terça-feira, 8 de setembro de 2009

ALMANAQUE REPUBLICANO


Almanaque Republicano: Édito

"Coexiste comigo muita gente que vive comigo apenas porque dura comigo" [F. Pessoa]

"O Almanaque Republicano é um álbum onde se vai perfilar uma geração sonhadora, generosa e messiânica, que é afinal o nosso costumado fadário, o nosso "eterno retorno". Da República de 1891 e da outra de 1910 há uma imensa viagem de encantos e desencantos, de "coisa esquecidas e mortas", um itinerário de bondade, pessimismo, ironia e sarcasmo. Há nele todo um movimento que "carecia de alma", como diria Pascoes. Essa Alma Republicana, seja ela qual for, será sempre essa jornada emotiva e social, espiritual e libertária, de encantos e desencantos vários, crença ou saudade do Encoberto, reformadora e socialista, liberal e popular, que da decadência à regeneração marcam para sempre o "espírito lusitano". A "Nova Era" redentora, quer fosse construída no cantar antiquíssimo da Renascença Portuguesa ou ressurgida pela demanda da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, ou intencional na exaltação da luta pela emancipação das classes trabalhadoras e em redor do movimento operário e sindical, não deixa de ser, sem dúvida alguma, um dos momentos mais interessantes da história da sociedade portuguesa contemporânea. Afinal, "Ubi libertas, Ibi Patria".

Sitio de passagem e de euforias públicas, jornada de mil caminhos que o tempo percorreu, o Almanaque Republicano é um panfleto aberto e frontal da Alma Republicana ...
" [Daqui]

Fazemos saber, em canto de reimpressão, o nosso antigo e aceite Édito com que abrimos e instalámos o Almanaque Republicano. Esta confraria de Homens Livres tem vindo a publicar memórias e testemunhos bio-bibliográficos em homenagem & invocação da Grande Alma Republicana. E asseguramos: “aqui se escreverão novas histórias”. Tal como o vate Camões disse e nós, em humílimo préstimo, pretendemos regularizar.

Por estarmos (quase) a entrar nas celebrações do Centenário da República renovamos tamanha viagem “aos homens de novo nascidos”. Até porque o futuro será sempre, para nós, a duração iluminada do nosso passado.

Valete Frates!

J.M.M.

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