terça-feira, 31 de janeiro de 2012
REVOLTA DO PORTO DE 31 DE JANEIRO DE 1891
"… O movimento do Porto [Revolta do 31 de Janeiro] teve a cumplicidade de todo o partido republicano, que nele cooperou, e da maioria dos seus chefes, que lhe deram o seu apoio, o seu aplauso e a sua sanção. Não foi uma aventura, e se o foi, foi uma aventura de muitos …
O dia seguinte das revoluções não pertence aos revolucionários. Mal concluída a sua obra, trémulos de emoção, tintos de sangue, cobertos de fumo, eles olham em torno, e surpreendidos, encontram-se já em outras mãos. O soldado volta à caserna e à disciplina que o subjugava na véspera, o operário regressa à sua antiga miséria, o funcionário à sua mediania, o estudante à sua classe, e aqueles mesmo que se supuseram predestinados para orgulhosas missões, são por seu turno forçados a ceder o seu lugar, tão penosamente conquistado, a outros que, se não partilharão d sua glória, se apropriarão da sua obra …"
João Chagas, in História da Revolta do Porto de 31 de Janeiro de 1891: depoimento de dois cumplices (João Chagas & Ex-Tenente Coelho), Lisboa, Empreza Democrática de Portugal, 1901.
FOTO via Ephemera [url ?]
J.M.M.
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