sexta-feira, 11 de junho de 2010

LUZ DE ALMEIDA (Parte I)



Nasceu em Alenquer, a 25 de Março de 1867, com o nome de Artur Augusto Duarte Luz de Almeida. Era filho de António Augusto de Almeida, regente escolar.

Casou com Maria Amélia Cardoso de Almeida e residente em São Vicente de Fora na cidade de Lisboa.

Era diplomado pelo Curso Superior de Letras, em Lisboa, com o curso de Bibliotecário e Arquivista. Desempenhou funções de docente em Lisboa, na escola de magistério primário nº 4. Começou como ajudante de conservador da Biblioteca Municipal da Rua do Saco.

Ainda enquanto estudante no Curso Superior de Letras foi um dos subscritores do Manifesto Republicano Académico, publicado em 5 de Março de 1897, juntamente com João Gonçalves, Carlos Amaro, Rodrigo Rodrigues, José Ponte e Sousa, Artur Brou, entre outros [António Ventura, Anarquistas, Republicanos e Socialistas em Portugal. As convergências possíveis (1892-1910), Edições Cosmos, Lisboa, 2000, p. 26].
Colaborou activamente na organização dos batalhões escolares municipais.

Um dos principais organizadores da Carbonária em Portugal. A partir de 1907, com a chegada de João Franco ao poder, foi implicado no movimento de 28 de Janeiro de 1908. Preso, acabou por ser libertado algum tempo depois.
Apesar de algumas divergências de datas quanto à fundação da Carbonária, para alguns autores foi em 1895 (por ex. Borges Grainha), para outros (por ex: António Ventura) terá sido 1896. Esta sociedade, a Maçonaria Académica, como era chamada tinha também o nome profano de Junta Revolucionária Académica, sendo que Luz de Almeida era o chefe ou Grão-Mestre [António Ventura, Anarquistas, Republicanos e Socialistas em Portugal. As convergências possíveis (1892-1910), p. 34]. Terá sido numa reunião em casa de Adolfo Bordalo, então estudante onde participaram bastantes estudantes das escolas superiores de Lisboa que se instituiu a Maçonaria Académica. Nessa ocasião, esta sociedade secreta estava organizada em quatro lojas, cada uma com o seu venerável eleito, existia ainda um Conselho Director, com um presidente, Luz de Almeida e quatro veneráveis das lojas.

[Em continuação]
A.A.B.M.

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