"Este
governo, na treva autista do "excel" que o domina, aboliu feriados
com referências identitárias nacionais, ferindo ainda mais a memória e a
identidade dos Portugueses. Quero acreditar que um dia, tão breve quanto
possível, a ignomínia seja reparada por um novo governo.
A
5 de Outubro costumo homenagear os meus dois Avós, ambos implantadores da
República: Luís da Costa Santos, e José Summavielle Soares. Como sempre faço,
irei pela manhã ao cemitério do Alto de S. João, e depois à estátua de António
José de Almeida.
No
tempo do Estado Novo dizer "viva a República!" era suspeito, e dava
direito a abertura de ficheiro na PIDE. As romagens de 5 de Outubro ao Alto de
S. João, eram normalmente brindadas à saída com cargas policiais a cavalo. Mas
é curioso constatar que nem Salazar conseguiu abolir o feriado que esta gente
limpou assim, sem "ai" nem "ui" que se notasse, salvo as
certas, conhecidas, e honradas excepções.
Na
foto abaixo (do arquivo do saudoso Diário de Lisboa), de um 5 de Outubro de
1963, na romagem Republicana ao Alto de S. João, está o meu Avô Luís [... da Costa Santos], então
presidente do Centro Republicano António José de Almeida, com o ramo de flores
na mão. Tempos duros, em que muita mais gente arriscava nessa manifestação, do
que hoje, em Democracia, em que poucos são os que ali, todos os anos, não
querem deixar que se apague a memória.... Mas lá estaremos, poucos talvez, mas
firmes como sempre, pelos valores que defendemos e queremos honrar.
Viva o 5 de Outubro!
VIVA
A REPÚBLICA!"J.M.M.
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