LIVRO:
AUTOR: prof. José Adelino Maltez;
EDIÇÃO: ISCSP, 2016.
AUTOR: prof. José Adelino Maltez;
EDIÇÃO: ISCSP, 2016.
► LANÇAMENTO EM LISBOA
DIA:
30 de Novembro (18,30 horas);
LOCAL: ISCSP (Sala Monsanto), Rua Almerindo Lessa, Lisboa;
ORADOR: Dr. Fernando Seara
LOCAL: ISCSP (Sala Monsanto), Rua Almerindo Lessa, Lisboa;
ORADOR: Dr. Fernando Seara
“Era uma vez um pequeno e velho reino medieval que, há mais de seiscentos
anos, se lançou numa sucessão de impérios, procurando o "d’além",
para salvar o "d’aquém". Depois da ascensão e queda dos impérios
marroquino e do indiano, veio o império brasileiro. Um insustentável peso do
passado que sofreu com o grito do Ipiranga e foi obrigado a gerir dependências
na balança da Europa. Nas possessões coloniais, onde se conjugava o verbo ter,
foi continuando o tráfico de escravos, mas não deixou de tentar o de
mercadorias, indeciso, entre o sonho do fomento e a tentativa de venda das
colónias. Assim, chegou o capitalismo colonial e até se procurou a ciência da
colonização, com a partilha de África. Sofreu-se a bancarrota, gerou-se o
protecionismo e sempre em guerras de ocupação, que se prolongaram com o
patriotismo imperial dos republicanos. Não há mundo que nos chegue, nem Índia
que tenha sítio na nossa esfera armilar. Portugal sempre foi mais do que o seu
próprio lugar” [do I volume]
“Portugal que partiu já não pode regressar. Quem foi além de si mesmo, nunca
mais pode voltar. Entre 1926 e 1976, a mesma entidade assistiu ao regresso ao d’aquém.
O salazarismo, primeiro, ensaiou um Ato Colonial, que durou até às
consequências da Segunda Guerra Mundial. Seguiu-se uma tentativa de
regresso às províncias ultramarinas, com a oficialização de uma nova
doutrina, o luso-tropicalismo. Finalmente, sucedeu-se a última das guerras
coloniais. Com o Vinte e Cinco de Abril, deu-se o fim do Império da terra,
pela descolonização, mas não tardou que se entrasse numa corrida à integração
europeia, uma espécie de sucedâneo do velho Quinto Império. Mas a história
continua. Fomos o princípio do caminho marítimo para o sonho de um novo
mundo, fomos a primeira partida para todas as sete partidas e o último regresso
de além mar. Somos ainda quem fomos e, na raiz do mais além, continuamos a
procurar o mistério de um império, que não foi mas há de ser …”[do II volume]
J.M.M.
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