terça-feira, 25 de novembro de 2014

GERMANO LOPES MARTINS (Parte I)

A personalidade de Germano Martins acompanha o republicanismo desde o período da propaganda, na década de 1890, até ao final da I República Portuguesa, desempenhando cargos de confiança e ocupando ainda durante algum tempo a pasta de Ministro do Interior.

Nascido no Porto, em São Martinho de Aldoar, filho de Joaquim Lopes da Silva e de Rosa M. Lopes da Silva, em 7 de Janeiro de 1871.

Estudou no Porto, onde aderiu ao movimento republicano na cidade em 1890, sendo um dos elementos que acompanhou os preparativos para a revolta de 31 de Janeiro de 1891. Sendo um dos membros da chamada "Geração Activa" do Partido a que pertencia juntamente com António José de Almeida e Afonso Costa, entre outros. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1889, onde permanece até 1897, quando conclui o bacharelato. Defendia as suas causas com grande eloquência, manifestando firmeza nas opiniões políticas que defendia. Quando termina o curso de Direito manteve o entusiasmo e o ardor na oratória que o caracterizavam. Ingressa de seguida na vida forense, como advogado. Estabelece-se no exercício da advocacia no Porto e em Lisboa. Amigo próximo de Afonso Costa, cria uma sociedade de advocacia que conquista reputação no tempo. Entretanto colabora na imprensa republicana com regularidade conforme veremos mais à frente.

Considerado um dos causídicos distintos do seu tempo nos tribunais do Porto, tendo participado em múltiplos processos políticos onde conquistou grande reputação.

Na cidade do Porto assume também funções de gerente do jornal republicano do Porto, O Norte. Em 1906, nas eleições municipais da cidade invicta desempenha as funções de vereador na lista apoiada pelos republicanos e onde se integravam entre outros Duarte Leite, Nunes da Ponte, António da Silva e Cunha, Xavier Esteves, Napoleão da Mata, Henrique de Oliveira e Machado Pereira.

[em continuação]
A.A.B.M.

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