quinta-feira, 6 de março de 2014

COLÓQUIO INTERNACIONAL: OPOSIÇÕES E EXÍLIOS

Durante a próxima semana, nos dias 12, 13 e 14 de Março de 2014, vai realizar-se na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra o Colóquio Internacional Oposições e Exílios.

Numa organização do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX, 

Pode ler-se na nota de divulgação do colóquio:
O século XX foi marcado por grandes êxodos humanos, frutos de perseguições religiosas e políticas. A ascensão dos regimes de cariz autoritário e dos fascismos levaram ao exílio levas de opositores que procuravam fugir da morte pela execução sumária ou pelo confinamento nos campos de concentração. Portugal conhece um dos mais longos regimes de força no poder, o governo de Salazar. Continuidade de uma ditadura militar, o Estado Novo impôs aos seus opositores um longo degredo que para uma grande maioria durou toda uma vida. Estes exilados e emigrados políticos buscaram refúgio nas mais diferentes partes do mundo, quer nos antigos núcleos de emigração portuguesa ou em países onde o Estado democrático favorecia o seu acolhimento. No exílio, a luta contra o regime tomou forma em associações, jornais, manifestos e eventos, partes de uma história ainda por construir. Em 1974, com a Revolução dos Cravos, retornam os exilados e a democracia inverte a caracterização de Portugal com relação aos exílios. Centenas de opositores das ditaduras latino-americanas fazem do território português o destino de uma nova diáspora de exilados democratas. O objetivo do presente Colóquio é debater e conhecer a investigação realizada acerca destas diásporas políticas, não só através dos estudos acerca das organizações de exilados no exterior e as suas formas de luta, mas também do relacionamento que estabelecem com as comunidades locais, os governos e sociedades dos países de acolhimento. 


 Chamaram-nos a atenção as seguintes comunicações, entre as muitas que vão ser apresentadas:

- Luís Bigotte Chorão (CEIS20),  O Exílio na sua relação com o Direito, a problemática do asilo
- Heloisa Paulo (CEIS20),  História de Exílios e exilados: problemas metodológicos
- Susana Martins (IHC/UNL),  Uma cartografia do exílio português nos inícios da década de sessenta
Adelino Cunha (Universidade Europeia),  Os Comunistas Portugueses no Exílio entre 1960 e 1974 – Conceito de exílio funcional
- Sérgio Neto (Universidade de Coimbra),  Um Exílio Literário. O Caso de Carlos Selvagem
- João Paulo Avelãs Nunes (Universidade de Coimbra/CEIS20), Portugal, o Estado Novo e os emigrantes/refugiados judeus nos anos trinta e quarenta.

Adrião Cunha (Universidade do Porto), Humberto Delgado e seu exílio no Brasil
Débora Dias (Universidade de Coimbra), Joaquim de Carvalho e a missão portuguesa no Brasil
- Cristina Clímaco (Universidade Paris 8),  Oposição e exílio: redes e conexões antifascistas
nos anos 30.
- Marie Christine Volovitch-Tavares (Centre d’études et de recherches sur les migrations Ibériques - CERMI), Exilés portugais et liens avec la société française, à travers la presse portugaise d’opposition à la dictature publiée en France de 1963 à 1974
- Luis Farinha (Universidade Nova de Lisboa), O Exílio no Novo Mundo. José Rodrigues Miguéis, o “Companheiro Pombo”
- Alberto Pena-Rodríguez (Universidade de Vigo), Um Ex ministro contra Salazar: o exilio de João Camoesas nos Estados Unidos (1929-1951)

Filipa Alexandra Carvalho Sousa Lopes (Universidade do Porto), A voz da oposição exilada no Seminário de Nova Deli (1961).
- Fernando Tavares Pimenta (CESNOVA/CEIS20), A Frente de Unidade Angolana no Exílio em França e na Argélia (1962-1963)
- Julião Soares de Sousa (CEIS20), “Os movimentos de libertação da Guiné no exílio de Dakar e de Conakry. Problemas e rivalidades em tempos de anticolonialismo”
Mariana Lagarto dos Santos (CEIS20),  Fernando Vale – Percursos de um exílio interno
- Ángel Rodríguez Gallardo (Universidade de Vigo),  Exiliados y refugiados gallegos en Portugal desde la guerra civil española.

A informação detalhada sobre este colóquio pode ser encontrada AQUI.

Com os votos do maior sucesso para mais esta iniciativa.

A.A.B.M.

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