar, na campanha de dinamização cultural do MFA, gente que, como aquela, ciméria, de que fala Plínio, nunca sonhara.

O resto do texto pode ser consultado aqui.

A não perder.

A.A.B.M.

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