terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A COSTUREIRA SEM CABEÇA – A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA CONTADA PELOS DIZERES DO POVO


LIVRO: "A Costureira sem cabeça" (2011), p. 145;
AUTOR: Fernando Madail;
EDITOR: Oficina do Livro

"Na madrugada do dia 5 de Outubro Amélia, a ‘rapariga sem cabeça’, costureira do bairro, acorda com um estrondo vindo do rio. Trovoada ou outro fenómeno da natureza? De manhã se veria. O nascer do sol chegou com a cidade em alvoroço e os vizinhos curiosos na rua à procura de explicação para tamanho desassossego. E logo chegam notícias. Os republicanos estavam na rua para derrubar a Monarquia. De boca em boca, de personagem em personagem, sem sair de um bairro lisboeta, acompanhamos o dia em que a cor da bandeira mudou e a República venceu, trazendo ao povo um novo país. A Costureira sem Cabeça … é um romance repleto de humor, em que se conta a história de um dia que marcou Portugal. A partir das janelas com sardinheiras e da boca do povo, conhecemos o outro lado da Implantação da República. Daqueles que não foram soldados, mas também ajudaram a escrever a História." [do Livro]



- Qual a ideia que esteve na origem do livro?

R - Relatar os acontecimentos militares de 4 de Outubro de 1910, que dariam origem à proclamação da República no dia seguinte, sem descrever os factos. Tudo se sabe através das conversas de rua que a costureira Amélia vai ouvindo, ao longo do dia, sem nunca sair da sua casa. E sempre que ela, uma "cabeça no ar", está a recordar as suas paixões ou a cismar na sua vida, a conciliar as tarefas domésticas e o ofício da costura, um estrondo ou uma discussão levam-na à janela para saber as últimas novidades, através dos comentários daquela vasta galeria de figuras ilustrativas da sociedade do tempo.” [AQUI]



J.M.M.

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