sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

O CASO DELGADO – PROCESSO GUERREIRO


[Mário de Carvalho] O caso Delgado. Processo Guerreiro, FPLN [Frente Portuguesa de Libertação Nacional – surge na sequência da ruptura de Delgado com a Frente Patriótica de Libertação Nacional, em Janeiro de 1965]
, s/d (1968 ?).

“Folheto de 20 páginas, presumivelmente escrito pelo Professor Mário de Carvalho, a residir em Roma, colaborador 'insuspeito' do General Humberto Delgado, por quem este nutria uma total confiança e uma inusitada admiração, sobretudo devido ao seu passado antifascista e currículo notável.

Depois do 25 de Abril veio-se a saber que o tal Professor De Carvalho era nem mais nem menos que o informador da PIDE, com o nome de ‘Oliveira’ e que todo o seu passado e elementos biográficos eram totalmente falsos [um deles é ter participado, o Mário de Carvalho, na revolta de 1927, o que é inverosímil porque teria então 15 anos; na obra ‘A História da PIDE’, de Irene Flunser Pimentel, há a referência (p. 326 e segs) que o tal prof. Mário de Carvalho se teria ‘profissionalizado como informador da PIDE em Setembro de 1962', sendo o pagamento feito por cheques da Casa Piano, de Jorge Farinha Piano; apresenta ainda outras provas documentais sobre a sua ligação á polícia política e ao assassinato de Delgado, ver pp. 400-402]  

Este Folheto escrito, provavelmente, em 1968 e editado pela Frente Portuguesa de Libertação Nacional, pretendia desmascarar e apontar como principal suspeito pelo desaparecimento do General e sua Secretária, Emídio Guerreiro que logo que se soube da notícia de Badajoz indicou como principal culpado Mário de Carvalho acusando-o já nessa altura de estar ligado à PIDE.

Mário de Carvalho moveu-lhe um Processo em Roma por difamação e é justamente sobre essa matéria que trata o Folheto, de modo a ilibar – claro está – o respeitável Professor Mário de Carvalho – ricerche técnico-scientifiche, como se auto intitulava”


J.M.M.

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