quinta-feira, 18 de junho de 2009


LITORAIS Nº 10. REVISTA DE ESTUDOS FIGUEIRENSES

Acaba de sair a publicação semestral da Associação Doutor Joaquim de Carvalho (Figueira da Foz): LITORAIS. A interessante revista de "estudos figueirenses", coordenada desde o seu número inicial (nº 0, Maio de 2004) por António Tavares e Isabel Cardoso Ferreira, dedica esta sua 10ª edição ao "fascinante" Século XIX figueirense.

Da sua tábua regista-se um importante artigo de Lia Ribeiro, "A popularização cultural na Figueira da Foz (1880-1910)", onde a autora se propõe "analisar o universo da divulgação cultural por parte do movimento republicano nas derradeiras três décadas da monarquia na Figueira da Foz". Trabalho (págs 7-41) curioso e estimado para o estudo deste período, com várias referências sobre a dinâmica vida associativa local (via centros, agrupamentos e grémios republicanos), justificada com "as temáticas popularizadas à luz do republicanismo" e acompanhada com numerosas notas bibliográficas.

Pode ler-se, ainda, um cuidado texto de António Manuel Ribeiro sobre um invulgar artigo publicado em 1868 no Archivo Pittoresco ("Villa da Figueira") pela pena de Augusto Mendes Simões de Castro, justamente intitulado "A Figueira da Foz nas imagens e nos textos da imprensa oitocentista. A ‘Vila da Figueira’ no Archivo Pittoresco (1868)". Apresenta o artigo um breve estudo sobre esse "incontornável" periódico, fazendo depois um levantamento biográfico sobre alguns dos seus colaboradores (Augusto Simões de Castro, Joaquim de Mariz Júnior, João Pedroso Gomes da Silva), terminando com a análise do texto saído no Archivo em 1868 (que se reproduz em fac-símile).

No mesmo número da revista são incluídos outros artigos: um sobre os "Sinistros ocorridos na Mina de Carvão do Cabo Mondego e suas consequências na lavra mineira" (por José Soares Pinto & Pedro Callapez) e duas recensões, a primeira sobre "As Teias e os Dias" de João S. Soares (por Maria Helena Monteiro) e uma outra sobre a "A Figueira e a invasão franceza" (reed. 2008) de Pedro Fernandes Tomás (por António Tavares).

J.M.M.

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