quarta-feira, 18 de setembro de 2013

CONFLITOS SOCIAIS EM PORTALEGRE NO TEMPO DOS ROBINSON

 
EDIÇÃO: Publicações da Fundação Robinson, nº 23.
 
Nesta edição das Publicações da Fundação Robinson focam-se os conflitos sociais e laborais ocorridos no concelho de Portalegre entre os finais do século XIX e 1920, tendo por base documental a imprensa local e nacional. Durante este período destacam-se no tecido industrial portalegrense a indústria corticeira e de lanifícios, ambas de tradição secular e empregando milhares de operários. É sobretudo no seio destas unidades industriais que, a par das novas sociabilidades promovidas pelo liberalismo, se vão formando movimentos organizados de classes – como os corticeiros – que reivindicam direitos sociais compatíveis com sua condição operária e que manifestam uma solidariedade de classe até então desconhecida”.
 
 
 
No passado dia 17 de Setembro de 2011, em brilhante, sintética, original e valorativa intervenção, lembrava o Professor Julián Sobrino (Universidade de Sevilha) que todas as Fábricas são um conflito, de interesses, de saberes, de sexos, de pequenos e grandes poderes. Afinal, as Fábricas dão corpo às realidades da vivência humana dos grupos e das suas sociabilidades, as Fábricas são corpos sociais vivos!
 
Na sua constante colaboração com a Fundação Robinson o Professor António Ventura (Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa) dá-nos agora conta dessa vida na conflitualidade nascida das realidades laborais em que se opõem Operários e Patrões. O estudo e a riquíssima antologia que o suporta, enriquecem o nosso conhecimento da Fábrica Robinson na dimensão humana do operariado e, ao mesmo tempo, dão conta da sua integração no tecido local através da amostragem feita a partir da assinalável riqueza da imprensa periódica em Portalegre.
 
As Publicações da Fundação Robinson, mais uma vez, dão a lume trabalho científico e possibilidades de investigação futura e continuam a mostrar como a Fábrica era o pólo socioeconómico de um grande Espaço Robinson
[in revista da Fundação Robinson, “Nota de Abertura”]
 
J.M.M

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