quinta-feira, 20 de novembro de 2014

CONFERÊNCIA – HERMETISMO E ROSACRUZ NO PENSAMENTO HUMANISTA OCIDENTAL


CONFERÊNCIA: Hermetismo e Rosacruz no Pensamento Humanista Ocidental;

DATA: 21 de Novembro 2014 (18,30 horas);
ORADORES: prof. Rui Lomelino de Freitas | prof. Pedro Victor Rodriguez;
LOCAL: Grémio Lusitano [Rua do Grémio Lusitano, nº 25, Lisboa];

ORGANIZAÇÃO: Museu Maçónico Português | Fundação Rosacruz | apoio científico da Un. Lusófona (Ciência das Religiões)

Os documentos sapienciais mais importantes atribuídos a Hermes são o Asclepios, a Tábua de Esmeralda e o grupo de textos que foi designado como Corpus Hermeticum. As ideias e concepções aí presentes tiveram profunda influência no ocidente, na Idade Média e no Renascimento, auspiciando a moderna mentalidade científica através, nomeadamente, da alquimia, da astrologia, da magia ou da medicina. Actualmente, em diversas áreas da ciência, chega-se a conclusões e pontos de vista similares aos apresentados nos preceitos herméticos, como base sólida de conhecimento.

O movimento rosacruz teve a sua origem histórica há 400 anos, no início do século XVII, fruto da reflexão espiritual de um grupo de eruditos, místicos e teósofos do sul da Alemanha, que conceberam a história de uma personagem, Cristão Rosacruz, sobre a qual escreveram três Manifestos. Neles, os sábios e eruditos da Europa eram convidados a empreender uma reforma geral do mundo, através do cristianismo hermético e de uma investigação aprofundada das leis da natureza.

É notável a influência do pensamento rosacruz na tradição ocidental. Pensadores como Jacob Böhme, Robert Fludd, René Descartes, Francis Bacon, Jan A. Comenius, Isaac Newton, Robert Boyle, Gottfried W. Leibniz, Karl von Eckartshausen, ou Johann W. Goethe, mantiveram uma orientação humanista Rosacruz. A Maçonaria, o Martinismo ou a Teosofia, só para citar alguns exemplos, são considerados herdeiros do seu legado.

Diversos humanistas do séc. XVIII – esse crisol de ideias em que se formou a Maçonaria moderna –, numa perspectiva rosacruz procuraram beber das fontes clássicas da sabedoria perene, para no seu próprio interior encontrar a chave da transformação capaz de reconduzir a vida humana ao lugar que lhe é próprio no seio da manifestação universal. 

Contando com a vossa participação, apresento os meus cumprimentos

[Fernando Castel-Branco Sacramento - Director do Museu Maçónico Português]

J.M.M.

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