domingo, 21 de outubro de 2012



MARIANO [CYRILO] DE CARVALHO, "Os Planos Financeiros do Sr. …" [pref. Mariano Pina], Lisboa, Typ. da Companhia Nacional Editora, 1893, XX+366 pgs.
"Vasto conjunto de artigos que o ministro da Fazenda, Mariano de Carvalho, fez vir a público no Diário Popular da época em tentativa de ir explicando as suas decisões políticas (…) ‘n’uma das circunstancias financeiras e economicas mais graves e mais delicadas por que este paiz tem passado (…)’.
Diz-nos o prefaciador a dado passo, determinando o espírito da escrita:
(…) se todos quantos prezam e admiram o seu talento poderoso e creador – viessem submeter este livro, onde se acham archivadas as suas idéas e os seus planos economicos e financeiros, ao supremo tribunal da intriga politica e d’aquella jacobinagem que, nos papeis, diariamente, anda cultivando a injuria. Semelhante procedimento seria mais do que simples destempero; – seria a abdicação da propria dignidade, seria o reconhecimento tacito de que os intrigantes de todas as especies e de todas as cathegorias tinham inteira razão, quando açacalavam as suas calumnias contra uma das mais proeminentes individualidades da politica contemporânea (…)"
via FRENESI
THOMAZ ANTONIO DA GUARDA CABREIRA, "O Problema Financeiro e a sua Solução por …", Lisboa, Imprensa Africana (de António Tibério de Carvalho), 1912, 104 pgs.
Na preparação do orçamento para o exercicio de 1909-10, a unica preoccupação do governo foi reforçar a base das finanças do Estado, fixando as receitas e despezas annuaes de modo que o seu equilibrio ficasse estavel no futuro, evitando além d’isso toda a emissão de novos emprestimos e apressando a amortisação dos emprestimos já contractados.” Annuario Financeiro do Japão, Tokio, 1910.
N’estas linhas, escriptas pelo Sr. Wakatsuki, vice-ministro das finanças do imperio nipponico, está condensado o plano financeiro que reorganisou as finanças japonezas sob uma forma que causa a admiração de toda a Europa. Equilibrar o deficit; não augmentar a divida publica, senão em casos especiaes; procurar a amortisação d’essa divida por uma forma systematica e regularisar os cambios, eis a formula da nossa regeneração financeira como foi a do Imperio do Sol Nascente.
Portugal padece das tres doenças que caracterisam um paiz de finanças avariadas: deficit orçamental permanente, divida publica elevadissima, para a qual vão transitando annualmente os deficits, e circulação fiduciaria inconvertivel, cuja maior parte é absorvida pelo Estado, São estes os tres aspectos do problema financeiro nacional, para o qual urge encontrar uma solução (…)” [in Prefácio]
via FRENESI
J.M.M.

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