terça-feira, 10 de novembro de 2009

ÁLVARO DE CASTRO - "A CAMINHO DO FORTE DA GRAÇA"




"A Caminho do Forte da Graça" (25 de Outubro de 1926), por Álvaro de Castro - via Ephemera.

Álvaro de Castro foi acusado de conspirar contra a ditadura do "Movimento de Maio" de 1926 e é detido sob prisão no Hospital Militar do Porto [a 17 de Outubro de 1926, a caminho do presídio, em Celorico da Beira, envia um curioso telegrama para o Ministro das Colónias - notar que Álvaro de Castro tinha sido nomeado Alto Comissário da República e Governador Geral da Província de Moçambique a 13 de Setembro desse ano - refª Vermelhos, Brancos e Azuis, de Rocha Martins, vol IV, 1951]. Aí, em 21 de Outubro desse ano, foi "punido com dois meses de inactividade" por incumprimento das regras (receber visitas) a prestar no Forte da Graça [ibidem].

A Ordem do Exército dizia o seguinte [refª "Álvaro de Castro. Pela República, Liberdade e Democracia", de Aires Antunes Diniz, C. M. Guarda, 2005, p. 148]:

"Puno com dois meses de inactividade, o major de Infantaria, Álvaro de Castro, por ter escrito uma carta cuja publicidade, indirectamente autorizou, e que com efeito foi publicada, na qual se refere à força armada, por forma a poder estabelecer uma desunião [discussão, segundo R. Martins, ibidem] prejudicial à disciplina, isto agravado com a insinuação que os negócios do Estado são tratados como se fossem de interessa pessoal violando assim os n.º 4ª e 48º do artigo 5º [50, em R. M.] do RDM com a agravante [... da 2ª Parte, in R.M.] do n.º 7º do artigo 115º".

J.M.M.

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