Assinala-se
hoje, 22 de Janeiro, a data do falecimento de uma das figuras importantes da
oposição ao Estado Novo: Luís Ernâni Dias Amado.
Nasceu em
Lisboa a 19 de Janeiro de 1901, filho de Luís Dias Amado e de Capitolina
Monteiro, na freguesia de S. Paulo.
Realiza os
seus estudos na Faculdade de Medicina de Lisboa, onde conclui licenciatura em
1924. Ainda enquanto estudante foi um dos fundadores e dirigentes da Liga da
Mocidade Republicana e integra o Batalhão Académico que em Junho de 1919 desencadeou
o assalto a Monsanto onde se encontravam as forças que defendiam a Monarquia do
Norte.
O seu
envolvimento em actividades oposicionistas conhece-se desde 1930, quando ajuda
os estudantes de Direito envolvidos, a escapar às autoridades e que procuravam
esconder-se na Faculdade de Medicina de Lisboa. Em 1931, é conhecida a sua adesão
à Aliança Republicana e Socialista juntamente com José Mendes Cabeçadas,
Joaquim de Carvalho, entre muitos outros.
Envolve-se na preparação da tentativa
de revolta de 26 de Agosto de 1931, criando com Carlos Aboim Inglês, João Lopes
Raimundo e Basílio Lopes Pereira um grupo revolucionário que deveria ajudar a derrubar
a ditadura e a restaurar as liberdades fundamentais.
Logo em 1924 ingressa
como assistente de Histologia, função que desempenhou até 1943. Em 1937 torna-se
assistente do Serviço de Análise Clínicas do Hospitais Civis de Lisboa.
Publica
numerosos trabalhos na sua área de especialidade na área da Medicina e algumas
obras de divulgação, em particular na prestigiada colecção da Biblioteca
Cosmos, dirigida também ela por um conhecido opositor do regime Bento de Jesus
Caraça.
[em continuação]
A.A.B.M.
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