quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009


O ANO DE 1909

A Biblioteca Nacional de Portugal iniciou na passada segunda-feira uma exposição evocativa do ano de 1909 que pode ser visitada até 9 de Maio de 2009.

A coordenação da mostra coube a Manuela Rego e a apresentação do catálogo que acompanha a exposição ficou a cargo do Prof. Dr. Amadeu Carvalho Homem.

Segundo é referido no texto de apresentação:

Depois do regicídio de 1908, que prenunciou a queda da monarquia, a «Acalmação», que D. Manuel II pretendera aplicar, ficou longe de fazer face à instabilidade política endémica no final do regime, encabeçado por um monarca jovem e inexperiente, sob a tutela da rainha viúva D. Amélia, e que conheceu quatro governos ao longo do ano de 1909. Perante o estado de verdadeira crise, o próprio Bernardino Machado, representante de uma ala até então moderada e contemporizadora do republicanismo, reconhecia que «os erros passados e actuais da monarquia tornavam inevitável a eclosão de manifestações revolucionárias», como assinala Amadeu Carvalho Homem na introdução ao catálogo. 1909 tornou-se no ano da Carbonária, «verdadeiro braço armado» da revolução republicana em gestação, sendo certo que o novo Directório do Partido Republicano, eleito a 25 de Abril, em que pontificavam José Relvas, Basílio Teles e Eusébio Leão, reflectiu a vitória da facção revolucionária

Uma actividade que se recomenda a todos os interessados pela temática da implantação da República em Portugal.

Aproveita-se também para recomendar uma visita ao espaço que o Prof. Amadeu Carvalho Homem (representante da Universidade de Coimbra e da Câmara Municipal desta cidade junto da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República) disponibiliza na blogosfera, onde tem publicado um conjunto interessante de textos sobre as origens do Movimento Republicano em Portugal, como o que começou AQUI, continuou AQUI, AQUI, AQUI e culminou AQUI.

A.A.B.M.

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