quinta-feira, 10 de novembro de 2016

CONFERÊNCIA GUERRA E PROPAGANDA NA FIGUEIRA DA FOZ

No Auditório Municipal da Figueira da Foz, com organização do Museu Municipal Santos Rocha, vai realizar-se no próximo sábado, dia 12 de Novembro de 2016, a partir das 15 horas, uma conferência com vários oradores convidados, tendo por base o tema global "Guerra e Propaganda". A moderadora convidada desta conferência é a Professora Doutora Maria Fernanda Rollo.

São oradores nesta conferência:
- Professora Doutora Noémia Malva Novais, com a comunicação "As Balas de Papel" Ilustrado na I Guerra Mundial;
- Professor Doutor António Paulo Duarte, com a comunicação "Propaganda de Guerra e Conhecimento Historiográfico. A influência do guerrismo e do antiguerrismo na leitura historiográfica da Participação Portuguesa na Grande Guerra";
- Professora Doutora Maria Teresa Lopes Moreira, "O pulsar da Grande Guerra nas entrelinhas do jornal Correio da Estremadura";
- Professora Doutora Clara Isabel Serrano, "Augusto de Castro e António Lobo de Almada Negreiros. Impressões de Guerra.

Depois das comunicações proceder-se-á à apresentação da nova obra historiográfica da Professora Doutora Noémia Malva Novais, Imprensa e I Guerra Mundial. Censura e Propaganda (1914-1918), editada pela Caleidoscópio.


O Índice da obra é o seguinte:

Sumário
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . . . 11

Capítulo I
O discurso jornalístico no primeiro quartel do Século XX: contributos para uma teorização dos conceitos de objectividade e de subjectividade na escrita da imprensa. . . . . . . . . . .  . . . . .  . .  . .      27
A realidade e a sua reconstrução discursiva. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .    29
A subjectividade ou objectividade subjectiva nas ciências sociais e humanas e no jornalismo.  . .    38
 A objectividade subjectiva/intencionalidade da imprensa durante a guerra . . . . . . . . . . . . . ..  . .     40
A «inautenticidade» da imprensa durante a Guerra segundo Karl Kraus . . . . . . . . . . . . . . . . .  .   . . 43 
A ideia de que as nações são diferentes mas a imprensa é toda igual. . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .    . .50 
A batalha de Karl Kraus contra a imprensa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . 55
Aquilino Ribeiro, a imprensa francesa e a guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . 60

Capítulo II
A Imprensa antes da I República: Da instauração da liberdade de Imprensa à Lei repressiva (da Imprensa) de 1907. 69 Entre avanços e recuos até à Lei das Rolhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . . 72 Da Regeneração do jornalismo à Portaria Muda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  .  . . .   76
A Lei repressiva da Imprensa de 1907. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . . .   . .85
A proximidade entre a pena e a espada depois do regicídio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . . . . . . .  . . 89

Capítulo III
 A Imprensa na I República: Entre a utopia liberal e a realidade da Guerra. . . . . . . . . . . . . . . .  . . .   97
A Lei de Imprensa de 28 de Outubro de 1910. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .   .97
A restrição da liberdade de imprensa em face da guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .    102
A apreensão administrativa de publicações periódicas: Decreto 2270 de 12 de Março de 1916 e as reacções dos jornais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  . . .   105
A Lei n.º 495 – lei da censura prévia –, as reacções dos jornais e a oposição da União Republicana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . .   108
 Critérios irregulares dos censores, reacções dos jornais e novas leis . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .    111
A legislação sidonista da Imprensa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115

 Capítulo IV
A I República, a Imprensa e a Guerra: O discurso dos jornais intervencionistas versus o discurso dos jornais anti-intervencionistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . . .    . . 121
As negociações diplomáticas belicistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  124
Intervenção no pedido de auxílio da França. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .   133
O pimentismo contrário à guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .   . 137
O regresso do discurso da propaganda republicana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  139
A declaração de guerra da Alemanha a Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .   . .144
A política de guerra da União Sagrada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .   155
Do milagre de Tancos à ida do CEP para França. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . 161
O sidonismo contrário à guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .   172
Entre o intervencionismo e o anti-intervencionismo: O caso de O Açoriano Oriental . . . .  . .  . .  . 175
De jornal pró-aliado a germanófilo e novamente pró-aliado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . . 177
A reacção em face da censura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . 179 De jornal sidonista convicto a acolhedor do Integralismo Lusitano. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .  .182

Capítulo V
 A Imprensa ilustrada, a censura, a propaganda e a Guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   .   . 187
A propaganda de guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . . .189
A imprensa ilustrada de propaganda de guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   . . . 199
Portugal na Guerra, revista quinzenal ilustrada de propaganda de guerra. . . . . . . . . . . . . .  . .  . .  . 203
O Espelho, jornal ilustrado de propaganda de guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .  206
A singularidade do panfleto Portugal perante a Guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .   .   213
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  .  227
Fontes e Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . . 239
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .  . .257

Pode ler-se na sinopse da obra:

Imprensa e I Guerra Mundial . Censura e Propaganda . 1914-1918 - analisa a relação existente entre a Imprensa e a Primeira Guerra Mundial, esclarecendo a ação da Censura de guerra e da Propaganda política, embrião da manipulação da Opinião Pública no século XX. Evidenciando que os jornais são um espelho, no qual os governantes e os diplomatas se contemplam, mostra também que os jornalistas são os peões movimentados de acordo com a vontade dos Estados beligerantes, e que, neste jogo de guerra, os diplomatas e os políticos contam as mentiras aos jornalistas e depois acreditam nelas ao vê-las publicadas. Esta é uma obra que cruza os saberes resultantes das ciências da comunicação e da ciência política com os da diplomacia e da história contemporânea e que, sendo científica, é também de leitura acessível a todos os interessados no entendimento do século XX. Foi uma das cinco obras distinguidas com o Prémio de Defesa Nacional 2014 atribuído pela Comissão Portuguesa de História Militar do Ministério da Defesa Nacional.

Breve nota sobre a autora da obra:

NOÉMIA MALVA NOVAIS Historiadora, escritora e jornalista. Exerce atualmente a função de consultora de comunicação social e política. É doutorada em Ciências da Comunicação, especialidade de Comunicação e Ciências Sociais, mestre em História Contemporânea e licenciada em História, variantes de investigação e de ensino. Dedica-se à investigação nas áreas da História Contemporânea – política, diplomática e cultural -, e das Ciências da Comunicação - media e propaganda política. É investigadora integrada do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, investigadora colaboradora do Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. Tem uma vasta obra publicada, nomeadamente livros científicos, capítulos e artigos em livros e revistas científicas, artigos e entradas em enciclopédias e dicionários historiográficos, bem como literatura infantil. O seu trabalho académico foi distinguido com o Prémio Aristides de Sousa Mendes (1.ª Menção Especial 2004) da Associação dos Diplomatas Portugueses e com o Prémio de Defesa Nacional (Menção Honrosa 2014) do Ministério da Defesa Nacional. O seu trabalho jornalístico foi galardoado com o Prémio de Jornalismo e Direitos Humanos e Integração (1.ª Menção Honrosa 2013) da Unesco e com o Prémio de Jornalismo Os Direitos da Criança em Notícia (1.º Prémio 2014) atribuído pelo Fórum dos Direitos da Criança da Unesco.

Com os votos do maior sucesso.

A.A.B.M.

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