REVISTA DE ESTUDOS LIVRES. Mensário lisboeta de cariz científico – 1883-1886; Propr: José Carrilho Videira, Nova
Livraria Internacional (Rua do Arsenal, nº 96); Impressão: Tip. de A. J. da
Silva Teixeira (Rua Cancela Velha), Porto; 1983-86, 33 fasc,
[Alguma] Colaboração:
António José Teixeira, Augusto Brochado, Carlos de Melo, Carlos von Koseritz, F.
Sá Chaves, Filipe de Figueiredo, Filomeno da Câmara, Frederico de Barros, João
Cardoso Júnior, João Teixeira Soares, Joaquim José Marques, José Augusto
Vieira, José Carrilho Videira, José Eduardo Gomes, José Leite de Vasconcelos, José
de Sousa, Júlio Lourenço Pinto, Júlio de Matos, Lino de Assunção, Luciano
Cordeiro, Moniz Barreto, Oliveira Martins, Ramalho Ortigão, Reis Dâmaso, Silva
Teles, Sílvio Romero, Teixeira Bastos, Teófilo Braga.
"A Revista de Estudos Livres não pode expor melhor o pensamento que a motiva, nem o intuito que nos estimula senão apresentando em duas palavras o que Augusto Comte entendia por uma Revista moderna. O eminente transformador da Filosofia do século XIX, projetava uma Revista ocidental como um órgão de aplicação contínua da sua doutrina ao curso dos acontecimentos humanos, realizados ou previstos, para a apreciação sistemática do movimento intelectual e social nas cinco grandes populações avançadas, francesa, italiana, espanhola, germânica e britânica.
A Revista de Estudos Livres visa à aplicação dos eternos
princípios da liberdade intelectual, moral e política aos acontecimentos
atuais, para os julgar e poder deduzir deles as condições do progresso. Todas
as investigações nos interessam, com tanto que elas conduzam para um ponto de vista
social. Na crise de transformação mental e política em que vão entrando as duas
nacionalidades portuguesa e brasileira, filhas da mesma tradição histórica, nas
quais o regime católico-monárquico subsiste pela inércia, mas sem apoio nas
consciências, é imensamente necessário um órgão crítico e especulativo que
agremiasse [sic] os dois povos para a inteligência da sua tra[n]sição
inevitável.
A Revista de Estudos Livres tornar-se-á benemérita no dia em que
inicie esta convergência necessária, até hoje firmada apenas pelo nexo
económico e pela concorrência mercantil, formas espontâneas da síntese ativa.
Entre Portugal e Brasil existem as bases profundas de uma síntese afetiva, como
se verificou esplendidamente nas festas do Centenário de Camões, porém as
publicações intituladas “luso-brasileiras”, não podendo elevar-se à compreensão
da síntese especulativa, ou acordo mental, caíram diante da chateza da
exploração do assinante, obstando pelo descrédito à influência de um pensamento
tão fecundo…”
[in Ficha Histórica AQUI]
- Revista de Estudos Livres AQUI ONLINE.
J.M.M.
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