sexta-feira, 8 de julho de 2011

OUTUBRO: A REVOLUÇÃO REPUBLICANA EM PORTUGAL (1910-1926)


Realiza-se hoje, 8 de Julho de 2011, pelas 18.30, na Livraria Almedina Atrium Saldanha, em Lisboa, a obra organizada por Luciano Amaral, intitulada OUTUBRO: A REVOLUÇÃO REPUBLICANA EM PORTUGAL (1910-1926).

Vai apresentar a obra, que resulta de um conjunto de trabalhos, realizados por vários investigadores, estruturada da seguinte forma:

1.Introdução: Que fazer com a Primeira República?
2.Fernando Martins, O 5 de Outubro: Anatomia e significado de uma revolução
3.António de Araújo e Luís Bigotte Chorão, Política e direito nos alvores da Primeira República portuguesa
4.Bruno Cardoso Reis e Sérgio Ribeiro Pinto, República e religião, ou a procura de uma separação
5.Pedro Aires Oliveira, A República e a guerra, 1914–1918
6.Filipe Ribeiro de Meneses, Sidónio Pais e o sidonismo
7.Álvaro Ferreira da Silva e Luciano Amaral, A economia portuguesa na Primeira República
8.Bruno Cardoso Reis, Da nova república velha ao Estado Novo (1919–1930): A procura de um governo nacional de Afonso Costa a Salazar
9.Notas
10.Notas biográficas

A sessão contará com a presença dos autores e a obra será apresentada por Miguel Morgado.

LUCIANO AMARAL o organizador da obra, é licenciado em História e mestre em História Contemporânea pela FCSH (UNL), Doutorado em História e Civilização pelo Instituto Universitário Europeu de Florença, Professor auxiliar da Faculdade de Economia da Universidade Nova de Lisboa. Tem-se dedicado sobretudo à história económica contemporânea de Portugal, com particular atenção ao problema do crescimento económico.

Pode ler-se na sinopse da obra agora a apresentar:
A I República foi uma espécie de regime da ala esquerda da monarquia constitucional. Assumindo a quebra com o símbolo monárquico, pouco trouxe de novo ao programa progressista da monarquia. A grande diferença consistiu no facto de os mecanismos eleitorais (dominados pela fraude nos dois casos) terem sido capturados por um só partido, impossibilitando um pluralismo eficaz. A República foi, por isso, um regime estranho, simultaneamente "avançado" e "retrógrado": uma república no mar das monarquias europeias, nunca conseguiu incorporar as mais "avançadas" tendências da época, como o sufrágio universal. No final, dela sobraram sobretudo os símbolos da soberania nacional: a forma republicana de todos os regimes desde 1910, o hino e a bandeira, para além da moeda, o escudo, cujo desaparecimento em 1999 marcou, precisamente, o fim da soberania monetária do país. A sobrevivência destes símbolos revela a corrente republicana que percorre o conjunto da experiência política contemporânea portuguesa.

Um evento a acompanhar com toda a atenção.
A.A.B.M.

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