► MARIANO [CYRILO] DE CARVALHO, "Os Planos Financeiros do Sr. …" [pref. Mariano Pina], Lisboa, Typ. da Companhia Nacional Editora, 1893, XX+366 pgs.
"Vasto conjunto de artigos que o ministro da Fazenda, Mariano de Carvalho, fez vir a público no Diário Popular da época em tentativa de ir explicando as suas decisões políticas (…) ‘n’uma das circunstancias financeiras e economicas mais graves e mais delicadas por que este paiz tem passado (…)’.
Diz-nos o prefaciador a dado passo, determinando o espírito da escrita:
(…) se todos quantos prezam e admiram o seu talento poderoso e creador – viessem submeter este livro, onde se acham archivadas as suas idéas e os seus planos economicos e financeiros, ao supremo tribunal da intriga politica e d’aquella jacobinagem que, nos papeis, diariamente, anda cultivando a injuria. Semelhante procedimento seria mais do que simples destempero; – seria a abdicação da propria dignidade, seria o reconhecimento tacito de que os intrigantes de todas as especies e de todas as cathegorias tinham inteira razão, quando açacalavam as suas calumnias contra uma das mais proeminentes individualidades da politica contemporânea (…)"
via FRENESI
► THOMAZ ANTONIO DA GUARDA CABREIRA, "O Problema Financeiro e a sua Solução por …", Lisboa, Imprensa Africana (de António Tibério de Carvalho), 1912, 104 pgs.
“Na preparação do orçamento para o exercicio de 1909-10, a unica preoccupação do governo foi reforçar a base das finanças do Estado, fixando as receitas e despezas annuaes de modo que o seu equilibrio ficasse estavel no futuro, evitando além d’isso toda a emissão de novos emprestimos e apressando a amortisação dos emprestimos já contractados.” Annuario Financeiro do Japão, Tokio, 1910.
N’estas linhas, escriptas pelo Sr. Wakatsuki, vice-ministro das finanças do imperio nipponico, está condensado o plano financeiro que reorganisou as finanças japonezas sob uma forma que causa a admiração de toda a Europa. Equilibrar o deficit; não augmentar a divida publica, senão em casos especiaes; procurar a amortisação d’essa divida por uma forma systematica e regularisar os cambios, eis a formula da nossa regeneração financeira como foi a do Imperio do Sol Nascente.
Portugal padece das tres doenças que caracterisam um paiz de finanças avariadas: deficit orçamental permanente, divida publica elevadissima, para a qual vão transitando annualmente os deficits, e circulação fiduciaria inconvertivel, cuja maior parte é absorvida pelo Estado, São estes os tres aspectos do problema financeiro nacional, para o qual urge encontrar uma solução (…)” [in Prefácio]
via FRENESI
J.M.M.
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