terça-feira, 29 de maio de 2012

RECORDANDO O 28 DE MAIO DE 1926


Nos tempos que correm, em que muitos criticam políticos, decisões, instituições não podemos deixar de relembrar que a Democracia, por muitos defeitos que possa ter e tem, deve ser protegida, aperfeiçoada e preservada.

A nossa curta experiência democrática, com 38 anos, parece fazer-nos esquecer que a experiência falhada da I República foi há muito tempo. O 28 de Maio foi uma revolta que aproveitou outras tentativas revolucionárias que foram abrindo caminho, propiciando a conspiração, criando uma teia de interesses que desejavam que a dita revolta acontecesse. A Revolução Nacional, como lhe chamou depois o Estado Novo, abriu caminho a uma Ditadura Militar que se transformou numa longa ditadura de 48 anos.

Os acontecimentos de 28 de Maio de 1926 foram recebidos pela população com alguma indiferença (tantos tinham sido os movimentos revolucionários até ali, aquele era simplesmente mais um), os políticos afastaram-se ou foram afastados por um conjunto de militares que tinha, entre si, ideias muito diferentes para o País e veja-se a complexidade do movimento que conhece três líderes diferentes num curto espaço de tempo: Gomes da Costa, Mendes Cabeçadas e Óscar Fragoso Carmona.

Um acontecimento que convém não fique esquecido, sobretudo para nos alertar para o caráter efémero que pode ter a Democracia.

[NOTA: Na imagem, a chegada de Gomes da Costa a Coimbra, na sua movimentação em direção a Lisboa, sendo aclamado pela Academia.]

A.A.B.M.

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