No Auditório Municipal da Figueira da Foz, com organização do Museu Municipal Santos Rocha, vai realizar-se no próximo sábado, dia 12 de Novembro de 2016, a partir das 15 horas, uma conferência com vários oradores convidados, tendo por base o tema global "Guerra e Propaganda". A moderadora convidada desta conferência é a Professora Doutora Maria Fernanda Rollo.
São oradores nesta conferência:
- Professora Doutora Noémia Malva Novais, com a comunicação "As Balas de Papel" Ilustrado na I Guerra Mundial;
- Professor Doutor António Paulo Duarte, com a comunicação "Propaganda de Guerra e Conhecimento Historiográfico. A influência do guerrismo e do antiguerrismo na leitura historiográfica da Participação Portuguesa na Grande Guerra";
- Professora Doutora Maria Teresa Lopes Moreira, "O pulsar da Grande Guerra nas entrelinhas do jornal Correio da Estremadura";
- Professora Doutora Clara Isabel Serrano, "Augusto de Castro e António Lobo de Almada Negreiros. Impressões de Guerra.
Depois das comunicações proceder-se-á à apresentação da nova obra historiográfica da Professora Doutora Noémia Malva Novais, Imprensa e I Guerra Mundial. Censura e Propaganda (1914-1918), editada pela Caleidoscópio.
O Índice da obra é o seguinte:
Sumário
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 11
Capítulo I
O discurso jornalístico no primeiro quartel do Século XX:
contributos para uma teorização dos conceitos de objectividade e de
subjectividade na escrita da imprensa. . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . 27
A realidade e a sua reconstrução discursiva. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
A subjectividade ou objectividade subjectiva nas ciências
sociais e humanas e no jornalismo. . . 38
A objectividade
subjectiva/intencionalidade da imprensa durante a guerra . . . . . . . . . . .
. . .. . . 40
A «inautenticidade» da imprensa durante a Guerra segundo
Karl Kraus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
A ideia de que as nações são
diferentes mas a imprensa é toda igual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50
A batalha de Karl Kraus contra a imprensa . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
Aquilino Ribeiro, a imprensa francesa e a guerra . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
Capítulo II
A Imprensa antes da I República: Da instauração da liberdade
de Imprensa à Lei repressiva (da Imprensa) de 1907. 69 Entre avanços e recuos
até à Lei das Rolhas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72 Da
Regeneração do jornalismo à Portaria Muda. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
A Lei repressiva da Imprensa de 1907. . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85
A proximidade entre a
pena e a espada depois do regicídio. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . 89
Capítulo III
A Imprensa na I
República: Entre a utopia liberal e a realidade da Guerra. . . . . . . . . . .
. . . . . . . . 97
A Lei de Imprensa de 28 de Outubro de 1910. . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97
A restrição da
liberdade de imprensa em face da guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . 102
A apreensão
administrativa de publicações periódicas: Decreto 2270 de 12 de Março de 1916 e
as reacções dos jornais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105
A Lei n.º 495 – lei da censura prévia –, as reacções dos
jornais e a oposição da União Republicana. . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108
Critérios irregulares
dos censores, reacções dos jornais e novas leis . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . 111
A legislação sidonista da Imprensa. . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 115
Capítulo IV
A I República, a Imprensa e a Guerra: O discurso dos jornais
intervencionistas versus o discurso dos jornais anti-intervencionistas. . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . 121
As negociações
diplomáticas belicistas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
Intervenção no pedido
de auxílio da França. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . 133
O pimentismo contrário
à guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . 137
O regresso do
discurso da propaganda republicana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . 139
A declaração de guerra
da Alemanha a Portugal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . .144
A política de guerra
da União Sagrada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . 155
Do milagre de Tancos
à ida do CEP para França. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . 161
O sidonismo contrário à guerra. . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
Entre o
intervencionismo e o anti-intervencionismo: O caso de O Açoriano Oriental . . .
. . . . . . 175
De jornal pró-aliado a germanófilo e novamente pró-aliado. .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 177
A reacção em face da
censura. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . 179 De jornal sidonista
convicto a acolhedor do Integralismo Lusitano. . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . .182
Capítulo V
A Imprensa ilustrada,
a censura, a propaganda e a Guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . 187
A propaganda de guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .189
A imprensa ilustrada de propaganda de guerra. . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Portugal na Guerra, revista quinzenal ilustrada de
propaganda de guerra. . . . . . . . . . . . . . . . . . . 203
O Espelho, jornal ilustrado de propaganda de guerra . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 206
A singularidade do panfleto Portugal perante a Guerra. . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 213
Conclusão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . 227
Fontes e Bibliografia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
239
Anexos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . .257
Pode ler-se na sinopse da obra:
Imprensa e I Guerra Mundial .
Censura e Propaganda . 1914-1918 - analisa a relação existente entre a Imprensa
e a Primeira Guerra Mundial, esclarecendo a ação da Censura de guerra e da
Propaganda política, embrião da manipulação da Opinião Pública no século XX.
Evidenciando que os jornais são um espelho, no qual os governantes e os
diplomatas se contemplam, mostra também que os jornalistas são os peões
movimentados de acordo com a vontade dos Estados beligerantes, e que, neste
jogo de guerra, os diplomatas e os políticos contam as mentiras aos jornalistas
e depois acreditam nelas ao vê-las publicadas. Esta é uma obra que cruza os
saberes resultantes das ciências da comunicação e da ciência política com os da
diplomacia e da história contemporânea e que, sendo científica, é também de
leitura acessível a todos os interessados no entendimento do século XX. Foi uma
das cinco obras distinguidas com o Prémio de Defesa Nacional 2014 atribuído
pela Comissão Portuguesa de História Militar do Ministério da Defesa Nacional.
Breve nota sobre a autora da obra:
NOÉMIA MALVA NOVAIS Historiadora,
escritora e jornalista. Exerce atualmente a função de consultora de comunicação
social e política. É doutorada em Ciências da Comunicação, especialidade de
Comunicação e Ciências Sociais, mestre em História Contemporânea e licenciada
em História, variantes de investigação e de ensino. Dedica-se à investigação
nas áreas da História Contemporânea – política, diplomática e cultural -, e das
Ciências da Comunicação - media e propaganda política. É investigadora
integrada do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, investigadora colaboradora do
Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. Tem uma vasta obra publicada, nomeadamente
livros científicos, capítulos e artigos em livros e revistas científicas,
artigos e entradas em enciclopédias e dicionários historiográficos, bem como
literatura infantil. O seu trabalho académico foi distinguido com o Prémio
Aristides de Sousa Mendes (1.ª Menção Especial 2004) da Associação dos
Diplomatas Portugueses e com o Prémio de Defesa Nacional (Menção Honrosa 2014)
do Ministério da Defesa Nacional. O seu trabalho jornalístico foi galardoado
com o Prémio de Jornalismo e Direitos Humanos e Integração (1.ª Menção Honrosa
2013) da Unesco e com o Prémio de Jornalismo Os Direitos da Criança em Notícia
(1.º Prémio 2014) atribuído pelo Fórum dos Direitos da Criança da Unesco.
Com os votos do maior sucesso.
A.A.B.M.
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