sábado, 8 de setembro de 2012

ALFREDO DE MORAES - "SOLDADO INFANTARIA PORTUGUESA"


ALFREDO DE MORAES - "Soldado infantaria portuguesa" (Bilhete Postal)

ALFREDO JANUÁRIO DE MORAES nasceu a 19 de Setembro de 1872, em Lisboa, e foi um dos mais “prolíficos ilustradores portugueses”. Estudou na Escola de Belas Artes, foi "chefe de litografia da Imprensa nacional e um dos fundadores da Sociedade Nacional de Belas Artes, onde ensinou gratuitamente durante vinte anos" [cf. Dicionário dos Autores de Banda Desenhada e Cartoon em Portugal, Época de Ouro, 1999, pp.89-90].

"Com um frasquinho de tinta-da-china e uma caneta na algibeira, percorria as tipografias e, ali mesmo, desenhava o que fosse necessário. Embora laureado como aguarelista, no estilo de Alfredo de Moraes o mais impressivo é a concisão e o poder descritivo do traço nos desenhos a caneta" [ibidem].

Ilustrou (capas, desenhos e cartoons) para vários periódicos, como o Amigo da Infância (1894-1940), Branco e Negro (1896), Brasil-Portugal (1899), O Século, O Século Cómico (1913), O Mundo, o Diário de Notícias, a Folha do Povo ou o Diário da Manhã; ilustrou folhetins de aventuras e mistério [como o Capitão Morgan, Texas Jack, Sherlock Holmes, Jim Joyce, Raffles, Miss Carter, …] no ABC-zinho (1922), os Ridiculos (1905), O Carlitos, Pim-Pam-Pum, Acção Infantil.

Fez ilustrações para livros e fascículos (hoje disputadíssimos, raros e de colecção) como a 1ª edição dos “Serões no Japão” de Wenceslau de Moraes ou para a tradução de D. Quixote. Desenhou um conjunto apreciável de desenhos para livros escolares, vinhetas e postais. Figurou na V Exposição do Grémio Artístico (1895), na I Exposição da Sociedade Nacional de Belas Artes (1901), foi galardoado com a medalha de honra da SNBA e a medalha de ouro no Rio de Janeiro, encontrando-se representado em vários museus, como o Militar, Museu do Chiado, Museu Regional Grão Vasco. Trabalhou, graficamente, em parceria com Roque Gameiro. Utilizou nalguns trabalhos o pseudónimo de Fauno.

Morre a 6 de Fevereiro de 1971, em Lisboa.

FOTO via Memória da República, com a devida vénia.

J.M.M.

3 comentários:

amostras disse...

E com muito gosto, que leio este documento de meu parente, que nao conheci.

Manuel Tomaz disse...

Nos anos cinquenta fui marçano numa mercearia (Casa Macau) no Largo do Rato. Penso não estar enganado, mas teria algumas vezes, levado compras a sua casa, um primeiro andar, na Travessa de Santa Quitéria. Ficou-me a lembrança da sua imagem, muito educado, e mostrava algumas das suas ilustações, entre elas, uma que ilustrava a caixa de bolachas "Araruta", da Fábrica Confiança.

amostras disse...

http://manwel8.wix.com/obras-de-moraes

Aqui envio o meu site de obras de Alfredo Morais e Narciso Morais