quinta-feira, 7 de junho de 2012

O DIABO. SEMANÁRIO DE CRÍTICA LITERÁRIA E ARTÍSTICA [1934-1940]


O DIABO. Semanário de Crítica Literária e Artística – Ano I, numr espécimen (2 Junho 1934) ao Ano VII, nº 326 (21 Dezembro de 1940); Director: Artur Inês [até ao nº 58, de 4 Agosto 1935], Horácio Virgílio Cunha [do nº 59 ao nº 62], Ferreira de Castro [do nº 63 ao nº 72], Rodrigues Lapa [do nº 73 ao nº 140], Brás Burity [do nº 141 ao nº 159], Adolfo Barbosa [do nº 160 ao nº 236], Guilherme Morgado [do nº 237 ao nº 274] e Campos Lima [do nº 275 ao nº 326]; Propr: Empresa Editorial ‘OMNIA’ (em organização); Editor: João Antunes Carvalho; Gerente: Horácio Virgílio da Cunha; Red., Adm., e Oficinas: Rua da Rosa, 99 a 107, Lisboa, 1934-40, 326 numrs. [foi obrigao a encerrar pela censura fascista]

FOTO (acima): reprodução da capa do número espécimen [2 de Junho de 1934 - edição]

"… O que nós queremos, o que nós pretendemos é oferecer generosamente o nosso esforço, modesto mas honrado, para a obra necessária e imprescindível de uma melhor e mais exacta compreensão entre os homens portugueses.

Para isto torna-se urgente a criação de um espírito crítico, seguro e límpido, honesto e desempoeirado, de que todos temos andado tão arredios. Possuímos ideias e queremos expô-las. Novos e independentes como somos, sem responsabilidades nas imbecilidades passadas ou presentes, desejamos caminhar orgulhosamente para o futuro, com a consciência de que existimos e pesamos na balança …

... No Diabo dos Cristãos o que nos agrada, o que fascina o nosso temperamento moço e rebelde às ideias feitas e mumificadas em séculos de escravidão mental e social é aquele esplêndido e desembaraçado arreganho não conformista que o levou – soberbo Demónio! – à Insurreição contra o parlamento dos anjos ... E porque somos inconformistas pretendemos, por isso, ajudar à salvação das almas dentro das nossas possibilidades modestas, mas bem intencionadas. Satanás que nos perdoe a invocação do seu nome honrado
" [inJanela Aberta”, texto de Artur Inez, no numero espécimen, p.1 - sublinhados nossos]

[Alguma] Colaboração/textos assinados: Abel Salazar, Abílio do Amaral, Adolfo Casais Monteiro, Afonso Duarte, Afonso Lopes Vieira, Agostinho da Silva, Alfredo Guisado, Alice Ogando, Almada Negreiros, Álvaro Cunhal [nº 224, 233, 237, 240, 276, 285, 288, 290], Alves Redol, Amadeu de Freitas (Filho), António Botto, António Navarro, António Pedro, António Ramos de Almeida [nº 176, 225, 226, 229, 238, 250, 258, 259, 271, 313, 315, 318, 320], António Sardinha, António Sérgio [ver Polémica com Sant’anna Dionísio, nº 115 e segs, sobre o pensamento de Leonardo Coimbra], António de Sousa, Antunes da Silva, Aquilino Ribeiro [nº 65, 87, 125, 146, 166, 182, 194], Arlindo Vicente, Armando Ferreira, Armindo Rodrigues, Ary dos Santos, Assis Esperança, Augusto Casimiro, Augusto Ricardo, Aurélio Quintanilha [nº 84], Avelino Cunhal, Belo Redondo, Bento de Jesus Caraça [nº 90, 149, 223, 292, 301], Bourbon e Meneses, Branquinho da Fonseca, Brito Camacho [nº espécimen, 3-11, 13, 17, 61], Câmara Reis, Camilo Castelo Branco [nº 53, 151], Campos Lima, Carlos Amaro, Carlos Ferrão, Carlos Malheiro Dias, Castelão (desenho), Castelo Branco Chaves, Cecília Meireles, Columbano Bordalo Pinheiro, Cristiano Lima, Cunha Leal, Diogo Macedo (arte), Dagoberto Guedes, Dias Lourenço [nº 184, 185, 205, 207, 208], Dinis Jacinto, Diogo de Macedo, Duarte Leite, Edmundo Bettencourt, Eduardo Scarlatti, Emílio Costa, Faure da Rosa, Fernando Lopes Graça (música), Fernando Namora, Ferreira de Albuquerque, Ferreira de Castro, Ferreira de Mira, Fidelino de Figueiredo, Gomes Monteiro, Henrique de Barros, Herculano Nunes, Hernâni Cidade, Homem Cristo [nº 42, 196, 301], Jaime Brasil, Jaime Cortesão, João Barreira (arte), João de Barros, João Falco, João Gaspar Simões, João José Cachofel [nº 224, 230, 246, 257, 324], João Pedro de Andrade, Joaquim Namorado, José Augusto França, José Bacelar, José de Freitas, José Gomes Ferreira, José Lins do Rego, José Régio, José Rodrigues Miguéis, Julião Quintinha, Júlio Dantas, Luís Cardim, Luís de Freitas Branco (música), Luís de Oliveira Guimarães, Manuel da Fonseca, Manuel Mendes [nº 240, 244, 248], Manuel Teixeira Gomes, Maria Archer, Maria Raquel, Mário de Azevedo Gomes, Mário Dionísio, Miguel Torga, Nogueira de Brito, Norton de Matos [nº 152, 157], Norberto Lopes, Piteira Santos, Políbio Gomes dos Santos, Redondo Júnior [teatro, nº 59, 151, 156, 167, 174], Reinaldo Ferreira, Ribeiro de Carvalho, Ribeiro dos Santos, Roberto Nobre, Rodrigo Soares, Rodrigues Lapa, Rolão Preto, Rui de Noronha, Rui Santos, Ruy Luís Gomes, Sant’Anna Dionísio [nº 115, 118, 124, 127], Santiago Kastner (música), Soeiro Pereira Gomes, Stuart Carvalhaes [desenhos, nº 111, 114, 137], Teixeira de Pascoaes, Tomás da Fonseca, Vasco da Gama Fernandes, Vicente Campinas, Victor Hugo, Vieira de Almeida, Vitorino Magalhães Godinho [nº 229, 249], Vitorino Nemésio [nº 38, 40, 44, 49, 80, 86, 123], Zenit, Zola [cf. Daniel Pires, “Dicionário das Revistas Literárias Portuguesas do Século XX”, Contexto, 1986]



FOTO (acima): capa do nº 15 (7 de Outubro de 1934)

"Fez anteontem 24 anos que se implantou a República em Portugal. Não podemos ignorar o facto, porque assinala a História de Portugal e a consciência do país.

Nesta hora de recolhida meditação saudamos nos cambatentes ainda vivos e memória dos bravos que se bateram e morreram nessa jornada de empolgante heroísmo e ilimitada fé nos destinos de Portugal redimido
"

J.M.M.

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