sábado, 18 de janeiro de 2014

18 DE JANEIRO DE 1934 – MILITANTES PRESOS EM PENICHE


Militantes presos na Fortaleza de Peniche pela sua acção no movimento do 18 de Janeiro de 1934

José Francisco, fogueiro da marinha mercante e posteriormente empregado de escritório, e militante anarco-sindicalista, aqui num grupo de presos políticos na fortaleza de Peniche.
 
[Fotógrafo não identificado. No verso: “Ao meu amigo (*) Joaquim Montes ofereço esta fotografia tirada no dia 25-12-1934 na Fortaleza de Peniche. (assina) José Bernardo”. (Nota de JF: Morto no Tarrafal). Adenda no verso, coluna à direita (autógrafo de JF): “Militantes presos em Peniche pela sua acção no 18 de Janeiro de 1934].
 
Ao centro [está] a mãe de José Francisco, 80 anos, de visita ao filho".
 
Alguns dos OUTROS PRESOS: Raposo, Vaz Rodrigues, Quaresma, Indeo (?) Martins, Barnabé, Le Pequeno (sic). Camponeses e trabalhadores de conservas, construção civil e marítimos. Estavam representadas todas as províncias de Portugal de Norte ao Sul”.
 
Texto dactilografado de J. Francisco (?) em folha A4 que acompanha as fotos: “Fortaleza de Peniche – 1936. Um dia de visita. Os presos que fazem parte desta foto, na sua maioria militantes cegetistas, cumprindo penas várias ou detidos sem culpa formada, após o 18 de Janeiro de 1934, pertencem a todas as regiões de Portugal, desde o Algarve ao Norte do país e das mais variadas profissões: camponeses, conserveiros, construção civil, alfaiates, comércio, etc.
 
Entre os que puderam ser identificados encontram-se: José Francisco, ao lado de sua mãe, que por unanimidade de todos resolveram que figurasse na foto, com os seus 83 anos de idade; Barnabé Fernandes, do Barreiro; José Quaresma, de Setúbal, Jorge Viancad R Raposo, da Juventude Libertária de Lisboa; António Inácio Martins, anarquista do Porto; José Bernardo, de Setúbal".
 
Esta fotografia foi conservada pelo próprio, e por ele entregue ao Arquivo Histórico-Social, criado pelo Centro de Estudos Libertários, reunido em Lisboa nos anos 1980-1987 e depositado na Biblioteca Nacional, o qual foi depois doado a esta instituição e posteriormente acrescentado de mais alguns espólios e doações.


J.M.M.

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