quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011
VISÃO HISTÓRIA - CONSPIRAÇÕES CONTRA O REGIME
No mais recente número da revista Visão História, subordinada ao tema Conspirações Contra o Regime, Os momentos marcantes e as figuras-chave que abalaram a ditadura militar, Salazar e Marcelo Caetano é possível encontrar os seguintes artigos:
Pedro Caldeira Rodrigues – O grande desafio à ditadura militar , p. 10-13
Nove meses após o golpe militar de 28 de maio de 1926, a revolta republicana de 3a 9 de fevereiro de 1927, centrada no Porto mas com focos em todo o País, será o mais sério desafio à ordem nova militar-nacional. A sua derrota abrirá caminho para a emergência do Estado Novo de Salazar.
Pedro Caldeira Rodrigues - O último combate do sindicalismo livre, p. 20-23
A tentativa de greve geral revolucionária de 18 de janeiro de 1934 foi um dos mais importantes atos de protesto unitário do movimento sindical organizado, em confronto aberto com o Estado Novo em processo de institucionalização. O Reviralho também esteve envolvido, mas o rescaldo foi uma "ferida funda".
Álvaro Garrido - Marinheiros amotinados no Tejo, p. 24-27
Em setembro de 1936, o levantamento dos sargentos e praças de diversos navios da Armada provocou as maiores dores de cabeça ao governo de Salazar, que reprimiu a revolta de forma sangrenta.
Alexandra Correia - Uma bomba à porta da missa, p. 28-31
A explosão foi espetacular, mas Salazar escapou sem um arranhão. Os anarquistas entraram para a história da resistência ao Estado Novo à força de dinamite.
Miguel Carvalho - O milionário e o golpe, p. 32-33
A 10 de abril de 1947, um levantamento militar tentou derrubar Salazar. Todos os conspiradores foram presos. Todos? Não. Salvou-se um famoso industrial, acusado de financiar a revolta. Chamava-se Lúcio Tomé Feteira.
Vânia Fonseca Maia - Herói amordaçado, p. 34-35
A candidatura do general Norton de Matos à Presidência parecia trazer os ventos democráticos necessários à abertura do regime. Uma ilusão desfeita longe da boca das urnas.
Filipe Luís - A saga do general sem medo, p. 42-47
Em 1958, um ciclone chamado Humberto Delgado varreu o País. E uma geração de portugueses nasceu então para a cidadania. Foi preciso esperar 16 anos. Mas do legado do candidato independente às eleições presidenciais de 1958 fica o primeiro passo decisivo no caminho para a liberdade. Acompanhe esta aventura vertiginosa.
Ana Margarida de Carvalho - A grande evasão, p. 48-51
O dia em que dez comunistas, um guarda coadjuvante e um romance único escaparam da prisão-fortaleza mais inexpugnável do fascismo. Um alento para a resistência, um rude rombo na autoestima do regime.
Francisco Galope - Um navio chamado liberdade, p. 52- 57
De como um punhado de guerrilheiros abalou a ditadura ao tomar o controlo do Santa Maria.
Francisco Galope - O mistério do doce de goiaba, p. 58-59
O regime receou que os operacionais do desvio do Santa Maria transformassem as serranias entre o Alentejo e o Algarve na Sierra Maestra peninsular.
Luís Almeida Martins - A tarde dos generais, p. 60-61
Sem o apoio popular que não procurara, terminaria ingloriamente o golpe palaciano de abril de 1961.
J. Plácido Júnior - A revolução que veio do céu, p. 62-67
Uma ordem de Salazar, de abate de um avião da TAP, desviado por um grupo de insurrectos para arremesso de panfletos antirregime sobre Lisboa e outras zonas do País, foi sabotada pelo comando da Força Aérea. Sub-repticiamente. A aventura ao pormenor.
Emília Caetano - E não lhe deram um quartel, p. 68-71
Delgado acreditava que bastaria tomar uma unidade militar, para que todas se sublevassem. O assalto ao quartel de Beja foi uma das mais espetaculares operações contra o regime.
Paulo Pena - Dezoito anos que abalaram a ditadura, p. 72-73
A oposição estudantil a Salazar não parou de crescer desde 1956.
As universidades foram uma "fábrica" de politização.
Luís Almeida Martins - O aventureiro da liberdade perdida, p. 74-80
Palma Inácio teve uma vida autêntica pelo menos tão aventurosa como a do imaginário Indiana Jones, com a diferença de que a colocou por inteiro ao serviço da luta altruísta contra a ditadura de Salazar e Caetano.
Luís Almeida Martins - Entrevista Camilo Mortágua: 'A luar era um cozido à portuguesa', p. 81-83
Um ativista "lendário" faz revelações sobre a luta armada contra o Estado Novo.
João Pacheco - Quando o partido se armou, p. 88-91
Nos últimos anos da ditadura, o País acordou várias vezes ao som de atentados da ARA. Com a Acção Revolucionária Armada, o PCP tinha-se decidido por fim a combater o Estado Novo com bombas.
Paulo Chitas - Bombas contra o regime, p. 92-95
Os operacionais das Brigadas Revolucionárias comandados por Carlos Antunes e Isabel do Carmo realizaram 15 ações armadas. Não sitiaram Marcelo Caetano, mas contribuíram para acossar a ditadura.
Nuno Miguel Guedes - Entre o céu e o mundo, p. 96-97
A ocupação da Capela do Rato, em Lisboa, por um grupo de católicos progressistas que ali promoveu uma vigília contra a Guerra Colonial abalou o regime e marcou o fim da "Primavera Marcelista".
Lápis azul
Uma das armas do regime foi o controlo total do que era publicado na Imprensa. Provas tipográficas de todos os textos eram enviadas à Censura, que as devolvia com os cortes a introduzir, e que muitas vezes eram a totalidade do texto .
Um número particularmente interessante da Visão História que apresenta também um excelente conjunto de infografias a separar os períodos por que passou o Estado Novo, acompanhado de iconografia bastante interessante para documentar os artigos e ilustrar a época.
A.A.B.M.
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